America Do Sul: Conflitos Na Colômbia
Artigos Científicos: America Do Sul: Conflitos Na Colômbia. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: mar.lore • 24/4/2014 • 589 Palavras (3 Páginas) • 394 Visualizações
América do Sul: Conflitos na Colômbia
Assim como os demais países latino-americanos, a Colômbia tem histórias de desigualdade social, pobreza e fragilidade política, mas lá, a violência ganhou mais força do que nos outros países da América do Sul e Central por causa da sua estrutura política, vivendo assim diversos conflitos internos de cunho político. O país tem um passado de intensa polarização entre dois partidos muito fortes e enraizados na sociedade: o Liberal e o Conservador.
Visando estabelecer a paz no território nacional, as duas principais forças políticas da Colômbia (os liberais e conservadores) formaram a Frente Nacional, na década de 1960. Essa organização teve forte oposição de algumas vertentes das forças liberais, resultando na formação de grupos guerrilheiros de ideologia socialista, com destaque para o Exército de Libertação Nacional (ELN), o Movimento Revolucionário 19 de Abril (M-19) e, principalmente, para as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).
As farc.
Criada em 1964, pelo ex-combatente liberal Pedro Antonio Marín, também conhecido como Tirofijo, as Farc surgiu como um grupo de cunho marxista-leninista,(defende ideias comunistas e socialista) atuando no meio rural e adotando táticas de guerrilha. Essa organização tem como discurso ideológico a implantação do socialismo na Colômbia, promovendo a distribuição igualitária de renda, a reforma agrária, o fim de governos corruptos e das relações políticas e econômicas com os Estados Unidos, entre outros aspectos sociais.
Durante a década de 1990, a organização chegou a dominar cerca de 40% do território colombiano, possuindo mais de 18 mil guerrilheiros. Porém, as ações do Exército nacional, financiado pelos EUA, expulsou o grupo para regiões próximas à fronteira com países vizinhos. Essa atitude do governo “enfraqueceu” o movimento, que, atualmente, é formado por aproximadamente oito mil guerrilheiros.
Os sequestros e o contrabando de drogas, em especial da cocaína, são práticas comuns nas Farc, pois através desses recursos a organização obtém dinheiro para se equipar militarmente. Entretanto, a partir da década de 1980, o grupo intensificou a exploração do narcotráfico e a violência, fato que desvirtuou seu foco de atuação, passando a ser considerada uma organização terrorista, que tem como principal objetivo a produção e venda de drogas.
Nesse sentido, as Farc caíram em descrédito com a população colombiana, que via nessa organização uma alternativa para reparar as desigualdades sociais no país. Pesquisas indicam que a maioria dos habitantes é contrária à atuação das Farc.
O polêmico acordo com os ilegais
Uma polêmica “Lei de Justiça e Paz” foi aprovada por unanimidade pelo Congresso colombiano em junho de 2005 com o objetivo de desmobilizar e desarmar grupos paramilitares. A lei estabelece pena de até oito anos de prisão para ex-combatentes acusados de delitos graves (como seqüestro e deslocamento forçado) que entregarem suas armas. Beneficia, ainda, aqueles que confessarem seus crimes espontaneamente. A lei prevê também indenizações para as vítimas da violência paramilitar e a devolução dos bens adquiridos ilegalmente pelos combatentes.
Com isso, os ex-combatentes
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