As Projeções Geográficas
Por: José Teixeira Júnior • 4/9/2021 • Resenha • 2.366 Palavras (10 Páginas) • 145 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ
CCHL – DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA
DISCIPLINA: CARTOGRAFIA I
PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS:
POJEÇÕES CARTOGRÁFICAS são sistemas de paralelos e meridianos sobre os quais desenha-se o mapa. As projeções cartográficas foram desenvolvidas com o objetivo de possibilitar a transferência da superfície esférica da Terra para um plano, minimizando o máximo possível as deformações, uma vez que a esfera é uma superfície esférica, portanto tridimensional. Já o mapa é uma superfície esférica bidimensional. Desta forma não será possível transferir a superfície da Terra para um plano sem a ocorrência de deformação.
Os sistemas de projeções cartográficas foram desenvolvidos para dar uma solução ao problema da transferência de uma imagem da superfície curva da esfera terrestre (superfície tridimensional) para um plano, o mapa ou carta (superfície tridimensional) o que sempre vai acarretar deformações.
Na transferência da superfície esférica da Terra para um plano deformam os seguintes aspectos:
Os ângulos.
As área.
As distâncias.
Forma das áreas cartografadas.
Assim, os sistemas de projeções constituem-se de uma fórmula matemática que transforma as coordenadas geográficas, a partir de uma superfície esférica (elipsoidal), em coordenadas planas, mantendo correspondência entre elas. O uso deste artifício geométrico das projeções consegue reduzir as deformações, mas nunca eliminá-las.
Dependendo do objetivo do mapa, escolhe-se a projeção de acordo com o que se quer preservar ou deformar (distorcer).
Para preservar a forma e os ângulos adota-se as projeções conformes.
Preservar as áreas usa-se projeções equivalentes.
Preservar as distâncias utiliza-se projeções equidistantes
Então, os tipos de propriedades geométricas que caracterizam as projeções cartográficas, em suas relações entre a esfera (Terra) e um plano (mapa), são:
A) Conformes – os ângulos são mantidos idênticos na esfera e no plano, apresentado a mesma proporcionalidade.
B) Equivalentes – quando as áreas são preservadas, apresentando-se idênticas ao real (guardam proporcionalidade)
C) Equidistante – quando as distâncias se apresentam idênticas ao real, mantendo-se a mesma proporcionalidade.
PROJEÇÕES CONFORMES
A) As projeções conforme são aquelas que não deformam os ângulos e, em decorrência dessa propriedade, não deformam, igualmente, a forma das áreas cartografadas.
B) Outra particularidade desse tipo de projeção é a escala, em qualquer ponto, é a mesma, seja na direção que for, embora, por outro lado, mude de um ponto para outro, e permaneça independente do azimute (rumo) em todos os pontos do mapa. Ela só continuará a ser a mesma, em todas as direções de um ponto, se duas direções no terreno, em ângulos retos entre si, forem traçadas em duas direções que, também, estejam em ângulos retos, e ao longo das quais a escala for à mesma.
C) Exemplos clássicos de projeções conformes são as cilíndricas como a de Mercator. Nesta projeção, os meridianos e os paralelos são linhas retas que se cortam em ângulos retos. Nela as regiões polares aparecem muito exageradas.
PROJEÇÕES EQUIVALENTES
A) As projeções equivalentes que, na terminologia inglesa, é denominada de "de área igual", tem a propriedade de não deformar as áreas, conservando, assim, quanto à área, uma relação constante com as suas correspondentes na superfície da Terra.
B) O termo em português já denuncia, pela mera apresentação do vocábulo, a equivalência de proporção das áreas cartográficas. Significa que, seja qual for à porção representada num mapa, ela conserva a mesma relação com a área de todo o mapa.
C) Um bom exemplo de projeções equivalentes é a de Arno Peters, que data de 1973. Sua base também é cilíndrica equivalente, e determina uma distribuição dos paralelos com intervalos decrescentes desde o Equador até os polos, como podemos observar no mapa a seguir.
PROJEÇÕES EQUIDISTANTES
A) A projeção equidistante é a que não apresenta deformações lineares, isto é, os comprimentos são representados em escala uniforme. Deve ser ressaltado, entretanto, que a condição de equidistância só é conseguida em determinada direção e, de acordo com essa direção, uma projeção equidistante se classifica em meridiana, transversal e azimutal ou ortodrômica.
B) Ortodromia é a linha que une dois pontos na superfície da Terra, à qual corresponde o caminho mais curto entre eles. Este é o sentido normalmente atribuído no âmbito da navegação marítima ou aérea. Formalmente, uma ortodromia é a deformação do círculo máximo quando plotado sobre uma representação planisférica da Terra. Já numa superfície esférica, a ortodromia cobre a seção de um círculo máximo que divide um elipsoide de revolução em dois hemisférios. Cartograficamente é uma linha torsa, isto é, uma linha que não pode ser assente sobre um plano.
C) Entre dois pontos quaisquer da superfície terrestre podem traçar-se dois tipos de rotas distintas: a ortodromia, que minimiza a distância entre eles; e a loxodromia, que mantém constante o rumo, isto é, o ângulo entre o caminho seguido e os meridianos. Caso os pontos estejam separados por um arco de 180º (isto é, sejam antípodas), existe uma infinidade de rotas ortodrômicas que os ligam, pelo que, esquecendo outras considerações, em qualquer direção que se partir, se a rota for mantida, chega-se igualmente ao outro ponto. A ortodromia pura tem o inconveniente de necessitar de correções constantes de rumo, já que o ângulo com cada meridiano é sempre diferente, exceto quando a viagem se faça sobre o Equador ou ao longo de um meridiano.
SISTEMAS DE PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS
1. PROJEÇÕES CILINDRICAS
Nas projeções cilíndricas, a superfície esférica da Terra é projetada em um cilindro envolvente, no qual são projetados os paralelos e os meridianos e depois planificado.
...