Atividade “Sazonalidade Morfodinâmica de Praias e Tipologias de Orlas”
Por: CLARA CAVALCANTE SILVA DE OLIVEIRA • 21/8/2023 • Relatório de pesquisa • 462 Palavras (2 Páginas) • 67 Visualizações
Universidade Federal de Pernambuco
CFCH - Centro de Filosofia e Ciências Humanas
DCG - Departamento de Ciências Geográficas
Geomorfologia Costeira
Docente: Osvaldo Girão
Discentes: Clara Cavalcante
Marcus Corrêa
Maria Eduarda Andrade
Sara Canuto
Atividade “Sazonalidade Morfodinâmica de praias e Tipologias de Orlas”
Praia Ilha do Amor, Paiva, Cabo de Santo Agostinho - PE
Figura 1
[pic 1]
Figura 2
[pic 2]
1. Praia Ilha do Amor
Segundo o conceito de morfologia praial da escola australiana, a região escolhida trata-se de um ambiente em estágio morfológico intermediário, e que caracteriza-se como banco e praia de cúspides.
2. Trata-se de uma praia arenosa, com orla semi exposta e não urbanizada, ou seja, é um ambiente parcialmente protegido da ação direta das ondas, ventos e correntes, com baixíssima ocupação, paisagens com alto grau de originalidade natural e baixo potencial de poluição.
3. As sazonalidades escolhidas foram o mês de julho de 2013 (figura 1), durante o inverno, e outubro de 2021 (figura 2), durante a primavera.
4. A direção dos ventos e das ondas para o trecho escolhido partem do centro-sul do Atlântico em direção ao nordeste, que influenciam na geração de deltas sazonais ou permanentes. A morfodinâmica da praia explica essa relação pois a praia é semi protegida da ação das ondas e ventos. As ondas variam de 0.3m a 1.8m e os ventos de 3 km/h a 25 km/h, para a escala de tempo do estudo, mostrando nas imagens a influência da erosão e deposição costeira em escala média.
5. As formas costeiras presentes são restinga e deltas, onde a primeira caracteriza-se como um cordão litorâneo grande e longo depositado sub paralelamente à costa marinha, tendo como ponto de apoio saliências do litoral. Na praia da ilha do amor, esta forma apresenta-se com apenas uma das extremidades conectada à terra firme, constituindo os chamados “pontais” (barrier spits). As restingas ficam nas dependências das vagas, ameaçando por vezes fechar embocaduras de rios e baías, os desviar cursos fluviais paralelamente ao litoral. Já os deltas, são formas de foz ou desaguaducto de um rio no oceano com saída na forma de leque com forte aporte de depósitos aluviais (sedimentos).
Quanto às modificações sazonais, nota-se que no inverno há formação de pequenos bancos de areia em forma de deltas (figura 3) que não se apresentam no período seco (primavera-verão).
Figura 3
[pic 3]
6. No inverno há maior perda de sedimentos da praia para o oceano, pois há maior transporte dos mesmos devido às condições climáticas deste período, que resultam em maior intemperismo e atrito. Enquanto que no verão, há maior ganho de sedimentos na costa, pois a falta de transporte sedimentar favorece a deposição.
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