Caracterização dos Tipos de Vegetação

Caracterização dos Tipos de Vegetação

FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL – F. O conceito de estacionalidade está relacionado a dois tipos de variações climáticas: na região tropical, dois períodos bem marcados, um chuvoso outro seco, com temperaturas médias anuais em torne de 21°C; na região subtropical, um curto período de seca acompanhado de acentuada queda de temperatura, com as médias mensais abaixo de 15°C. Sua dispersão irregular, entre as formações ambrófilas, a leste, e as formações campestres, acompanha a diagonal seca direcionada de nordeste a sudoeste e caracteriza-se por clima estacional menos chuvoso, ou seja, marcado por alternância de período frio/seco quente/úmido. Esta estacionalidade atinge os elementos arbóreos dominantes, induzindo-os ao repouso filosófico, que resulta num percentual de árvores que perdem folhas, entre 20 e 50% do conjunto florestal. É representada no mapa através de quatro formações: aluvial (Fa), das terras abaixas (Fb), submontanas (Fs) e montana (Fm).

FLORESTA ESTACIONAL DECIDUAL – C. Seu conselho é idêntico ao da Floresta Semidecidual, porém com o período desfavorável mais acentuado, podendo a seca atingir mais de sete meses na região tropical e o frio prolongar-se por mais de cinco meses (com temperaturas médias inferiores a 15°C) na região subtropical. No mapa é representada por três formações: das terras baixas (Cb), submontana (Cs) e montana (Cm).

CAMPINARANA – L. Este tipo de vegetação é condicionado pelo clima quente e super úmidos com chuvas torrenciais (cerca de 4.000 mm anuais) e altas temperaturas (medias superiores a 25°C), Ocorre em áreas deprimidas lixiviadas, quase sempre enxarcadas situadas no alto-médio

Rio Negro, havendo disjunções em outros pontos da Amazônia. É caracterizada por agrupamentos de vegetação arbórea fina e alta, cuja fisionomia raquítica é resultante da baixa concentração de nutrientes minerais do solo. É representado no mapa por quatro formações: florestada (Ld), arborizada (La), arbustiva (Lb) e gramíneo-lenhosa (Lg).

SAVANA – S. A vegetação da savana (Cerrado) ocorre em variados climas, tanto os estacionais tropicais do período seco entre três a sete meses, como os ombrófilos sem período biologicamente seco. Sua distribuição está relacionada a determinados tipos de solos, na maioria profundos, álicos e distróficos, arenosos lixiviados e mesmos litólicos. Em geral apresenta dois estratos distintos: um arbóreo lenhoso xemorfo, formado por árvores de pequeno a médio portes, troncos e galhos tortuosos, folhas corláceas e brilhantes ou revestidas por densa camada de pelos e raízes profundas, muitas vezes providas de xilópódios. O outro estrato é o gramíneo – lenhosocomposto predominantemente por carmeflítas dotados de xilopodios e hemicriptofitas. Apresenta assim uma variabilidade estrutural alta, com grandes diferenças em porte e densidade, influenciadas inclusive pela intensidade da ação antrópica. Mesmo que seja considerada a região centro-Oeste como área “core” da Savana, ela ocorre em todas as demais regiões do país, ocupando desde áreas extensas até pequenas disjunções. Sua representação no mapa é feita através de quatro formações: florestada (Sd), arborizada (Sa), parque (Sp) e gramíneo-lenhosa (Sg).

SAVANA ESTÉPICA – T. Constitui uma tipologia vegetal estacional decidual, típicamente campestre, em geral em espécies lenhosas espinhosas, entremeadas de plantas suculentas, sobretudo cactáceas, que crescem sobre um solo, em geral, raso e que quase sempre pedregoso. As árvores são balaxas, raquíticas com troncos finos e esgalhamento profuso. Muitas espécies são microfoliadas e outras são providas de acúleos ou espinhos, a maioria delas providas e adaptações fisiológicas à escassez de água. Na área do Pantanal Matogrossense a vegetação é caracterizada por dois estratos com fisioligias divergentes: enquanto o lenhoso é estépico e estacional, o graminoso e savinícola. Está presente em quatro áreas geográficas distintas: no Sertão Árido Nordestino, nos Campos de Roraima, no Pantanal Matogrossense, e