EXPLIQUE A GÊNESE DO DISCURSO SOBRE A SECA E COMO ELE É ARTICULADO NOS DIAS DE HOJE
Por: Valdineyy • 11/4/2018 • Ensaio • 1.325 Palavras (6 Páginas) • 279 Visualizações
1 - EXPLIQUE A GÊNESE DO DISCURSO SOBRE A SECA E COMO ELE É ARTICULADO NOS DIAS DE HOJE.
Ao longo da história do Brasil é notável que a seca, bem como a escassez de água no sertão, são apontadas, na maioria dos discursos, como as grandes responsáveis pela miséria que atinge a região. A gênese do discurso sobre a seca possui características deterministas, alguns autores observa a região como uma relação de causa e efeito direta entre o meio-físico e o progresso. Isso se intensifica a partir do século XIX, quando o instituto IHGB começa a traçar o perfil histórico, geográfico e cultural do Brasil. Diante da situação surgem o cultivo de algodão fortalecendo o comércio e aumentando a população, posteriormente cultivo da cana de açúcar. Mas a escassez de meios de sobrevivência (tecnologia e investimentos) ocasionou uma sobrecarga no mesmo, resultando hoje no que chamamos hoje de censo comum, onde a seca é vista como a responsável, a causa do atraso, tornando-se assim, um exemplo da estrutura relacional causa / efeito, o que não é totalmente verídico.
2 - COMO SE PODE ENTENDER A POSSIBILIDADE DO PROGRESSO NA REGIÃO DO SEMI-ÁRIDO E QUAL A RELAÇÃO COM HENRY BUCKLE.
Rafael Winter Ribeiro em sua dissertação de mestrado intitulada "Seca e Determinismo: a Gênese do Discurso” apresenta diversas abordagens de autores que abordaram as possibilidades do progresso para as regiões semi-áridas, dentre elas está a de Henry Buckle (1823-1862), historiador e sociólogo inglês. Segundo Ribeiro (1999) o discurso característico do final do século XIX, que o progresso nessa região era possível por que a seca era considerada apenas como uma adversidade passageira. E esse clima seria favorável para dar ânimo aos trabalhadores. Enquanto que na Europa Henry Buckle discutia uma outra visão do progresso, de forma que o meio não influenciava muito no processo de civilização, e negava esse fato para outros países principalmente o Brasil por conter uma grande extensão de espaço natural, não deixaria muito para o homem. Assim os povos estariam sujeitos a viver de forma incivilizada. Tomaz Pompeu concordando com Buckle, aponta que o nordeste é diferente do resto do país, o clima seco e a falta de comida adaptariam o homem a desenvolver suas habilidades mentais e sua força física, melhorando assim a força de trabalho. Então pode se concluir que esse ambiente conduziria a um progresso regional. Essa visão no entanto era determinista, pois associava- se de forma direta a dureza das condições climáticas ao sucesso do povoamento das regiões , e portanto, e o clima era colocado como condicionante favorável ao progresso.
3 - QUAL A CONDICIONANTE NATURAL QUE NÃO PERMITIU A FORMAÇÃO DE SOLOS EXTREMAMENTE SALINOS NA REGIÃO SEMI-ÁRIDA?
O condicionante natural são os rios da região, apesar da maioria serem de caráter intermitentes, impediu a formação em larga escala de solos salinos, sobretudo nas vertentes e nos interflúvios. Os sais dissolvidos das rochas cristalinas são levados pelo fluxo das águas na estação chuvosa, havendo saída dos materiais solúveis para todos os quadrantes costeiros.
4 - PORQUE NO TEXTO DE AB SABER, ELE AFIRMA QUE A REGIÃO DO NORDESTE SECO OCUPA UMA POSIÇÃO GEOGRÁFICA ANÔMALA?
Aziz Nacib Ab’sáber em seu dossiê sobre o nordeste intitulado de Sertões e sertanejos: uma geografia humana sofrida aborda a posição geográfica do nordeste como anômala, isso devido a está próxima ao Equador do que dos trópicos, as estações são definidas uma bem seca e outra com chuvas moderadas, que pode haver alterações ao longo do ano, podendo ocorrer um período de secas muito longas e período marcado por chuvas intensas.
5 - QUAL A IMPORTÂNCIA DOS BREJOS NO SEMI-ÁRIDO?
Os brejos conseguem quebrar a monotonia das condições físicas e ecológicas dos sertões secos, enriquecendo a produtividade agrária local. Funcionam como oásis produtivos em determinadas situações locais, que pontilham as territorialidades básicas dos sertões, facilitando a produção. Além disso, os brejos tem grande importância cientifica como ressalta Ab’Sáber e Andrade Lima “os brejos nordestinos em face dos sertões secos serviu como chave na interpretação paleoclimática e paleoecológica dos quadros paisagísticos que predominaram no Brasil durante os períodos secos do Pleistoceno.
6 - CARACTERIZE O AGRESTE.
O agreste é uma região de transição climática e de contatos ecológicos entre a zona da mata e o domínio extensivo das caatingas, diferenciando-se das demais e regiões por apresentar uma quantidade a mais de precipitações anuais. A fitosionomia é caracterizada por caatingas arbóreas, com eventuais inclusões de matas secas. O ambiente do agreste é reconhecido pela presença de uma paisagem de estruturação tradicional, refletindo uma estrutura agrária na qual a pecuária e agricultura procuram conviver em conjunto.
7 - DISCORRA SOBRE AS DEFINIÇÕES
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