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Estudos disciplinares V

Por:   •  9/6/2015  •  Trabalho acadêmico  •  561 Palavras (3 Páginas)  •  646 Visualizações

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Introdução:

        A interdisciplinaridade é uma proposta inovadora e muito importante para o ambiente escolar, pois pode dar um novo significado aos conteúdos aprendidos pelos alunos ao notarem que todas as ciências podem contribuir para o conhecimento. Não diferente desse processo, temos a Literatura aliada a Geografia.

Desta forma a literatura oportuniza o encontro da arte com a ciência, permitindo dessa forma a construção de um conhecimento cientifico. Além disso, permite ao leitor imaginar vários cenários e ideias levando o à busca de um embasamento teórico para determinado fato a fim de conhecer o fundamento e a originalidade de algumas obras. Portanto, a partir do texto literário é possível abrir caminhos para pesquisas no campo geográfico.  

Desenvolvimento:

Na Obra Morte e vida Severina, de João Cabral de Melo Neto, é possível perceber a geografia presente, por meio da riqueza de detalhes que o autor utiliza ao descrever o sertão nordestino: a seca, a caatinga, a monocultura, a vegetação, a hidrografia e a difícil jornada de Severino até chegar a zona da mata. O texto é de cunho literário formado por versos e possui características narrativas, porém, sabe-se que literatura é ficção, mas por meio dela, é possível compreender os vários aspectos da vida humana. Partindo dos fatos vividos e sentidos pelo eu lírico, percebe-se a relação existente entre o homem e o seu espaço geográfico e social.

Na obra Os sertões, de Euclides da Cunha, também é possível fazer uma reflexão a respeito dos aspectos geológicos e topográficos das regiões que estão entre o Rio Grande do Norte e o sul de Minas Gerais, e em especial a bacia do rio São Francisco. A obra retrata a Guerra de Canudos e os acontecimentos dessa guerra, que diminuiu a população de Canudos, permitindo um estudo geográfico da região, pois o autor descreve detalhadamente as particularidades do sertão, falando sobre a seca, das causas da mesma, da destruição causada pelo homem. Fala ainda dos desertos, da erosão, e do ciclo das secas, levando o leitor a um trajeto do sudeste, ao sertão.

Por meio destas obras pode-se fazer uma reflexão dos aspectos geográficos das regiões citadas, a partir de um contexto histórico, pois apesar da literatura ser ficção, ela possui, sobretudo, a verossimilhança, ou seja, ela se assemelha ao real, e por isso tem também função de historiar fatos e acontecimentos que por vezes são muito antigos, mas vivos ainda hoje por meio das obras literárias. Além disso, leva o leitor a lugares que ele nunca pisou, permitindo o perceber o clima, o cenário, e outros fatores geográficos de vários lugares do mundo.  

        

Conclusão:

A partir da literatura do Nordeste começa uma valorização do Brasil regional que mereceu, e merece hoje, a atenção dos maiores críticos literários. Desde o Romantismo até a última fase do Modernismo, a representação do meio rural do sertão e dos seus habitantes torna-se central e algumas personagens acabam por se fixar no nosso imaginário. Estudando a figura do sertanejo, percebermos como ela muda na fisionomia e na psicologia, passando de “herói” para “anti-herói”, conforme ao mudar do espírito do tempo em que os romances aqui escolhidos foram escritos. O conceito de Literatura de Nordeste nasce acompanhado por uma reflexão sócio-política que é expressão do espírito da época em que as primeiras obras nordestinas foram produzidas.

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