Fluxo Migratorio
Ensaios: Fluxo Migratorio. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: alexandre26 • 14/3/2014 • 1.442 Palavras (6 Páginas) • 459 Visualizações
FLUXO MIGRATÓRIO
DE IMIGIGRANTES
PARA O BRASIL.
Italianos
São os italianos o grupo que tem maior participação no processo migratório, com quase trinta por cento do total concentrados, sobretudo no estado de São Paulo, onde se encontra a maior colônia italiana do país.
Igualmente importante é entender os fatores que impulsionaram esse grande fluxo migratório. O fato é que a Itália, na segunda metade do século 19, possuía milhares de trabalhadores dispostos a abandonar sua terra natal e se aventurar em países distantes como Brasil, Argentina e Estados Unidos. Isso se explica, sobretudo, pela forte penetração das relações capitalistas no campo e a consequente concentração da propriedade da terra.
As altas taxas e impostos sobre a posse da terra obrigaram muitos pequenos proprietários a empréstimos e endividamentos. Além disso, o pequeno produtor não conseguia competir com os grandes proprietários, que enchiam os mercados com produtos mais baratos. Sem condições de ocupação, esses trabalhadores se proletarizaram, transformando-se em mão-de-obra barata na nascente indústria italiana. Outros tantos preferiram cruzar o Atlântico, em busca de sorte melhor. Nesse sentido, a forte propaganda do governo brasileiro encontrou um público bastante vulnerável, carente de possibilidades de uma sobrevivência digna em sua terra natal.
Principais causas da imigração
No princípio do Século XIX ocorreram grandes modificações políticas e econômicas na Europa. Terminada as guerras napoleônicas, o Congresso de Viena - 1814/1815 - estabeleceu arbitrariamente novos estados, formas de governo e alianças, sem escutar os povos a eles submetidos.
Assim, a Itália se viu dividida em sete Estados soberanos, surgindo, em consequência, o ideal da unificação. Esta foi obtida apenas em 1870, graças a Vitor Emanuel II, o Primeiro Ministro Cavour e o revolucionário Giuseppe Garibaldi. Terminada a luta, o sonho de paz e prosperidade foi substituído por uma dura realidade: batalhões de desempregados e camponeses sem terras não tendo como alimentar a si nem as suas famílias. A Revolução Industrial, com o advento das máquinas, substituíra o trabalho do homem, com muito mais lucro e perfeição.
A solução foi emigrar em busca de novas terras não exploradas e ricas.
Oficialmente, havia duas metas para a imigração. A primeira era a colonização, para busca de mão-de-obra especializada agrícola e povoar territórios. A segunda, criar um mercado assalariado, em substituição à mão-de-obra escrava.
Mas o objetivo principal era perseguido pelos "barões do café" - oligarquia paulista com forte influência na política nacional - que pretendia suprir a carência de mão-de-obra na lavoura cafeeira, já em crise, que se agravaria com a abolição da escravidão, em 13 de maio de 1888.
Dessa forma, o Governo brasileiro criou uma série de facilidades e, por intermédio de uma propaganda maciça na Itália, vendeu" uma imagem do país, como uma "Terra Prometida". Na época, a Itália era um país agrícola bastante limitado, sendo que o desenvolvimento industrial ocorrera principalmente no norte, não alterando a situação de pobreza de sua agricultura.
Fugindo da guerra e da fome, acreditando nas promessas e um sonho de continuar a sobreviver como pequenos produtores rurais - condição que não conseguiam mais manter em seu país - os italianos pobres nem imaginavam o que estava por vir.
Milhares de imigrantes italianos, dentre eles jovens recém-casados, homens e mulheres de todas as idades e crianças, decidiram atravessar o Atlântico em busca de uma vida melhor.
Viajavam desconfortavelmente dias seguidos dentro dos porões dos navios que os expatriavam. Muitos morreram e seus corpos foram atirados ao mar.
Alemães
Vindo para o país inicialmente como soldados e colonos, os alemães venceram grandes dificuldades e marcaram de maneira muito significativa a história do Brasil. Conheça a trajetória desses imigrantes para se firmarem aqui e saiba como sua tradição está presente nos mais diversos aspectos da vida brasileira.
São Leopoldo, no Vale dos Sinos, Rio Grande do Sul, foi o ponto de partida de uma luta pela sobrevivência que mudou a história do Brasil e que começou em 1824 com a fundação da primeira colônia de imigrantes alemães no país. Na época, o Brasil havia acabado de se tornar independente de Portugal. Então, por influência de José Bonifácio, o então imperador Dom Pedro I decidiu inaugurar, com esses imigrantes, um programa de imigração para o Sul, movido por questões de segurança nacional, diante das sucessivas disputas territoriais naquela então erma região fronteiriça.
Naquela época, a Alemanha estava dividida em uma porção de reinados, principados e ducados, todos independentes, mas unidos precariamente pelo idioma. Ela viria a ser unificada por Bismarck apenas em 1871.
Nos primeiros 50 anos de imigração, vieram para o Rio Grande do Sul entre 20 e 28 mil alemães e quase todos se dedicaram à colonização agrícola.
Essa colonização alterou a ocupação de espaços, levando gente para áreas até então desprezadas. Introduziu também outras grandes modificações. Até aquele momento, a classe média brasileira era insignificante e se concentrava nas cidades. Os colonos alemães acabaram formando uma classe de pequenos proprietários e artesãos livres em uma sociedade dividida entre senhores e escravos.
Desde a fundação de São Leopoldo, aproximadamente 300 mil alemães vieram para o Brasil. Depois de colonizar o Rio Grande do Sul, ainda no século 19, eles subiram para Santa Catarina, que atualmente tem a maior população de descendência alemã — mais de 20% do total —, e seguiram rumo ao Espírito
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