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Por:   •  17/9/2013  •  475 Palavras (2 Páginas)  •  250 Visualizações

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A ocorrência de desastres naturais no Brasil aumentou 268% na década de 2000

Entre os principais desatres com aumento de incidência estão os que mais geram vítimas fatais, como as inundações e os movimentos de massa

por Débora Spitzcovsky Fonte: Planeta Sustetável

Sérigio Vale/Secom/Agência de Notícias do Acre

As inundações estão entre os desastres naturais que mais tiveram aumento no número de incidência na última década

As inundações estão entre os desastres naturais que mais tiveram aumento no número de incidência na última década.

A primeira década do século XXI foi a mais quente da história da Terra, desde o início das medições modernas, em 1850. Como já dizia o cientista Newton, toda ação provoca uma reação e o aumento sem precedentes da temperatura, entre 2001 e 2010, resultou na maior incidência de eventos climáticos extremos, em todo o mundo.

No Brasil, não foi diferente. A ocorrência de desastres naturais aumentou 268% na década de 2000, em comparação aos 10 anos anteriores. Os dados foram divulgados por Rafael Schadeck, chefe do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad),durante a1ª Conferência Nacional de Mudanças Climáticas (Conclima), no dia 10 de setembro.

O país apresentou crescimento em todos os tipos de desastres naturais característicos do continente americano, como mostra o gráfico abaixo, do Atlas Brasileiro de Desastres Naturais. “O que mais preocupa é que, entre os desastres que mais tiveram aumento de incidência, estão as inundações e os movimentos de massa, como deslizamentos, que são os que mais geram vítimas fatais”, afirma Schadeck. Segundo ele, entre 1991 e 2010, cerca de 2.500 pessoas morreram no Brasil por conta do problema, principalmente na região sudeste.

Gráfico do Atlas Brasileiro de Desastres Naturais

Gráfico do Atlas Brasileiro de Desastres Naturais

ÊTA, SECURA!

Apesar de matar menos gente, secas e estiagens também estão castigando os brasileiros e, sobretudo, os nordestinos. Dos mais de 96 milhões de cidadãos impactados pelos desastres naturais nos últimos 20 anos no país, 50,34% foram vítimas da falta de água.

Marcos Freitas, da Agência Nacional de Águas (ANA), que também esteve presente no evento, considerou a atual situação grave. “A duração média do período de seca no semiárido é de 4,5 anos e estamos só no segundo ano. Além disso, o período de chuvas no Nordeste já ficou para trás em 2013. A partir de agora, a tendência são reservatórios cada vez mais vazios ”, alerta.

Por enquanto, cerca de 4.500 caminhões-pipa circulam pelo Nordeste para tentar dar conta da falta de água gerada pela seca. “Sabemos que não é a melhor solução, mas é a única em curto prazo capaz de salvar vidas”, diz Schadeck. Ele aproveitou para destacar o Plano Nacional de Gestão de Riscos e Resposta a Desastres Naturais, lançado em agosto de 2012 pelo governo brasileiro, que promete investir R$ 18,8 bilhões para a questão até 2014,

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