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Geografia física

Relatório de pesquisa: Geografia física. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  8/2/2015  •  Relatório de pesquisa  •  3.095 Palavras (13 Páginas)  •  272 Visualizações

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Irlanda

O isolamento geográfico da Irlanda, a verde Erin dos poetas, conferiu a essa ilha um interessante e peculiar legado cultural. A história recente da República da Irlanda, marcada pelas lutas de independência e por dificuldades econômicas, determinou a emigração de grande número de irlandeses para a Grã-Bretanha e os Estados Unidos.

A Irlanda, também conhecida pelo nome irlandês de Eire, ocupa a maior parte (70.285km2) da ilha situada a oeste da Grã-Bretanha, da qual está separada pelo mar da Irlanda e pelo canal de São Jorge a distâncias que variam entre 18 e 193km. O restante da ilha é ocupado pela Irlanda do Norte, parte integrante do Reino Unido.

Geografia física

Geologia e relevo. A maior parte do solo irlandês é fértil, formado por depósitos sedimentares de origem glacial. Nas montanhas há rochas de formação antiga, como quartzitos, granitos e ardósia. A região baixa do centro da ilha tem solo calcário.

O relevo irlandês é constituído por uma zona interior de planícies, com altitudes que variam entre 60 e 120m. Menos de 15% do território irlandês alcança altitude superior a 200m. O ponto culminante é o pico Carrantuohill (1.041m), localizado na cordilheira Macgillicuddy. A única falha na montanhosa orla marítima estende-se na direção norte a partir de Dublin, ao longo da costa leste. Na costa ocidental, extremamente recortada, as montanhas de Donegal, Mayo e Kerry avançam sobre o oceano, separadas por largas e profundas baías.

Clima. O clima sofre a influência dos ventos suaves do sudoeste e das águas temperadas da corrente do Golfo. Os meses mais frios são janeiro e fevereiro, com média de 5o C; os mais quentes, julho e agosto, com média de 15o C. As temperaturas são praticamente invariáveis em toda a ilha, mas a incidência de chuvas varia muito: enquanto na região oeste, mais exposta aos ventos úmidos do Atlântico, a precipitação anual é de 2.500mm, no leste, mais resguardado, a média é de 750mm. As nevadas são freqüentes somente nas montanhas.

Hidrografia. O rio mais extenso do país é o Shannon, com 259km, que drena uma vasta área das planícies centrais e forma em seu curso uma série de lagos. Outros cursos importantes são o Slaney, o Liffey e o Boyne, no leste; o Nore, o Suir e o Barrow, no sudeste; o Blackwater, o Bandon e o Lee, no sul; e o Clare e o Moy no oeste.

Flora e fauna. Quase toda a vida animal e a vegetação da ilha provêm de migrações posteriores às glaciações, originárias do norte da Europa. A vegetação natural predominante é de árvores de folhas perenes, como carvalhos e faias. São abundantes os bosques de coníferas, introduzidas pelo homem.

Não é grande a variedade de espécies animais, e só aves e dois tipos de pequenos roedores, além de um tipo de lagarto, são nativos. Não há cobras, o que, segundo antiga lenda, se deve à intervenção milagrosa de são Patrício, padroeiro da ilha.

População

Ao longo de sua história a ilha foi invadida por celtas, escandinavos, normandos, ingleses e escoceses. Mesmo assim, a população irlandesa é uniforme do ponto de vista étnico. A língua nacional e primeira língua oficial, segundo estabelece a constituição, é o irlandês, que se assemelha ao gaélico, do norte da Escócia; o inglês é reconhecido como segunda língua oficial. Todos os documentos oficiais são publicados em ambas as línguas. O irlandês foi amplamente falado até à época da Grande Fome, na década de 1840, quando ocorreu a emigração em massa. A partir daí o uso decaiu, até 1922, quando após a configuração da Irlanda como estado livre, o ensino do irlandês passou a fazer parte do currículo escolar. A população domina os dois idiomas, mas na prática o inglês é mais utilizado.

Fato de especial relevância para a estrutura demográfica do país é a forte tendência à emigração. As taxas são tão elevadas que, segundo estimativas, na segunda metade do século XX, metade dos nascimentos de irlandeses ocorreu fora das fronteiras do país. Além da capital, Dublin, a outra cidade importante é Cork. (Para dados demográficos, ver DATAPÉDIA.)

Economia

A atividade econômica se processa mediante um sistema misto, com intervenção do estado em ampla gama de setores, entre os quais a aviação comercial, as estradas de ferro e de rodagem, o rádio, a televisão, a geração e distribuição de eletricidade, a indústria do açúcar e a refinação de petróleo.

Agricultura, pecuária e pesca. A atividade agropecuária, que já foi o principal esteio econômico, ainda ocupa papel relevante. A maior parte do solo é empregado para pastagens e feno. Graças principalmente ao clima, que favorece o crescimento dos pastos, é possível alimentar o gado durante quase todo o ano. O modelo de exploração mais usual é a granja familiar. No sul predomina a produção de leite; no interior a criação de gado para abate, e nas regiões leste e sudeste a plantação de cereais. Além do gado bovino, são também extensas as criações de ovelhas, principalmente nas regiões montanhosas.

A maior parte da produção do setor provém da criação de gado bovino, seguida de leite e carne de porco. Outros produtos importantes são cevada e trigo, frangos e ovos, lã e batata. A produção de beterraba é suficiente para abastecer a indústria açucareira. Na segunda metade do século XX, os planos estatais de reflorestamento fizeram triplicar a área dos bosques.

Depois da segunda guerra mundial, as más condições do mercado externo dificultaram o desenvolvimento da agricultura irlandesa, mas a situação melhorou a partir de 1973, com a entrada do país para a Comunidade Européia. A pesca marítima é pouco desenvolvida; pesca-se mais em rios, para captura, principalmente, de salmões, enguias e trutas.

Energia e mineração. A Irlanda depende fortemente das importações de matérias-primas minerais e de fontes de energia (carvão e petróleo). O país não é rico em recursos minerais. Exploram-se jazidas de prata, chumbo, zinco, gesso e barita. Na década de 1980 foi iniciada a exploração de petróleo e de gás natural no mar, mas a produção obtida até meados da década de 1990 era ainda insuficiente para proporcionar uma redução significativa da dependência externa.

Indústria. Ao longo do século XX, a política econômica do governo irlandês apresentou diversas orientações: depois de uma fase inicial de marcado protecionismo para a indústria, que dificultou o desenvolvimento e a capacidade de exportação, a partir da década de 1950 foram implantados vários programas de abertura, com redução de impostos e financiamento de projetos destinados a fomentar

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