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HISTÓRIA DA ÁFRICA

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Por:   •  28/4/2014  •  Dissertação  •  1.652 Palavras (7 Páginas)  •  465 Visualizações

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FACULDADE SABERES

ANGELO DEMUNER

IGOR DE SOUSA LIMA

CLAUDIO PENITENTE

ARTIGO

HISTÓRIA DA ÁFRICA

TURMA – 3º PERÍODO

VITÓRIA

2012

ANGELO DEMUNER

IGOR DE SOUSA LIMA

CLAUDIO PENITENTE

ARTIGO

HISTÓRIA DA ÁFRICA

3º PERÍODO

Artigo apresentado à Faculdade Saberes, para complementação de carga horária da disciplina de História da África, turma 3º período.

Professor: Jorge Vinícius Monteiro Vianna

VITÓRIA

2011

RESUMO

Continente Africano, Berço da humanidade, tão rica e em sua diversidade, Por séculos a História da África, nos foi contada de forma superficial e não condizente com a sua realidade histórica de fato. Sempre nos referimos a África como um continente atrasado e sem pouca ou quase nenhuma contribuição histórica. O continente africano não foi somente o berço da humanidade, grandes Impérios como os Núbios e os Kusch, esse ultimo era tão vasto quanto o Império romano. Por conta desse desconhecimento histórico sobre o continente, também podemos descrever aqui nesta introdução a questão da escravatura, que até pouco tempo acreditava-se que tinha sido imposta pelos europeus.

Este é o intuito desta dissertação buscar identificar esse conteúdo que é repassado para os nossos jovens do ensino médio e também o ensino fundamental.

ABSTRACT

The African continent, the cradle of humanity, so rich in its diversity, and for centuries the history of Africa, we have been told so superficial and not befitting its historical reality in fact. Always we refer to Africa as a continent late and without little or almost no historical contribution. The African continent was not only the birthplace of humanity, great empires such as the Nubians and Kusch, this last was as vast as the Roman Empire.

This is the purpose of this dissertation seek to identify such content that is passed on to our young high school and the elementary school.

1 INTRODUÇÃO

Continente Africano, Berço da humanidade, tão rica e em sua diversidade, Por séculos a História da África, nos foi contada de forma superficial e não condizente com a sua realidade histórica de fato. Sempre nos referimos a África como um continente atrasado e sem pouca ou quase nenhuma contribuição histórica.

O continente africano não foi somente o berço da humanidade, mas sim de poderosos impérios, como o Egípcio, que é a segunda civilização mais antiga da humanidade, sendo a Suméria a mais antiga localizada no Oriente próximo, mas também de outros grandes Impérios como os Núbios e os Kusch, esse ultimo era tão vasto quanto o Império romano.

Por conta desse desconhecimento histórico sobre o continente, também podemos descrever aqui nesta introdução a questão da escravatura, que até pouco tempo acreditava-se que tinha sido imposta pelos europeus. Essa teoria equivocada foi tida como história oficial, embora hoje saibamos que a África já havia passado pelo processo de escravatura dezenas de séculos antes do encontro com o homem europeu.

Até bem pouco tempo atrás, o Brasil, conhecido internacionalmente por sua diversidade cultural e pela mistura de raças que formam o seu povo, não tinha as diferentes etnias representadas nos currículos escolares do País. A situação mudou com duas leis, sancionadas nos anos de 2003 e 2008, que tornaram obrigatório no Ensino Fundamental e Médio o estudo da História e Cultura afro-brasileira e indígena. Mas será que essa história atual de fato está condizente com a verdadeira história da África?

Este é o intuito desta dissertação buscar identificar esse conteúdo que é repassado para os nossos jovens do ensino médio e também o ensino fundamental. Observar se esse conteúdo acadêmico é passado com o intuito de se trazer a luz da verdade sobre a história da África, ou se simplesmente é uma questão de se fazer cumprir uma lei federal.

2 OS GRANDES REINOS AFRICANOS

Sabe-se hoje que grandes e poderosos reinos surgiram na África, bem antes do contato com o homem europeu a partir do século XVI. Na verdade até o século VII da nossa era os reinos africanos não tiveram contato com outros povos. A partir desse momento os árabes os alcançam, trazendo consigo o islamismo, e o comércio. Três grandes reinos se desenvolveram na África: Gana, Mali e Songhai. O último assumiu o califado do Sudão. Após aderirem ao Islã – embora as religiões de adoração aos elementos da natureza ainda persistissem (certo sincretismo é notável) – o comércio com o oriente intensifica-se mais ainda, tendo a África vivido um período de relativa prosperidade. Os principais itens comercializados eram o marfim, a noz de cola e os escravos – provenientes dos africanos – os quais eram trocados por tecidos, cobre e pérolas.

O reino de Gana - O Gana foi provavelmente fundado durante o século IV de nossa era. Entretanto, foi somente no século VII que o reino ganhou representatividade, principalmente devido a suas minas de ouro, fato que chamou a atenção dos árabes. Quando o comércio com os árabes se intensificou, Gana instituiu um responsável, uma espécie de ministro do comércio, para controlar, através de taxas, as operações de importação e exportação. O Estado era mantido através de um eficiente sistema de cobrança de impostos localizados nos principais entrepostos comerciais de um território não muito bem definido. A organização do reino de Gana era notável, havia subdivisões de governo, com certa autonomia, espécie de províncias, politicamente organizados ao longo do rio Senegal e Niger. As principais atividades eram a agricultura, a mineração, a pecuária e o comércio com os árabes. Gana foi-se mantendo sob o governo dos berberes e dos muçulmanos até 1240 quando o rei do Mali, Sundiata Keita, acabou por conquistá-lo.

O reino de Mali - O Império Mali foi um estado da África Ocidental, perto do rio Níger, que dominou esta região nos séculos XIII e XIV. De três impérios consecutivos, este foi o mais extenso territorialmente, comparado com o de Songhai e do Gana. O império alcançou o auge no início do século XIV, durante o governo de Mansa Musa, que se converteu ao Islã. Mali controlava as rotas comerciais trans arianas da costa sul ao norte.

Em sua peregrinação a Meca, esse soberano fez-se acompanhar de uma comitiva com 15 mil servos, cem camelos e expressiva quantidade de ouro. Em seu retorno, determinou a construção de escolas islâmicas na capital, a cidade de Tombuctu, que de próspero centro comercial, tornou-se também um centro de estudos religiosos. Mali tornou-se famoso devido à imensa riqueza obtida através do comércio com o mundo árabe.

O reino songhai - Do início do século XV até o final do XVI, Songhai foi um dos maiores impérios africanos da história. Este império tinha o mesmo nome de seu grupo étnico líder, os Songhai. Sua capital era a cidade de Gao, onde um pequeno estado Songhai já existia desde o século XI. Sua base de poder era sobre a volta do rio Níger. Devido ao controle econômico exercido por Songhai, entre outros produtos, do ouro produzido no Sudão ocidental, do sal, artigo de grande importância no deserto, e dos escravos, cuja procura era constante nos territórios islâmicos, o império de Songhai acabou destruído pelo Marrocos em 1591.

3 A AFRICA E A ESCRAVIDÃO

Não é possível falar de África sem a associa-la a escravidão. Equivocadamente pensávamos que o processo de escravidão na África teria sido imposto pelos europeus a partir do século XVI. Sabe-se hoje que a África já havia tido experiências com a escravidão muito tempo antes do contato do homem europeu ou qualquer outro povo. A escravidão africana era tida como fonte econômica entre os povos, onde o reino mais forte e mais preparado sobrepujava aquele mais fraco, tornando esses seus escravos para os servirem ou simplesmente para vendê-los. A escravidão é acompanhada por um fenômeno: O escravo que falava a mesma língua que seu senhor, sem sotaque, que compartilhava a mesma cultura, seguia a mesma religião, e entendia as relações políticas a sua volta, sofria um nível muito menor de exploração do que aqueles completamente alheios à cultura dominante. Aqueles que tinham vivido num só lugar durante muitos anos após a sua compra ou escravização tinham menos probabilidades de serem tratados como simples mercadorias. Isso explica, sem dúvida, as maiores regalias de crioulos em comparação a escravos africanos recém-chegados. Sempre havia uma distinção que legitimava a exploração. Não se escravizava pares, era sempre uma religião diferente, uma etnia diferente, ou uma cultura diferente. Tratava-se sempre da figura de um ou outro, estranho ou alheio.

Já no século XVI, Um dos fatores que mais contribuíram para a escravidão na África foi a alta demanda de escravos pelo mercado europeu e o comércio transatlântico. E com o tempo essa comercialização trouxe significativas transformações na dinâmica do comércio escravista. Os escravos logo se tornaram o principal item de exportação do continente, tornando-se muito comuns na sociedade local. Consolidou-se uma forma de escravidão não islâmica na costa ocidental, sendo que essa não era mais uma característica periférica, mas uma instituição fundamental. Para Fundou-se uma estrutura política e social dentro da África, fundamentada na escravidão, que se expandiu até as últimas décadas do século XIX.

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