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ILHA DAS FLORES

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Por:   •  9/6/2014  •  2.325 Palavras (10 Páginas)  •  293 Visualizações

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Bem-vindo à Ilha das Flores

No TOTEM 1, somos convidados a percorrer as antigas instalações do local onde funcionou a primeira hospedaria de imigrantes do Brasil. O arquipélago, que hoje está sob jurisdição da Marinha, é formado pelas Ilhas das Flores, do Carvalho, do Engenho, Ananás e Mexingueira. As duas primeiras foram unidas entre si e ao continente em 1985, no processo de aterramento da região para a construção do trecho da BR 101 que corta o município de São Gonçalo. (Fig.1 e 1.1)

A origem do nome se deve a Delfina do Nascimento Flores, proprietária da ilha, no inicio do século XIX. Em 1834, após a criação da Província do Rio de Janeiro, provavelmente por alguma dívida da proprietária, a ilha passou ao tesouro provincial, que outrora foi vendida em um leilão ao Senador José Ignácio Silveira da Motta por 4 contos e 700 mil reis (ESCRITURA, 1957b). Ao adquirir a Ilha das Flores, Silveira da Motta tornou-a um lugar de experimentos agrícolas, de piscicultura (Fig.2) - além de sistema de captação de água da chuva, tanques biológicos para tratamento de esgoto e etc. Em 1883, foi concretizada a venda do arquipélago por 170 contos de réis (ESCRITURA, 1957c).

A partir de então com a crescente da imigração o governo Imperial percebeu a necessidade de se criar um espaço para receber os imigrantes, assim em 1983 a hospedaria foi oficializada.

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O desembarque

Pela hospedaria passaram milhares de imigrantes estrangeiros. A hospedaria recebia aqueles que decidiam imigrar em busca de trabalho ou para refugiar dos conflitos étnicos e religiosos de seus países de origem.

No TOTEM 3 podemos ver por onde os imigrantes chegavam, porém os imigrantes não desembarcavam diretamente na ilha, pois a mesma se localiza no fundo da Baía de Guanabara, onde não há profundidade suficiente para um transatlântico, assim eles

desembarcavam primeiramente no porto do Rio de janeiro e seguiam em pequenos barcos chamados de “Batelões”, até o Cais (Fig.3) por onde os imigrantes desembarcavam , visualizamos também o primeiro prédio da hospedaria, que em 1983 só tinha o primeiro pavimento (Fig.4) e no pós-guerra, ganhou o segundo pavimento para receber os refugiados (Fig.5).

Nesse prédio - que hoje funciona a base dos fuzileiros Navais - foi onde tudo começou, funcionava ali a sala de registro, onde era preenchida uma ficha e seus documentos eram conferidos. Feito isso poderiam seguir para os respectivos alojamentos. Todos também passavam por uma inspeção médica. No caminho passavam por uma placa escrita em vários idiomas: “Você era um estranho e o Brasil o acolheu”.

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Uma curiosidade observada no caminho é Igreja de Sta. Terezinha (Fig.6) e como ela está inserida no espaço geográfico, pois podemos observar que as igrejas do litoral historicamente estavam voltadas para o mar, pois a dinâmica do mar era meramente de chegada, não tinha a mobilidade do ir e do vir, então as pessoas que aqui estavam não tinham a tendência de retornar, pois o processo era de interiorização, assim conseguimos visualizar a espacialidade da igreja voltada para o continente, para a utilização dos próprios imigrantes, muitos deles católicos.

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No refeitório (Fig.9 e 9.1) eram servidas três refeições diárias: o desjejum, o almoço e o jantar, a capacidade de 1.000 pessoas. Havia ainda a Lavanderia, a Carpintaria, o Posto Telegráfico, o Necrotério e o Balcão de Emprego.

Toda essa estrutura foi criada para atender às primeiras necessidades dos recém-chegados.

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