Industrialização De Países Desenvolvidos
Trabalho Universitário: Industrialização De Países Desenvolvidos. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: 259742 • 6/11/2013 • 3.206 Palavras (13 Páginas) • 538 Visualizações
A INDÚSTRIA NOS PAÍSES DESENVOLVIDOS:
REINO UNIDO, FRANÇA, ITÁLIA E ALEMANHA
A Revolução Industrial determinou e aprofundou a divisão internacional do trabalho criada com o mercantilismo e que era caracterizada pelo pacto colonial. Quem tomou o expresso da industrialização garantiu seu lugar entre os mais ricos do mundo; a indústria definiu, portanto, quem era rico e quem era pobre na divisão internacional do trabalho, ampliando ainda mais as diferenças econômicas e tecnológicas entre os países.
Os países de industrialização clássica - o G-7
No século XVIII, o Reino Unido foi o primeiro país a se industrializar, aproveitando a estabilidade políti¬ca, o capital obtido com o mercantilismo e as ricas ja¬zidas de carvão mineral de seu território. A França lo¬go seguiu o caminho de seu rival histórico. Itália e Alemanha só passam a existir como Estado nacional no fim do século XIX (1870-1871), e por isso realizam sua Revolução Industrial um pouco mais tarde. Fora da Europa, os Estados Unidos, primeira colônia a de¬clarar independência, também são o primeiro país a se industrializar na América. O Canadá inicia o seu processo de independência em 1867, e o Japão abre seus portos para o Ocidente após a ascensão da di¬nastia Meiji ao poder em 1868.
Portanto, todos os representantes do processo de industrialização original ou clássica estavam indus¬trializados no fim do século XIX.
Pela necessidade de matérias-primas e merca¬do de consumo para a atividade industrial que surgia, os países europeus e o Japão expandiram seus im¬périos coloniais.
Os Estados Unidos fizeram sua expansão conti¬nental do Atlântico ao Pacífico e mais tarde ampliaram a sua influência sobre o continente americano e o mun¬do. O Canadá, naturalmente rico em recursos mine¬rais, cresceu sob o apoio financeiro e tecnológico de seu poderoso vizinho.
Como surgiu o G-7
Em 1973. Estados Unidos, França, Reino Unido e Alemanha Ocidental reuniram-se pela primeira vez para discutir a política monetária internacional após o fim do padrão ouro, definido em Bretton Woods. Nos meses seguintes, várias reuniões foram realizadas, desta vez com a participação do Japão. Formou-se, então, o que passou a ser chamado pela imprensa mundial de G-5 (Grupo dos Cinco).
O Grupo dos Cinco mais a Itália reuniram-se pe¬la primeira vez na localidade de Rambouillet. França, em novembro de 1975, para discutir a economia mun¬dial, então abalada pela crise do petróleo, e com o objetivo de coordenar a política econômica e mone¬tária mundial.
Os mentores dessa idéia foram o presidente da França (Valéry Giscard d'Estaing) e o primeiro-ministro alemão (Helmut Schmidt). Em 1976, o Canadá come¬ça a participar das reuniões, e a associação passa a ser denominada G-7. No encontro de Tóquio, em 1986, Itália e Canadá são aceitos oficialmente como mem¬bros do grupo.
Em 1998, a Federação Russa, que já participava das reuniões como país observador desde 1992, foi admitida como país membro do G-7, em Denver em 1997, e a partir de junho de 2002 passou a integrar ofi¬cialmente o novo G-8 ou Cúpula dos Oito. Esse grupo reúne os sete países mais ricos e industrializados do mundo mais a antiga potência soviética e faz opo¬sição aos países pobres no conflito Norte-Sul.
A indústria no Reino Unido
O Reino Unido localiza-se no noroeste da Euro¬pa e, como você pode ver no mapa abaixo, é formado por Grã-Bretanha (Inglaterra, País de Gales, Escócia) e Irlanda do Norte.
Grande potência econômica em séculos passa¬dos, o Reino Unido já foi o centro do maior império colonial do mundo: o Império Britânico. Começou a perder importância após a Segunda Guerra Mundial, quando, juntamente com a França e a Alemanha, foi substituído como principal líder do mundo capitalista pelos Estados Unidos. Os fatores determinantes dessa situação foram as perdas sofridas no conflito e a independência das colônias britânicas, que eram o grande esteio de sua economia.
Nas décadas de 1960 e 1970 o Reino Unido dis¬putou com a França a liderança econômica no conti¬nente europeu, o que resultou na formação de blocos econômicos diferentes no continente. Em 2004, o Reino Unido apre¬sentou o quarto PIB do planeta e o segundo da Eu¬ropa, atrás de Estados Unidos, Japão e Alemanha.
O Reino Unido foi o grande artífice da Revolução Industrial, processo que alterou profundamente a economia mundial a partir do século XVIII. Isso só foi possível porque o país reuniu condições favoráveis, co¬mo a consolidação de um Estado liberal controlado pela burguesia; disponibilidade de capitais acumula¬dos no mercantilismo, bem como de matérias-primas; mercado consumidor em seu extenso império colo¬nial; mudança na organização fundiária, que expulsou a população do campo, disponibilizando mão-de-obra para as indústrias; recursos naturais, como o carvão e o ferro, muito utilizados na nova atividade; e inovações tecnológicas, como a invenção da máquina a vapor.
O êxodo rural e o crescimento das cidades vieram como conseqüência das indústrias que, a princípio, se localizavam próximo às jazidas de carvão e aos portos. Por esse motivo essas áreas eram chamadas de "re¬giões negras", numa alusão ao pó do carvão que deixa¬va tudo escuro. As principais "regiões negras" eram Yorkshire, Lancashire, Midlands, País de Gales e Glas¬gow. Os tipos de indústria mais encontrados eram a si-derúrgica, a têxtil, a naval e a de material ferroviário.
A distribuição da indústria
Após duas guerras mundiais e depois de ter o grande império reduzido a algumas pequenas ilhas espalhadas pelo mundo, muita coisa mudou no Reino Unido. O país só ingressou na Comunidade Econômi¬ca Européia (CEE) em 1973 e não se beneficiou das vantagens que a associação proporcionou a seus membros desde sua criação em 1957.
O declínio do carvão como fonte de energia, bem como o esgotamento das jazidas desse recurso mi¬neral, a era do petróleo e a necessidade de novas tec¬nologias foram essenciais para mudar a situação e a distribuição das indústrias no país.
As tradicionais "regiões negras" foram as que sofreram a maior decadência nos últimos tempos. O fechamento de indústrias, o desemprego e o êxodo da população são alguns dos problemas que atingem essas áreas. Setores como o têxtil, o naval e o siderúr¬gico enfraqueceram, mas surgiram outros, como o petroquímico, o biotecnológico,
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