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Josue De Castro

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Por:   •  3/9/2014  •  359 Palavras (2 Páginas)  •  358 Visualizações

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O autor Josue de Castro “Geografia da Fome” revela a associação harmoniosa da capacidade de argumentar com a segurança científica, um novo modo de pensar e de agir frente à realidade alimentar e nutricional e também uma abordagem pioneira no dimensionamento da fome coletiva como um fenômeno geograficamente universal. Admitiu, com base nas especificidades regionais, que as contribuições parciais poderiam compor um mapeamento caracterizador da universalidade do problema, permitindo construir uma imagem diferente do Brasil e do mundo, possibilitando a estruturação de um plano universal de combate à fome, abrindo novos caminhos para aqueles que buscam a correção de desequilíbrios regionais e a eliminação do subdesenvolvimento. Nesse livro-manifesto, Josué de Castro reinterpretou o papel da geografia clássica, incorporando uma das dimensões explicativas mais importantes, que é a da análise política, para desvendar a significação e consequências do desenvolvimento espacial desigual. A releitura de Geografia da Fome mostra que seus delineamentos conceituais e propositivos continuam vivos e constituem instrumentos indispensáveis para repensar criticamente a realidade brasileira e, em particular, a nordestina. Geografia da Fome, no seu cinqüentenário, torna-se um livro atual pela sua mensagem estimuladora e perturbadora.Logo no início de sua obra Geografia da Fome, Josué de Castro afirmou que “Interesses e preconceitos de ordem moral e de ordem política e econômica de nossa chamada civilização ocidental tornaram a fome um tema proibido, ou pelo menos pouco aconselhável de ser abordado”. Nessa obra, o autor realizou um intenso trabalho no sentido de mapear toda a distribuição e concentração da fome no Brasil. O resultado foi a derrubada de alguns mitos: de que a fome decorria de influências climáticas ou de que tal processo era culpa da improdutividade da população que optava pelo ócio, argumentos bastante populares ainda hoje.

O autor dividiu o país em cinco regiões conforme as características alimentares de cada uma delas. Analisou as características naturais, bem como alguns processos históricos, como a colonização e as transformações políticas e econômicas de cada localidade. Assim, comprovou que a ocorrência da fome e da desnutrição da população não tinha relação com fatores naturais, mas sim políticos, sendo necessária a adoção de políticas de distribuição alimentar e a implantação da reforma agrária.

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