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Migrações em Maringá

Por:   •  26/4/2016  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.856 Palavras (8 Páginas)  •  219 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ[pic 1]

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS LETRAS E ARTES

DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA

RELATÓRIO DE SAÍDA A CAMPO

ANDRÉ APARECIDO LIBERATO

MARINGÁ

2016

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ[pic 2]

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS LETRAS E ARTES

DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA

RELATÓRIO DE SAÍDA A CAMPO

ANDRÉ APARECIDO LIBERATO

Relatório apresentado à disciplina de Geografia da População, do curso de graduação em Geografia da Universidade Estadual de Maringá – UEM, como requisito parcial para obtenção de nota.

Professora da disciplina: Dra. Sueli de Castro Gomes.

MARINGÁ

2016


INTRODUÇÃO

        A disciplina de Geografia da População do Curso de Graduação em Geografia da Universidade Estadual de Maringá, nos permite um maior aprimoramento dos conhecimentos no que diz respeito as questões populacionais, com isso, a disciplina nos leva a uma amplo leque de questões que podem ser estudas dentro do âmbito populacional do Brasil e do mundo.

        Na saída a campo realizada em Maringá tínhamos como objetivo buscar e identificar os principais povos que migraram para o Brasil e hoje fazem parte da população de Maringá, ouvindo suas dificuldades em adaptação, as histórias da migração e o que esperam do nosso país.

        Nossa primeira parada foi no Templo Budista em Maringá, no templo tivemos a palestra do Monge Eduardo, que nos recebeu com muita simpatia. Eduardo nos relatou um pouco da história do povo japonês, como ocorreu as primeiras migrações, além de nos contar um pouco sobre os costumes e cultura dos japoneses, que hoje formam um grande número de habitantes na cidade de Maringá.

        No segundo ponto, chegamos a Praça da Paróquia de Santo Antonio, onde tivemos a participação da haitiana Jéssica. Jéssica veio do Haiti logo após o terremoto que destruiu o país anos atrás, ela relatou o sofrimento do povo haitiano, a situação em que a população se encontrava e se encontra no país, onde grande parte dos habitantes é extremamente pobre. Ela também nos relatou as dificuldades e alegrias que tiveram ao chegar no Brasil, o episódio de preconceito que sofreram o que espera para o futuro no Brasil.

        Nossa última parada foi na mesquita Muçulmana de Maringá, tivemos uma breve parada, pois nossa saída a campo foi rápida. A professora Sueli nos explicou um pouco da história da mesquita e da comunidade Muçulmana na cidade.

        O presente relatório vem trazer uma síntese geral dessa saída a campo, apresentando de forma resumida as principais características dos imigrantes que trouxeram a Maringá um pouco de sua cultura e costumes, somando assim, um conhecimento sobre as migrações populacionais que contribuem para os estudos da Geografia da População.

1ª PARADA: TEMPLO BUDISTA DE MARINGÁ

        A primeira parada de nossa saída a campo na cidade de Maringá foi no Templo Budista da cidade. O templo foi inaugurado em maio de 1983 que tem como finalidade os seguimentos religiosos, culturais e assistenciais. Na imagem a seguir temos o interior do templo.

Figura 01 – Interior do Templo Budista de Maringá.

[pic 3]

Fonte: LIBERATO, André. 2016.

        Na chaga ao templo, fomos recebidos pelo Monge Eduardo, eles nos explicou que este local se tratava de símbolo institucional de um segmento da sociedade que são os imigrantes japoneses, como ele mesmo disse, hoje já não são tão mais imigrantes, pois as maiorias dos japoneses que vivem na cidade não são da primeira geração. Os japoneses se diferenciam em grupos dos: nascidos no Japão que se subdivide em: os que são nascidos e que vieram adultos para o Brasil e os nascidos e que foram trazidos pelos pais.

        Eduardo nos explicou como aconteceu a vinda de japoneses para o Brasil ainda em 1908 que foi o auge da imigração japonesa, exaltando as dificuldades que tiveram os japoneses na adaptação aos costumes brasileiros.

        Hoje em dia, a cidade de Maringá é moradia de um grande número de japoneses, tanto que na cidade encontramos vários restaurantes com culinária japonesa, além do parque do Japão que foi inaugurado recentemente.

        Eduardo nos informou que o templo contempla também um asilo que cuida dos idosos da região, não visitamos o asilo, mas na parte exterior do templo era possível ver as instalações. Isso mostra o lado assistencial do templo e do povo japonês.

2ª PARADA – PRAÇA DA IGREJA SANTO ANTONIO

        Na praça da igreja a professora Sueli nos deu uma introdução sobre os fluxos migratórios atuais. Grande parte da imigração Haitiana aconteceu devido a necessidade de mão de obra em empresas onde se é difícil manter o quadro de funcionários, como os abatedouros e frigoríficos.

        A primeira área de entrada terrestre no Brasil foi pelo Acre, vindo pela Colômbia e Equador, onde permaneciam agenciadores gatos que pegavam o dinheiro dos Haitianos, isso mostra que a vinda dos Haitianos ao Brasil foi muito difícil, muito, a maioria, só tinham o dinheiro da vinda. Não só haitianos, mas moradores da República Dominicana também vieram para o Brasil quando a mão-de-obra era muito necessária nos frigoríficos já que o ex-presidente Lula tinha feito um grande acordo para exportação da carne de frango ao Oriente Médio.

        Jéssica, a haitiana já está no Brasil a três anos, ela nos contou que o país em que vivia foi devastado pelo terremoto de 2010, a situação era muito difícil, muitas pessoas foram mortas, universidades, escolar e grandes prédio foram devastados pelo tremor. Não só o Brasil, mas vários países de solidarizaram com os haitianos, que como todos sabemos e vimos através dos noticiários encontravam-se em uma situação desumana.

        Ela nos contou durante sua fala que os haitianos já conheciam o Brasil pois admiram muito o futebol brasileiro, e que a maioria deles preferiram vir para o Brasil devido a facilidade de emprego da época, além da cultura brasileira que sempre chamou atenção dos haitianos. Na imagem a seguir vemos Jéssica durante sua fala aos alunos do curso de Geografia.

Figura 02 – A Haitiana Jéssica durante fala aos alunos do curso de geografia da UEM.

[pic 4]

Fonte: LIBERATO, André. 2016.

        A haitiana contou que decidiu vir para Maringá, pois através de um intercâmbio realizado em 2012 já tinha conhecido a cidade. Para ela, Maringá é uma cidade harmoniosa e tranquila, pois também já haviam conhecidos que moravam na cidade e falavam da oferta de emprego.

        Com a fala de Jéssica, percebemos que ela e sua família atualmente se sentem satisfeitos com a vida em Maringá, ela e seu marido possuem um filho nascido no Brasil e mesmo com a intenção futura de que seu filho seja educado no Canadá, ela acredita que viver em Maringá proporciona a ela e seus familiares uma qualidade de vida muito melhor que a vida que levavam no Haiti.

3ª PARADA: MESQUITA MUÇULMANA DE MARINGÁ

        Nossa ultima parada da saída a campo foi na mesquita muçulmana de Maringá para tratamos da imigração e da população árabe que reside em Maringá.

        Os primeiros muçulmanos a chegarem a Maringá foram árabes comerciantes que tinha interesse na abertura de mercado em Maringá e a construção da mesquita na cidade em 1982 fez com que eles não deixassem a cidade. A mesquita além de fazer parte da cultura dos muçulmanos, é aberta a visitação e conta com uma escola que oferece aulas de árabe, idioma principal dos muçulmanos. Infelizmente não tivemos acesso a mesquita, mas podemos apreciar sua beleza exterior. Na imagem, podemos perceber como é bonita sua arquitetura.

Figura 03 – Mesquita muçulmana de Maringá.

[pic 5]

Fonte: Blog Scaps. 2015.        

        O povo muçulmano que está sofrendo um grande preconceito no mundo devido os ataques do grupo extremista que aterroriza aquela região do planeta é um povo muito acolhedor, tanto que sempre estão abertos a contar suas histórias de cultura e vida.

        O que levamos dessa parada é que nunca podemos generalizar a questão muçulmana no mundo, pois, o grupo terrorista de extremismo religioso e muito pequeno em relação ao restante da população muçulmana. Infelizmente por isso, muitos muçulmanos estão sendo assassinados no mundo por serem relacionados a esse grupo.

        O que grande parte das pessoas não tem conhecimento é que este povo abomina as ações dos grupos extremistas e não participam das atrocidades que por eles são cometidas.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

        A saída a campo realizada em Maringá nos deu a oportunidade de conhecer de uma melhor forma as características dos povos que migraram para o Brasil e que atualmente residem em Maringá. Em sala de aula já tínhamos visto através da professora Sueli que ministra a disciplina de Geografia da população as questões migratória, que formaram e ainda formam deslocamentos populacionais não só no Brasil, mas também no mundo. Na cidade de Maringá existem várias pessoas de várias nacionalidades, vindos diretamente de outros países e muitos também que são descendentes de estrangeiros e vivem na cidade.

        Na saída a campo, realizamos uma visita a alguns lugares que são símbolo dos imigrantes que vivem em Maringá, como o Templo Budista e a Mesquita Muçulmana da cidade. Nestes lugares podemos perceber como os costumes estrangeiros são tão diferentes dos nossos. Através do Monge Eduardo que nos atendeu no Templo Budista, entendemos como ocorreu a imigração japonesa, sua história, os casos ocorridos com os japoneses, suas dificuldades e desafios encontrados quando chegaram no Brasil, além das ações assistenciais que hoje são realizadas pelo Templo Budista e parte da comunidade japonesa que reside na cidades.

        Ouvimos também a fala da Haitiana Jéssica, que veio para o Brasil após terremoto ocorrido no Haiti, terremoto este que devastou o país. Jéssica nos relatou o sofrimento do povo Haitiano, suas dificuldades e os objetivos que tinham ao saírem do país. Jéssica e sua família se sentem contentes em estarem no Brasil quando se lembram da situação em que viviam no Haiti, aqui, segundo ela, encontraram emprego e uma qualidade de vida melhor. Vale lembrar também que conforme relatado por ela, alguns haitianos sofreram preconceito em um frigorífico de Maringá. No final visitamos a Mesquita Muçulmana de Maringá com o objetivo de entender de forma breve a questão dos imigrantes muçulmanos no mundo que infelizmente hoje sofrem muito preconceito devido as ações e grupos terroristas daquela região.

        Posso concluir que com este trabalho, a questão da migração é muito maior do que a que tinha antes, e assim, compreender que esses povos precisam de assistência quando são recebidos em nossa sociedade.

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