Movimento LGBT
Pesquisas Acadêmicas: Movimento LGBT. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: forever_syuianne • 11/3/2015 • 975 Palavras (4 Páginas) • 460 Visualizações
Os movimentos civis LGBT de luta contra a discriminação e de defesa dos direitos das pessoas LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transgéneros), tal como os conhecemos (com pessoas de todos as áreas da sociedade a organizarem-se e com marchas reivindicativas e celebrativas) começaram em 1970, aquando da marcha que assinalou o primeiro aniversário da Rebelião de Stonewall.
História
Protestos à favor dos direitos dos homossexuais em Nova Iorque, em 1976.
Na noite de 28 de junho de 1969 uma rusga habitual no Stonewall Inn, um bar gay em Nova Iorque – que, por sê-lo, era alvo frequente de acções policiais em que o comportamento dos agentes era sempre verbalmente agressivo – não acabou como as outras. Uma mulher resistiu à detenção e as cerca de duzentas pessoas que esperavam à porta do Stonewall (o bar havia sido esvaziado pela polícia) responderam a um grito de denúncia de "violência policial!" atirando garrafas, pedras e moedas contra os agentes. Como era sábado à noite e o Stonewall Inn ficava em Greenwich Village, uma zona de Nova Iorque que corresponde ao Bairro Alto enquanto zona de vida nocturna, rapidamente duplicou o número de pessoas envolvidas no protesto.
Os agentes da polícia refugiaram-se no bar, barricando-se, e só não houve tiroteio porque no momento em que um dos agentes ia disparar através de uma janela se ouviram as sirenes dos carros da polícia que traziam reforços para tentar controlar os protestos.
Nas três noites seguintes houve mais manifestações na Christopher Street, a rua onde ficava o Stonewall Inn (que, apesar de ter ficado destruído, foi limpo e arrumado e abriu novamente na noite de 29 de junho), tendo essas noites ficado na memória das pessoas.
Os motins da Christopher Street não foram, contudo, os primeiros protestos e gestos de desobediência civil. Já em 1961 tinha havido um protesto à porta de esquadra que durou um par de dias. A multidão exigia a libertação de dois detidos (durante uma rusga num bar gay) e ameaçava invadir a esquadra se a polícia não conseguisse provar que os detidos se encontravam bem.
Antes desta altura as únicas acções levadas a cabo em defesa dos direitos dos gays e das lésbicas (na altura ainda não existia consciência de que muitos dos problemas que afectam bissexuais e transgenders são comuns aos dos gays e das lésbica) eram acções de organizações conservadoras, que defendiam uma imitação acrítica dos modelos heterossexistas patriarcais. Nos Estados Unidos a mais famosa foi a Matachine Society e na Europa foi a francesa Arcadie (esta mais virada para o meio académico e artístico que para o público e a classe política).
Entre 1850 e 1933 houve também um importante movimento, na Europa central, de luta contra a criminalização dos actos sexuais entre pessoas do mesmo sexo e do travestismo. O país onde o movimento se organizou e fez intervenções públicas de forma mais consistente foi a Alemanha, tendo o sexólogo Magnus Hirschfeld sido o seu mais carismático líder. Mas a chegada dos Nazis ao poder acabou, através de uma repressão brutal, com o movimento (Hirschfeld era homossexual e judeu e teve de fugir).
Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, Brasil.
Mas este movimento pecava por usar como argumento para combater a criminalização da homossexualidade a ideia de que se tratava de uma condição inata ainda mal estudada pela medicina (a Medicina estava a tomar o lugar da Igreja enquanto entidade controladora do opinião pública e das reformas da sociedade). Hirschfeld havia retomado a ideia do "Urning" (homem que ama outro homem) apresentada por Karl Heinrich Ulrichs (considerado o primeiro activista gay da era moderna, por ter publicado uma série de doze panfletos e ter assumido
...