O Nascimento da Economia
Por: Karoline Lima • 23/5/2023 • Seminário • 419 Palavras (2 Páginas) • 60 Visualizações
A questão abaixo pretende estimular uma reflexão acerca dos fatores que explicam as grandes diferenças do mundo atual. Afinal, por que os processos de mundialização levaram a esse quadro?
A partir da questão levantada pelo autor, e das reflexões anteriormente feitas por vocês, procurem refletir acerca dessas razões. A título de provocação seguem abaixo algumas questões do texto lido.
“Por que, de todas as civilizações planetárias, foi finalmente a do Ocidente que se distanciou das outras e impôs seu modelo? Se comparássemos a Europa um pouco depois do ano 1000 com o mundo árabe ou com a China a vantagem tecnológica seguramente não seria do Ocidente. O que, então teria acontecido?”
A evolução tecnológica ocidental, se comparada com a de outras regiões do planeta, não foi a mais rápida ou mais complexa. A soberania protagonizada pela Europa se deve às armas de guerra, assim como aos meios de transporte marítimo e à escravidão, aspecto comum entre as sociedades européias desde muito antes de Cristo. Esses três pontos apontados são fruto de uma mentalidade construída desde o império grego-romano, a ideia de que era uma civilização superior e podia capturar e escravizar outros povos, isso tornou-se um ato lucrativo, visto que poderiam vender os escravos e conquistar novos territórios. Para tanto, foi preciso o investimento em desenvolvimento bélico e de transporte, desta forma poderiam atingir novos locais onde estabeleceriam guerras e conquistariam novos espaços, além de novos escravos.
Apesar da Grécia e Roma serem conhecidas como o berço da filosofia, da política e da intelectualidade, também ficaram conhecidas como sociedades excludentes. Existia uma forte familiarização com a privação de direitos de mulheres, escravos, estrangeiros e pobres, era normal que essas pessoas, principalmente os escravos, fossem privados de necessidades básicas. Apesar do número enorme de pensamentos e discussões sobre a organização social, os privilégios eram voltados apenas para os homens livres e com posses, a ociosidade era voltada para eles em consonância com a normalização de tratamentos sub humanos para outras partes da sociedade.
Além disso, as sociedades européias possuíam uma unidade nacional concisa e, sobretudo, uma igreja muito bem organizada e tida como suprema. A ideia de ter uma crença religiosa “verdadeira” e que necessitava ser difundida para todos os cantos do planeta, para todos os povos, pelo amor ou pela dor, mesmo que isso custasse a vida de integrantes de suas sociedades ou a de integrantes de sociedades que não conheciam “a verdade”, pode ter contribuído muito para a expansão territorial e especialização tecnológica para armamento e transporte marítimo.
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