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O PLANO DE AULA DE GEOGRAFIA DO PARANÁ

Por:   •  26/4/2021  •  Trabalho acadêmico  •  1.961 Palavras (8 Páginas)  •  204 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA

UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL

CURSO DE LICENCIATURA EM GEOGRAFIA

7º PERÍODO – 2020

Disciplina: Geografia do Paraná

Professor formador: Paulo Rogério Moro

Acadêmica: Lílian Galvão da Silva                RA:174338302                    Polo: Ibaiti

Data: 10/07/2020

Colégio/ Escola: Colégio Estadual do Campo Caetano Munhoz da Rocha - EFM

Disciplina: Geografia

Professor supervisor técnico: César Augusto de Mello

Ano/Turma: 3º A - EM

Tema/unidade: O Espaço Urbano e o processo de urbanização – Unidade 4

Objetivo Geral: Adquirir conhecimentos sobre alguns aspectos da urbanização brasileira e paranaense, bem como os problemas urbanos ocasionados pelo crescimento acelerado e desordenado da urbanização identificando quais fatores relevantes pode ser observado na época da Pandemia do Covid -19 no Paraná.

AULA – Data: 31/07/2020 Horário: 19:35 às 20:20

Objetivos Específicos:

  • Conhecer e diferenciar os conceitos de urbanização
  • Identificar quais os fatores podem ser observados em algumas cidades e que contribuíram para o disseminação do vírus Covid-19 no estado do Paraná.

Conceito/categoria da Geografia: Região

Conteúdo Estruturante: Dimensão Socioambiental do Espaço Geográfico

Incentivação

Observar a imagem Charge êxodo rural, para que seja possível a reflexão de um dos aspectos que colaboraram para a intensa urbanização brasileira que ocorreu na década de 40 e assim poder identificar quais conhecimentos prévios os alunos possuem sobre o conteúdo.

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Esquema do conteúdo

Tema: Urbanização brasileira

  • O processo de urbanização
  • Os problemas sociais urbanos

Desenvolvimento metodológico da aula

No primeiro momento, o conteúdo com o tema “urbanização brasileira”, será apresentado. Será exposto oralmente uma breve explicação do conceito de êxodo rural através da imagem “charge êxodo rural”, usando também o livro didático Geografia geral e do Brasil: Espaço Geográfico e Globalização, como auxílio. Através do mapa mental “Processo de urbanização e conceitos” os alunos poderão observar e relembrar os conceitos de urbanização. A partir desse momento, será comentado sobre a urbanização paranaense.  Através de algumas imagens na TV (anexo 1), poderão observar alguns problemas urbanos  causados pelo processo de urbanização, os alunos poderão ver as imagens e anotar quais são esses problemas, podendo também  relatar outros problemas que conhecem  e se algum deles pode estar relacionado com a disseminação de uma doença viral, mais precisamente falando sobre o Covid-19.

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Síntese integradora

No final da aula, os alunos terão de comentar o que observaram e anotaram, relatando sobre os problemas urbanos paranaenses e quais os mais relevantes tendo em vista a pandemia que estamos enfrentando. Fazendo – os refletir ainda, sobre quais as medidas devem ser tomadas para solucionar os problemas urbanos e quais outras dificuldades puderam ser observadas em meio à pandemia de Covid-19.

Recursos e materiais didáticos

  • Quadro negro
  • Giz
  • Tv / Pen drive
  • Livro didático “Geografia geral e do Brasil: espaço geográfico e globalização, 3 - ensino médio”

Avaliação e instrumentos de avaliação

Os alunos deverão participar a todo momento, assim como tentar responder as perguntas quando forem questionados, sendo avaliados pelo desempenho, assimilação do tema trabalhado e pela participação.

Referências

CARTUNS, Arionauro. Charge Êxodo Rural. Disponível em: <http://www.arionaurocartuns.com.br/2018/12/charge-exodo-rural.html>. Acesso em: 30 jun. 2020.

COELHO, Larissa. Mapa Mental: Processo de Urbanização e Conceitos. Desconversa,2016. Disponível em:<https://descomplica.com.br/blog/geografia/mapa-mental-processo-de-urbanizacao-e-conceitos/>. Acesso em: 30 jun. 2020.

EOS. Universalização do saneamento em áreas irregulares. Disponível em: https://www.eosconsultores.com.br/universalizacao-saneamento-em-areas-irregulares/. Acesso em: 08 jul. 2020.

FELIX, Rosana. "Regras mais rígidas não evitam redução do isolamento social em cidades do Paraná". Gazeta do Povo. Disponível em: https://www.gazetadopovo.com.br/parana/regras-mais-rigidas-pr-reducao-isolamento-social/. Acesso em: 08 jul. 2020.

LUCCI, Elian Alabi. BRANCO, Anselmo Lazaro. Geografia: homem & espaço, 7º ano. 22.ed. São Paulo: Saraiva, 2012.

Metro Curitiba.Curitiba tem 65% das favelas do Paraná. Disponível em: https://noticias.band.uol.com.br/noticias/561733/porto-seguro-justica-nega-prisao-de-rosemary.html . Acesso em: 08 jul. 2020.

PAVANELLI, Aline. 11,4 milhões de habitantes Paraná é o quinto estado mais populoso do país diz IBGE. G1 PR. Disponível em: Acesso em: 10 jul. 2020.

RITZ, Josianne. FREITAS. Centro de Curitiba tem maioria das lojas fechadas, mas muita gente nas ruas no primeiro dia do 'lockdown parcial'. Disponível em:< https://www.bemparana.com.br/noticia/centro-de-curitiba-tem-maioria-das-lojas-fechadas-mas-muita-gente-nas-ruas-no-primeiro-dia-do-lockdown-parcial#.Xwi_iaFKi1s>. Acesso em: 08 jul. 2020.

ROLLEMBERG, Graziella. Estado do Paraná: sociedade, tempo e espaço, 4 ou 5º ano: volume único: livro regional. 1.ed. São Paulo: Ática, 2014.

SENE, Eustáquio de. MOREIRA, João Carlos. Geografia geral e do Brasil: espaço geográfico e globalização, 3 - ensino médio. 2.ed. reform. – São Paulo: Scipione, 2013.

Sismmac. Serviços públicos não chegam às 122 favelas de Curitiba. Disponível em: https://www.sismmac.org.br/noticias/3/geral/1429/servicos-publicos-nao-chegam-as-122-favelas-de-curitiba. Acesso em: 08 jul. 2020.

Tribuna. Sem mudanças urgentes, trânsito de Curitiba vai parar em 5 anos.  Disponível em: <https://www.tribunapr.com.br/noticias/curitiba-regiao/sem-mudancas-urgentes-transito-de-curitiba-vai-parar-em-5-anos/>. Acesso em: 08 jul. 2020.

UFPR. Urbanização e Industrialização no Paraná. Disponível em: <https://ava.uepg.br/graduacao/pluginfile.php/2456570/mod_resource/content/5/Urbaniza%C3%A7%C3%A3o-e-Industrializa%C3%A7%C3%A3o-no-Paran%C3%A1%20%28UFPR%29.pdf>. Acesso em: 01 jul. 2020.

ANEXO 1

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ANEXO  2

SÍNTESE

O processo de urbanização pode ser definido como um ritmo de crescimento maior da população urbana em relação à rural e pelo crescimento das cidades. No Brasil, isso ocorreu com maior intensidade por fatores como o êxodo rural que ocorreu com maior incidência entre 1950 e 1990 (LUCCI, 2012, p. 97). É quase impossível falar em urbanização sem relacioná-la com a industrialização, que também foi um dos fatores atrativos que trouxe as pessoas do campo para a cidade, além da falta de apoio aos pequenos agricultores, baixos salários e da forma de cultivo ultrapassada para a época.  

O espaço urbano e o rural se complementam, uma vez que um necessita do outro para seu desenvolvimento e subsistência. Com a expansão das propriedades rurais e a mecanização agrícola, os trabalhadores desempregados vêem na cidade com o aumento da industrialização, a possibilidade de mudança e condições melhores de vida. Porém ao chegarem à cidade se deparam com outra realidade, pois as cidades não foram planejadas para receber tantas pessoas e em conseqüência disso, começam a surgir várias desigualdades e contrastes sociais em vários aspectos como: moradia, alimentação, educação, saúde, desemprego, transportes, poluição, entre outros, fatos estes que podemos observar até nos dias de hoje (LUCCI, 2012, p. 98).Segundo dados do IBGE 2010, a região Sul, onde está localizado o estado do Paraná, possui um índice de urbanização com cerca de 84,9%, tendo um aumento significativo desde 1950, quando o índice era apenas 29,5% (SENE, 2013, p. 198).

No Paraná o processo de urbanização passou a ocorrer com maior intensidade em 1980, momento em que a população urbana ultrapassou a rural. Neste mesmo ano, ocorreu o processo de metropolização no Paraná, mais especificamente em Curitiba (UFPR).

O Paraná não foi sempre como é hoje. O território, as paisagens naturais, as vilas e cidades, as pessoas, suas atividades e costumes, tudo isso mudou bastante ao longo do tempo (ROLLEMBERG, 2014, p.50). A partir de 1730 o tropeirismo impulsionou o povoamento das terras paranaenses acompanhando a criação e venda de gado.  Mais tarde a economia paranaense se concentrou na extração e no beneficiamento da erva-mate em torno de 1801 a 1900 (ROLLEMBERG, 2014, p.80).

Hoje o Paraná é o maior produtor de mate no Brasil, exportando para os estados do Rio grande do Sul, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro (ROLLEMBERG, 2014, p.81). A produção e exportação de erva-mate chegou a representar 85% da economia paranaense, contribuindo para que em 1853 o Paraná conseguisse sua emancipação política em relação à província de São Paulo, tornando-se província do Paraná (ROLLEMBERG, 2014, p.82).   No fim do século XIX, o cultivo do café começou a se desenvolver no Paraná e grandes porções de floresta nativa foram derrubadas para dar lugar às lavouras. A produção cafeeira dava muito lucro aos fazendeiros, pois a mercadoria era exportada a um preço alto para a Europa e os Estados Unidos (ROLLEMBERG, 2014, p.85). O café se adaptou tão bem no Norte do Paraná quanto no oeste paulista e passou a substituir a produção de erva-mate que no fim do século XIX estava diminuindo, pois já não dava mais tanto lucro aos proprietários de terra. Através do crescimento da produção cafeeira no Paraná foram construídas estradas e ferrovias para transportar os produtos. Várias cidades se formaram ao redor das plantações de café começando pelo Norte velho onde se iniciou o cultivo cafeeiro a partir de 1860 (ROLLEMBERG, 2014, p.85). Assim como a erva mate o café também precisava chegar até o Porto de Paranaguá para ser exportado. Desde a lavoura até o embarque nos navios passando pela secagem, ensacamento e transporte a produção cafeeira gerou muito emprego e riqueza para o Paraná (ROLLEMBERG, 2014, p.86). A partir de 1850 o café se tornou uma das principais atividades econômicas do Paraná. A expansão das lavouras e as políticas do governo brasileiro da época que prometiam vantagem aos trabalhadores estrangeiros, atraíram muitos imigrantes dentre eles: alemães, poloneses, ucranianos, italianos e suíços que vieram da Europa para trabalhar nas fazendas de café. Todos esses imigrantes que eram chamados de colonos, contribuíram para a formação da sociedade paranaense assim como os africanos e os indígenas (ROLLEMBERG, 2014, p.88).

O Paraná é um dos estados do Brasil cuja população tem a maior diversidade étnica. Alemães, poloneses, ucranianos, italianos, árabes, portugueses, japoneses e outros povos que ajudaram a construir nosso estado (ROLLEMBERG, 2014, p.89).  No fim do século XIX, a população cresceu muito no Paraná principalmente por causa da entrada de imigrantes europeus e de colonos vindos do Rio grande do Sul e de Santa Catarina. A população paranaense teve um crescimento rápido, pois em 1720 a população do território paranaense era de apenas 3.400 pessoas e 1822 chegava 31.566 habitantes (ROLLEMBERG, 2014, p.80). Em 1872 o primeiro recenseamento da população paranaense identificou um total de 126.722 habitantes, depois em 1890 a população do Paraná já contava com 294.491 habitantes (ROLLEMBERG, 2014, p.99). O nosso estado conta atualmente com cerca de 11,4 milhões de habitantes, sendo o quinto estado mais populoso do país segundo uma estimativa de 2019 do Instituto Brasileiro de - IBGE (PAVANELLI, 2019).

No início do século XX começaram a se instalar indústrias no Paraná principalmente em Curitiba, além das fábricas beneficiadores de café foram também instaladas fábricas de cerveja, prego, tecido, louças, pianos, fósforos e muitas outras (ROLLEMBERG, 2014, p.108). Com a inauguração dessas primeiras indústrias entrou em cena um novo tipo de trabalho operador assalariado nessa época a maior parte dos operários eram imigrantes que trabalhavam cerca de quinze horas por dia sem descanso semanal, além de trabalhar aos domingos, feriados e sem férias.

O município em que residimos fica localizado no norte paranaense que é uma grande região, com muitos municípios, de um clima quente e terras férteis, onde são cultivados vários tipos de produtos agrícolas. No início da década de 1920 o norte paranaense atraiu imigrantes de várias regiões brasileiras, principalmente de Minas Gerais, São Paulo e do Nordeste. Também vieram para o norte paranaense, imigrantes de países como: Inglaterra, Alemanha, Itália e Japão. O norte pioneiro ou Norte velho foi a primeira área a ser ocupada de forma mais intensa, no início da cultura do café entre as décadas de 1920 e1930, além do nosso município, podemos citar as cidades de Cornélio Procópio, Jacarezinho, Assaí e Wenceslau Braz como pertencentes ao Norte Pioneiro (ROLLEMBERG, 2014, p.119).

Com a industrialização crescente no estado, muitas cidades paranaenses, principalmente nossa capital, Curitiba, atraíram muitas pessoas que antes viviam em áreas rurais e com isso acabou acarretando vários problemas sociais como: falta de moradia, falta de saneamento básico, além da escassez nos serviços de saúde. Atualmente estamos enfrentando uma pandemia mundial e através disso podemos perceber a falta de infraestrutura das cidades para dar assistência para as pessoas doentes, além da aglomeração de pessoas e transportes públicos (mobilidade urbana) que acaba facilitando a disseminação dos vírus, atualmente, o Covid 19.

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