O PROCESSO DE MUTAÇÃO DA DIDÁTICA

UFPB

ALUNO: ERON CARLOS SANTOS DA SILVA

MATRICULA: 11515594

DISCIPLINA: DIDÁTICA

PROFESSOR: ILDO SALVINO DE LIRA

PROCESSO DE MULTAÇÃO DA DIDÁTICA

Segundo Veiga a primeira fase da didática no Brasil foi em 1549 com a chegada dos religiosos da companhia de cristo e chegou ao fim em 1930 quando a didática se tornou uma disciplina do ensino superior que era conhecida naquela época de metodologia do ensino pelos religiosos Inacianos.

Entre 1549 e 1759 os jesuítas comandaram a educação brasileira durante 210 anos durante esse tempo foi desenvolvido um ensino humano e essencial e fundada no catolicismo dogmático esse ciclo chegou ao fim com a expulsão inaciana pelo marquês de pombal.

Em 1599 escrito por Inácio de Loyola as regras da metodologia didática que reproduzia os preceitos conservadores do ratio studiorum ( plano de estudos) que foi publicado em bula papal, o ensino era totalmente desvinculado  dos problemas da vida cotidiano dos colonos e a realidade aparecia imutável para professores e alunos.

A didática aparecia como elemento externo sobre aquele deveria os sujeitos da educação e atendia aos interesses religiosos, políticos e econômicos próprios ao período de expansão do incipiente capitalismo europeu.

Em 1759 a reforma da educação, comandada pelo marquês de pombal a didática assumiu nova roupagem porem conservando vários elementos da educação jesuíta.

Com a influência da modernização européia, o essencialismo a forma racionalista e a ciência positiva substituem a leitura  confessional da realidade

Conforme Veiga a segunda fase no Brasil começou com a inclusão da disciplina nos cursos de formação de professores, a criação da (USP) em 1934 possibilitou a implementação do curso de didática, em 1934 também na USP foi criado o primeiro curso superior em geografia.

Mas só em 1939 a didática surgiu como instrumento de capacitação dos professores e da renovação educacional.

A didática como disciplina nasceu no solo fértil dos grandes debates educacionais impulsionado por aqueles que demonstravam todo interesse em criar uma metodologia educacional que pusessem os meios educacionais no centro da atividade educativa.

Em 1937 com a implantação do autoritarismo pelo estado novo getulista a didática se apresentou na forma de um conjunto de idéias e métodos de forte aspecto técnico. Privilegiando os fundamentos psicológicos a ciência experimental e fomentado o desprezo pelos aspectos sócio – políticos da educação.

Entre 1945 e 1960 segundo Veiga, com o avanço do capital estrangeiro, da democracia liberal e de participação da população através do populismo e do desenvolvimento propagado  pelo presidente Getúlio Vargas acirra a disputa entre católicos e liberais em torno da primeira lei de diretrizes e bases da educação (Lei 4.024/61).

Os Estados Unidos como pais imperialista buscou impor seus interesses não so no campo econômico mas também no campo educacional, esse período marcou o inicio dos convênios para transferência de tecnologia educacional do Estados Unidos para o Brasil, revelando uma clara imposição do liberalismo pragmático-tecnico norte americano na educação brasileira.

O período pós-1964 época da ditadura militar no  Brasil  aprofundou a intromissão dos interesses do capital internacional. Através dos Estados Unidos, a educação do povo brasileiro se viu reféns de acordo firmados com a agência americana para o desenvolvimento educacional (USAID) que impôs uma educação tecnista no Brasil.  

Corresponde à segunda metade dos anos 70, do século XX, e trouxe “a afirmação do político e a negação do técnico”. Assim, contra qualquer Didática, se propunha uma antididática, já que o objetivo político da época de enfrentamento da ditadura apontava para a contestação da Didática como instrumento de dominação.