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Panama

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Por:   •  2/6/2014  •  Projeto de pesquisa  •  3.954 Palavras (16 Páginas)  •  550 Visualizações

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Introdução

Localizado no istmo do Panamá, na América Central, o Canal do Panamá foi construído entre 1908 e 1914 para ligar os oceanos Atlântico e Pacífico. O local foi escolhido por ser o istmo a parte mais estreita do continente americano. A primeira proposta de se construir o canal é de 1534, sob o reinado do imperador espanhol Carlos 5º.

A travessia do Canal do Panamá é feita por três comportas, em que a água funciona como um elevador. Vindo do Atlântico, por exemplo, o navio entra na comporta, com a água no mesmo nível do oceano. Os portões são fechados e as válvulas de enchimento abertas. A água entra através de poços do piso, elevando o navio 26 metros, até o nível do Lago de Gatun. As válvulas são fechadas e os portões superiores abertos. O navio sai da comporta para o lago. E segue para as outras comportas, onde acontece o processo inverso de descida até o nível do oceano Pacífico.

Em nosso trabalho o objetivo é explicar como funciona, contudo, o Canal do Panamá. Como éadministrada, como se faz a travessia, disputa política, sua história e muito mais.

Desde a descoberta do Caribe por Cristovão Colombo em seu deslumbramento na 4ª viajem com as praias e ilhas de Boca del Toro a Noroeste do litoral caribenho deve ter-se defrontado com interrogações que no mínimo perturbaram o descobridor: seria a Índia, ou um Continente se interpondo no percurso? Neste caso, o que haveria do outro lado, seria possível atravessá-lo por água?

Em 1513, Vasco Nunes de Balboa intentou esta travessia com sucesso por terra atingindo pela 1ª vez o Pacífico na altura da atual capital, ali fundando uma povoação.

Daí em frente, a vocação do País seria sempre a de dar passagem de mercadorias entre os 2 oceanos.

Já foi assim após a descoberta de Ouro e Prata no Peru quando estas riquezas cruzavam o ístmo no lombo de mulas até o Atlântico a caminho da Espanha nos séculos XVI e XVII. Mais recentemente outras mercadorias de interesse globalizado, fins de século XIX e início do XX já o faziam através do canal construído. Certamente não para por aí. Agora em Outubro de 2006 haverá um Plebiscito da população para decidir pela duplicação da capacidade. Este é o Panamá.

O Canal do Panamá é um canal com 81 quilômetros de extensão, cortando o ístmo do Panamá, Oceano Atlântico e o Oceano Pacífico, no Panamá. Para transpor o desnível entre os oceanos, foram construídos 3 sistemas de comportas, as chamadas esclusas. As receitas geradas pelos tributos sobre a carga transportada representam 25% das riquezas do país. O canal possui quatro grupos de eclusas no lado do Pacífico e um outro grupo no lado do Atlântico. Neste último, as portas maciças de aço das eclusas triplas de Gatún têm 140 metros de altura e pesam 745 toneladas cada uma, mas são tão bem contrabalançadas que um motor de 56kW é suficiente para abri-las e reabri-las. O lago Gatún, que fica a 26 metros acima do nível do mar, é alimentado pelo rio Chagres, onde foi construída uma barragem para a formação do lago. Do lago Gatún, o canal passa pela falha de Gaillard e desce em direção ao Pacífico, primeiramente através de um conjunto de eclusas em Pedro Miguel, no lago Miraflores, a 16,5 metros acima do nível do mar, e depois, através de um conjunto duplo de eclusas em Miraflores. Todas as eclusas do canal são duplas, de modo que os barcos possam passar nas duas direções. Os navios são dirigidos ao interior das eclusas por pequenos aparelhos ferroviários. O lado do Pacífico é 24 centímetros mais alto do que o lado do Atlântico, e tem marés muito mais altas. Diversas ilhas situam-se no lago Gatún, incluindo a ilha Barro Colorado, um santuário mundial de vida selvagem.

História

Foram diversos os navegadores, ao longo da História, que procuraram uma passagem entre os Oceanos Atlântico e Pacífico. O português Fernão de Magalhães, a serviço da Coroa Espanhola, descobriu, em 1520, um estreito que recebeu o seu nome (estreito de Magalhães). A partir de então, a ligação entre os dois oceanos tornava-se possível, através de uma viagem que era longa, demorada e arriscada, levando a que se cogitasse à abertura de um canal que os unisse. A primeira tentativa conhecida foi empreendida ainda sob o reinado de Carlos I de Espanha, em 1523, mas como as seguintes, até ao século XIX, quando se cogitou em transportar as embarcações por ferrovia através do istmo, não teve sucesso. Em 1878, o francês Ferdinand de Lesseps, construtor do canal de Suez, obteve uma concessão do governo da Colômbia, a quem a região pertencia à época, autorizando a sua companhia a iniciar as obras de abertura do canal. O projeto de Lesseps constituía-se na abertura de um canal ao nível do mar. Entretanto, na prática, os seus engenheiros nunca conseguiram uma solução prática para o problema do curso do rio Chagres, que atravessava em diversos pontos o traçado projetado para o canal. Além disso, a abertura deste ao nível do mar, implicava na completa drenagem daquele rio, um desafio para a engenharia da época. As obras iniciaram-se em 1880, com base na experiência de Suez. Entretanto, as diferenças de tipo de terreno, relevo e clima constituíram-se em desafios inconsideráveis. Chuvas torrenciais, enchentes, desmoronamentos e altíssimas taxas de mortalidade de trabalhadores devido a doenças tropicais, nomeadamente a malária e a febre amarela, causaram demoras imprevistas no projeto original. Em 1885, o plano inicial de um canal ao nível do mar foi alterado, passando a incluir uma comporta. Entretanto, após quatro anos de investimentos e trabalho, a companhia veio a falir.

Intervenção americana

O presidente dos EUA no momento, Theodore Roosevelt, estava convencido de que os Estados Unidos podiam terminar o projeto, e reconheceu que o controle americano da passagem do Atlântico ao Pacífico seria de uma importância militar e econômica considerável. O Panamá fazia então parte da Colômbia, de modo que Roosevelt começou as negociações com os colombianos para obter a permissão necessária. No início de 1903, o Tratado Hay-Herran foi assinado pelos dois países, mas o Senado colombiano não o ratificou. No que foi então, e ainda hoje é, um movimento polêmico, Roosevelt deu a entender aos rebeldes panamenhos que, se eles se revoltassem contra a Colômbia, a marinha americana apoiaria a causa de independência panamenha. O Panamá

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