Por Outra Globalização
Exames: Por Outra Globalização. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: jangelo • 10/11/2014 • 1.659 Palavras (7 Páginas) • 604 Visualizações
SANTOS, Milton. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. 10. ed. Rio de Janeiro: Record, 2003. 174 p.
FICHAMENTO
Introdução Geral
- O autor aponta os fundamentos do mundo globalizado: o império da informação que cria necessidades para a população e serve ao império do dinheiro, que promove a monetarização da vida social e pessoal. (p.11)
- Para Milton, a globalização pode ser vista a partir de três visões. A primeira é uma visão ilusória, manipulada. A segunda é a globalização de maneira perversa e excludente. Por fim, a última concepção enxerga esse processo como algo que pode ser alterado, obtendo características mais humanas. (p.12)
O mundo tal como nos fazem vê-lo: a globalização como fábula
- O autor desmistifica o conceito de aldeia global. As distâncias se encurtaram somente para aqueles que têm o poder aquisitivo necessário para viajar. Além disso, as informações chegam aos indivíduos de maneira distorcida e tendenciosa, criando ideologias duvidosas. “É como se o
mundo agora estivesse, para todos, ao alcance da mão.” (p.12)
- Os meios de comunicação nos fazem pensar que esse novo mundo globalizado é amplo e deve ser explorado em nome do consumo. (p.12)
- O autor também ressalta que o papel do Estado é bastante diferenciado. Ele não está tão distante quanto parece. Seu objetivo é atender as demandas das grandes corporações. Dessa maneira, passa a deixar em segundo plano os problemas sociais. (p.12)
- Para sustentar essa fábula, que nos faz crer que a globalização é algo bom para todos, é necessária a criação de uma ideologia que a legitime. (p.13)
O mundo tal como ele é: a globalização como perversidade
- A face perversa da globalização pode ser sentida pela maior parte da população mundial. A fome, o desemprego crescente, doenças, e a mortalidade infantil são alguns exemplos de males sociais que o processo de globalização intensificou. (p.13)
- Essa perversidade tem a ver com a competitividade que é marcante na ação dos sujeitos hegemônicos. “Todas essas mazelas são direta ou indiretamente imputáveis ao presente processo de globalização.” (p.13)
O mundo como ele pode ser: uma outra globalização
- O autor acredita na mudança do cenário atual, a partir de uma globalização que leve em consideração as necessidades humanas. (p.13)
- Ele aponta que as bases que sustentam esse sistema perverso são a
unicidade de técnicas, a convergência de momentos e o conhecimento do planeta. (p.13)
- Por outro lado, o autor crê que se essas condições forem utilizadas de maneira diferente, focando objetivos sociais e políticos, é possível mudar esse processo. (p.13)
- Alguns fatores que podem alterar essa lógica, segundo o autor, são a miscigenação d povos, raças, culturas e valores. “Trata-se da existência de uma verdadeira sociodiversidade, historicamente muito mais significativa que a própria biodiversidade.” (p.14)
- Através dessa sociodiversidade, é possível pensarmos na criação de um novo discurso para que possamos escrever uma nova história. “Pela primeira vez na história do homem, se pode constatar a existência de uma universalidade empírica.” (p.14)
A produção da globalização
- Dois elementos são fundamentais para que se possa entender o processo de globalização: os estado das técnicas e o estado da política. (p.15)
- Graças ao avanço das técnicas, promovido pela ciência, o sistema de técnicas de informação se aprimorou. A globalização é, também, “(...) o resultado das ações que asseguram a emergência de um mercado dito global.” (p.15)
- “Os fatores que contribuem para explicar a arquitetura da globalização atual são: a unicidade técnica, a convergência dos momentos, a cognoscibilidade do planeta e a existência de um motor único na história,
representado pela mais-valia globalizada.” (p.15)
A unicidade técnica
- Para o autor, à medida que as técnicas vão evoluindo, a história vai criando novos rumos. “Cada sistema técnico representa uma época” (p.16)
- As técnicas não surgem de maneira isolada, mas sim, em grupos. (p.16)
- “Ao surgir uma nova família de técnicas, as outras não desaparecem, Continuam existindo, mas o novo conjunto de instrumentos passa a ser usado pelos novos atores hegemônicos, enquanto os não hegemônicos continuam utilizando conjuntos menos atuais e poderosos.” (p.16)
- A partir da unicidade técnica, surge uma finança universal, regida pela mais valia globalizada. (p.18)
Convergência de momentos
- Outro fator determinante nesse processo de globalização é a convergência de momentos. Essa convergência se caracteriza pelo “(...)conhecimento instantâneo do acontecer do outro.”(p.19)
- No entanto, essa informação não é global e confiável pois passa pela intermediação das grandes empresas de informação. (p.19)
-Segundo Milton, a história é comandada pelos atores que detém a informação e a ideologia. “Os homens não são igualmente atores desse tempo. (...) Socialmente, ele é excludente e assegura exclusividades, ou pelo menos, privilégios de uso.” (p.19)
O motor único
- O motor único se dá pela mais-valia universal. “Esta se tornou possível porque, a partir de
agora, a produção se dá em escala mundial.” O autor aponta que esse sistema pode levar a homogeneização devido à mundialização da técnica e da mais valia. (p.20)
- “(...) A mais valia agora universal na verdade se impõe como um dado empírico, objetivo, quando utilizada no processo de produção e como resultado da competitividade.” (p.21)
A cognoscibilidade do planeta
- Devido aos avanços das técnicas e da ciência, surge a possibilidade de conhecer o planeta de maneira profunda e completa. Assim, é possível criar novos materiais que permite concebermos os objetos que desejamos utilizar. (p.22)
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