Questão Nuclear No Irã. Papel Do Brasil No Acordo
Artigo: Questão Nuclear No Irã. Papel Do Brasil No Acordo. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Eder • 2/11/2014 • 1.079 Palavras (5 Páginas) • 284 Visualizações
AIEA - Agência Internacional de Energia Atómica
Atual Ministro das Relações Exteriores do Brasil – Luiz Alberto Figueiredo
P5+1 (EUA, Reino Unido, França, Rússia e China + a Alemanha)
O até então Ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, disse, à época, que é impossível para o Irã atender à exigência de potências internacionais em provar que seu programa nuclear não tem fins militares. Isto equivale, na opinião do chanceler, a produzir uma prova negativa. 28 Amorim comparou a situação iraniana à do Iraque, que "não provou não ter" armas químicas e armas nucleares e que por isso foi invadido.
Tal participação foi alvo de certas críticas de países maiores, os quais alegaram que o Brasil não seria forte o bastante em política internacional para ocupar uma posição tão importante. Para o então ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, isso aconteceu porque o Brasil ainda era visto com “olhos pequenos” e não percebiam o crescimento do Brasil no cenário internacional.
Ainda em 2010, o governo de Teerã pediu a participação do Brasil em futuras negociações. No entanto, esse pedido de Ahmadinejad não foi acatado pelas grandes potências, que voltaram a se reunir com o Irã sem a presença brasileira.
A atuação brasileira, teve sempre o objetivo de garantir ao governo do Irã seu direito de realizar experimentos nucleares e proporcionar a seu povo os benefícios do enriquecimento de urânio. Mesmo sendo alvo de críticas, o Brasil manteve seu posicionamento, tentando assegurar que os iranianos tivessem acesso ao combustível necessário para os reatores para uso médico.
Troca de Urânio
Em 2009, o Irã rejeitou uma proposta, feita por Rússia, Estados Unidos e Reino Unido, de enviar ao exterior seu urânio enriquecido a 3,5% e recebê-lo, tempos depois, enriquecido a 20%. Segundo a proposta, o Irã enviaria 1.200 kg de urânio para a França e para a Rússia, onde seria convertido, para ser posteriormente destinado a um reator de pesquisas em Teerã. O Irã afirmou na época que só trocaria o seu material por urânio em níveis maiores de enriquecimento e, sobretudo, que somente aceitaria fazer a troca no seu próprio território, o que as outras partes envolvidas consideraram inaceitável.
Em 7 de maio de 2010, embaixador iraniano em Brasília, Mohsen Shaterzadeh, declarou que o Irã era flexível à proposta de realizar fora de seu território a troca de combustível nuclear para seu reator em Teerã, desde que feito de forma simultânea. "Estamos dispostos a atuar para a troca do urânio", "Temos duas condições: que a troca seja feita ao mesmo tempo e que seja feita no Irã. Se essa primeira condição for resolvida, a outra, que é o local, pode ser solucionada (...) Quando o Irã perceber sinceridade do lado ocidental, esse assunto é fácil de ser resolvido", disse o embaixador. O ministro das Relações Exteriores iraniano, Manouchehr Mottaki, em reunião com diplomatas do Conselho de Segurança, reiterou a possibilidade de troca de urânio.
Em 8 de maio, segundo divulgou a agência de notícias turca Anatólia (Anadolu Ajansı), o Ministro das Relações Exteriores do Irã, Manouchehr Mottaki aceitou a possibilidade de novas discussões com os países ocidentais sobre o programa nuclear, com o chefe dos negociadores iranianos sobre o programa nuclear, Saïd Jalili e a chefe da diplomacia da União Europeia, Catherine Ashton, como representante do Grupo dos 5+1 . As negociações teriam lugar na Turquia.
O Brasil e a Turquia, ambos membros não permanentes do Conselho de Segurança da ONU , ofereceram-se como mediadores.
A iniciativa do Brasil e Turquia
A questão nuclear iraniana tornou-se um problema inconveniente para o Ocidente no final da primeira década do século XXI. As repetidas rodadas de sanções do Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU) contra a República Islâmica do Irã não surtiram o efeito esperado de interromper o enriquecimento de urânio daquele país.
A negociação conduzida no ano de 2010 e se deu através de uma iniciativa conjunta de
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