Recordando o processo de alfabetização
Tese: Recordando o processo de alfabetização. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: nathalia • 22/3/2014 • Tese • 1.225 Palavras (5 Páginas) • 310 Visualizações
Introdução
Analisando todo o contexto histórico da alfabetização escolar no Brasil nos revela uma trajetória de sucessivas mudanças conceituais e consequentemente, metodológicas. Estamos atualmente enfrentando momento como este onde pesquisa tem identificado problemas nos processos e resultados da alfabetização de crianças no contexto escolar. Momento como este é, sem dúvida, desafiador, pois precisa ser revistos os caminhos trilhados e sair à busca de novos caminhos.
A alfabetização é tornar o indivíduo capaz de ler e escrever (Soares, 2011). A mesma se ocupa da aquisição da escrita, por individuo. È o processo pelo qual se adquire o domínio de um código e das habilidades de utilizá-lo para ler e escrever, ou seja: o domínio da tecnologia, técnicas para exercer a arte e ciência da escrita. A alfabetização envolve também o desenvolvimento de novas formas de compreensão e uso de uma linguagem de uma maneira geral. Tradicionalmente ela tem sido entendida como um processo de ensinar ler e escrever, portanto, alfabetizado é aquele que lê e escreve. Ao exercício efetivo e competente da escrita denomina-se letramento que implica várias habilidades, tais como: capacidade de ler ou escrever para atingir diferentes objetivos (In Ribeiro, 2003, p.91). Ao permitir que o sujeito interprete, divirta-se, seduza, sistematize confronte, induza, documente informe, oriente-se, reivindique, e garanta a sua memória, o efetivo uso da escrita garante-lhe uma condição diferenciada na sua relação com o mundo, um estado não necessariamente conquistado por aquele que apenas domina o código (soares, 1998).
Por isso ler e escrever significa saber fazer uso desses conhecimentos, em benefícios de formas de expressão e comunicação, possíveis, reconhecidas, necessárias e legitimas em um determinado contexto cultural.
1ª Relatório: Relembrando o processo de alfabetização
Fazendo uma retrospectiva do processo da minha alfabetização, recordo que fui alfabetizada com uma cartilha cujo nome era No Reino da Alegria, não fui alfabetizada antes de entrar na escola, nem tive a oportunidade de estudar na educação infantil. Entrei na escola com seis anos no 1ºano, fui alfabetizada pela professora Cecília, relembrar o passado me traz lembranças boas e ruins. Professora Cecília sempre dedicada, meiga, conversava muito comigo me ensinava com paciência e dizia que era capaz e tinha condições de realizar as tarefas. Por outro lado tinha uma dificuldade de memorização, tímida não conseguia relacionar com os colegas, mas com passar do tempo, e a ajuda dessa professora fui me adaptando ao contexto escolar.
Estar alfabetizado é: È quando o individuo aprende a ler e escrever, ou seja, quando ele compreende, domina o alfabeto tanto escrito quanto sonoramente e também consegue formar sílabas enfim palavras. Mas estas questões não são suficientes, para que a alfabetização seja completa, este aluno deve conseguir ler e escrever fluentemente para que possa alcançar o objetivo desejado pelo educando e educador, que é o conhecimento da língua oral e escrita. (Sandra Mara).
2ª Relatório: O significado de estar alfabetizado
Nos dias atuais, ser alfabetizado, ou seja, saber ler ou escrever revelou-se condição insuficiente para atender as demanda contemporânea. Estar alfabetizado significa atribuir significado e sentido as funções sociais vinculadas a escrita, segundo Gordon Wells, estar plenamente alfabetizado é ser capaz de compreender diferentes tipos de texto, possuir um repertório e procedimentos e habilidades para relacioná-lo em um campo social determinado.
Mudou a concepção social do alfabetizado. O que se requer de uma pessoa alfabetizada hoje é bem diferente do século passado. Não é suficiente saber assinar o nome e conseguir ler instruções simples. As circunstancias de leitura se tornaram muito frequente e variada, o que não mudou é o tipo de esforço cognitivo social exigido por esse sistema de marcas que a sociedade apresenta em espaços muito diverso e a instituição escolar é obrigada transmitir. O problema da relação entre essa marca escritas e a linguagem oral continua sendo um mistério total nos primeiros momentos da alfabetização (Ferreiro 2006).
A alfabetização vai além do conhecimento do alfabeto e da representação da língua nesse sistema, pois envolve mais do que simplesmente conhecer o código ou associá-lo a um significado, corresponde a inserção no universo das letras do léxico e das modalidades discursivas. Alfabetizar letrando é, portanto, ensinar ler e escrever o mundo, ou seja, no contexto das práticas sociais da leitura e da escrita, tendo em vista que a linguagem é um fenônemo social.
Estar alfabetizado hoje é poder transitar com eficiência e sem temor numa intricada trama de práticas sociais ligadas á escrita. Ou seja, trata-se de produzir textos nos suportes que a cultura define como adequados para as diferentes práticas, interpretar textos variados graus de dificuldades em virtude de propósito igualmente variados, buscar e obter diversos tipos de dados em papel ou tela e também, não se pode esquecer,
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