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Resenha Do Livro Geografia E Modernidade

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Por:   •  7/10/2013  •  1.385 Palavras (6 Páginas)  •  3.291 Visualizações

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Paulo Cesar da Costa Gomes foi Graduado em Geografia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1980), mestre em Geografia pela mesma (1988) e Docteur en Géographie pela Universite de Paris IV (1992). Professor convidado em diversas Universidades da França, bolsista-pesquisador na Universidade de Ottawa, Pós-Doutorado na Université de Paris III, atualmente é professor associado na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Tem experiência nas áreas de Teoria e Métodos em Geografia, com ênfase em História do Pensamento Geográfico, Epistemologia da geografia e Geografia Política, atuando principalmente nos seguintes temas: espaço público, território, epistemologia da geografia, cidadania e cultura. Paulo embasa-se em um extenso trabalho de pesquisa bibliográfico. Mostra a História da Geografia ,o rompimento dos conhecimentos da igreja, o conhecimento através da relação homem e natureza, enfim a construção das ciências pautadas no Racionalismo. Por essa razão esse livro torna-se essencialmente didático, sendo usado por professores e alunos do curso de Geografia. O seu tema geral é narrar o processo que levou a modernidade e a criação das ciências racionais e a fundamentação da geografia como científica, entendendo-a dentro de um contexto epistemológico geral da história do pensamento geográfico. O que é moderno? Qual a importância dessa modernidade? Qual outra disciplina poderia reivindicar este papel e esta competência de uma cosmovisão moderna? . Esses são alguns questionamentos que o autor levanta em sua obra .Tendo em vista uma ampla dinâmica sobre esse assunto, uma desconfiança que se traduz no questionamento dos modelos de ciência sobre vários aspectos. O autor é imbuído do método Positivista, pois, esse método é essencial para se explicar e entender o processo da História da Geografia e seu projeto de modernidade ligado a epistemologia “ propondo um conhecimento normativo, através da enunciação de leis gerais, de procedimentos uniformes e da obediência a uma racionalidade estrita ...” Mostrar a legitimidade da Geografia junto a essa nova forma de ciência que estabelecia-se, tendo em vista uma imagem mais atual de mundo, mostrar o seu sentido e sua importância. Os debates metodológicos nessa ciência moderna . A razão passa a ser a fonte da verdade,a marca fundamental da ciência racionalista é a natureza do saber.Há então a separação entre sujeito conhecedor e objeto deste conhecimento. Os princípios essenciais que conduzirão o pensamento no Século das Luzes estão presentes na obra de Descartes, Newton, Kant e etc. A racionalidade é o sinônimo do período histórico moderno, mas, nesse mesmo a partir daí começaram a surgir as diversas “contracorrentes” que colocaram a prova todo poder hegemônico da razão. Esse período acaba então apresentando uma dupla identidade: o reinado absoluto da razão e a contestação da mesma através das “contracorrentes”. Em todo o tempo temos uma nova interpretação diante dos fatos, das pessoas das coisas. Essa realidade é muito presente na formação de história e até da concepção do que é um pesquisador, cientista ou geógrafo. Gomes começa retratando diretamente o novo, os debates ,as concepções de mundo. A imposição do novo diante do tradicional, negação do processo. Se opõem e se estruturam em si. A renovação sublinha a Geografia em três momentos: a Geografia dos tempos heroicos, onde praticava-se Geografia sem saber, a Geografia clássica onde tinha-se a ideia de que o geógrafo deveria estudar tudo que estivesse diante da superfície terrestre, sem a dicotomia entre a geografia física e geografia humana , e por fim, a Geografia moderna com o surgimento das “contracorrentes” : Filosofia da natureza, Romantismo ,Hermenêutica e Fenomenologia. No Romantismo fica muito evidente a emergência de movimentos artísticos que iriam de desencontro com o Classicismo, fruto da impulsão e do desejo pessoal, o grupo é investido da força e da consciência coletiva. O mundo arquitetado em uma aglomeração de valores, costumes, raças e nações possuidores de uma identidade própria. O Romantismo e a Filosofia da natureza formam uma outra maneira de idealizar a ciência, elas se diferenciam profundamente das correntes racionalistas pelo método, os temas e sua finalidade. A característica fundamental é sua oposição e de simetria em relação às correntes racionalistas. A Hermenêutica retrata o próprio surgimento da Geografia na Grécia Antiga com o objetivo de catalogar dados e ministrar a relação entre o mundo lendário dos textos e o mundo real. No séc. XVIII a tradição hermenêutica voltou a ser usada como método de interpretação dos textos sagrados e clássicos. A importância e o sentido da Fenomenologia são objeto de grandes discussões .Muitos autores a partir de pontos de vista diferentes, contribuíram de maneira diversa para a constituição desse horizonte fenomenológico . Esse novo modelo busca entender e não somente descrever os fatos, a todo instante preocupasse em relacionar os processos

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