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Segunda Guerra Mundial

Por:   •  10/5/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.371 Palavras (6 Páginas)  •  300 Visualizações

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RESUMO GEOGRAFIA

ELISABETHE BARBOSA

Após a Segunda Guerra Mundial, nos países de urbanização recente, a urbanização foi intensa e muito concentrada, se transformando em poderosas metrópoles com enorme capacidade de exercer influência por vastos territórios como pontos de apoio da economia mundial e o palco ideal de instalação e irradiação do modelo de consumo.

Com essas mudanças, foi necessário uma nova espacialidade, ainda mais com a proliferação dos estabelecimentos comercias de grande porte que condicionaram a reorganização do espaço geográfico interno desses lugares, de maneira a modificar o sistema de abastecimento, seu funcionamento exige locais de grande circulação de público; em tornar o consumo uma forma de lazer, já que, trata-se também de um lazer de consumo e um consumo do lugar; alcançando também o sistema viário, tornando-o numa circulação de consumo e à degradação do centro da metrópole.

A influencia da metrópole sobre outros territórios também trouxe mudanças, onde antes existia um conjunto de economias regionais que possuíam peculiaridades associadas às culturas e estruturas econômicas próprias passaram a seguir novos padrões de consumo, alterando os perfis dos mercados locais, liquidando as formas restantes de agricultura de subsistência que não proporcionam movimento de dinheiro expressivo, dando lugar a agricultura voltada exclusivamente para o mercado, eliminando a diversidade de produtos agrícolas e permitindo o avanço das monoculturas .

Essa substituição dos produtos locais por mercadorias vindas dos grandes centros traz ainda outras mudanças no espaço geográfico, pois se quanto mais especializada em poucos produtos for uma região, mais dependente de produtos vindos de fora se tornará, os meios de comunicação e de formação terão que ser modernizados e a influência da metrópole se estenderá por vastos territórios sem constrangimento, irradiando um consumo cada vez mais universal, a assim, desorganiza-se a configuração regional, tanto no seu aspecto econômico como no social, numa divulgação intensa de valores consumistas, padronizados, preconceituosos e etnocêntricos.

Contudo, algumas regiões encontram meios de adequar seus negócios ao novo sistema, já aos que não conseguem, estão marginalizados no mundo moderno. Isso explica em grande medida os fluxos migratórios modernos para as metrópoles em busca do consumo e a generalização do modelo de consumo resulta na desregionalização dos circuitos espaciais de produção, não existindo mais relação direta entre a produção de determinada região e o modelo de consumo que ela segue. Com o nível de sofisticação que elimina as distâncias e os obstáculos territoriais, como no caso da televisão, fica mais evidente a capacidade de o modelo de consumo configurar definitivamente os destinos dos povos, já que, nos países de industrialização recente, sistemas que desregionalizam o consumo ganham tanto espaço quanto nos países de capitalismo avançado.

O turismo por sua vez, generalizou-se nas sociedades modernas como um serviço de consumo, que movimenta em nível mundial cerca de US$3,5 trilhões, representando 5,5% do PIB mundial; emprega 110 milhões de pessoas nos cinco continentes, se pensarmos no que significa quanto a reestruturação do espaço geográfico, percebemos sua importância quanto fenômeno econômico.

Apesar de tudo, a urbanização é possivelmente o fenômeno de maior importância ocorrido nas sociedades modernas, seu questionamento remete ao aparecimento de novas cidades, a um crescimento maior da população urbana em relação à população rural, aumento da urbanização no sentido demográfico e também a expansão do modo de vida urbano e instalação de equipamentos urbanos. Um dos principais aspectos da urbanização mundial é o aparecimento e a multiplicação das metrópoles modernas, mas significa ainda uma nova forma de vida para a humanidade, são novas relações sociais, novos comportamentos e o afastamento definitivo de uma existência ligada à natureza, tratando-se de um espaço artificial, histórico e excepcionalmente humano.

Há varias teorias sobre a origem das cidades, para os evolucionistas, o aparecimento das cidades é um acontecimento quase natural, como parte no processo evolutivo da humanidade, enquanto os materialistas vêem como uma luta pela sobrevivência material, dependente de uma organização social, além dos culturistas que acreditam ser o desenvolvimento de certas características culturais dos grupos humanos que vai possibilitar a vida urbana.

As primeiras cidades surgiram na Mesopotâmia, na planície entre os vales dos rios Tigre e Eufrates, apesar das diferenças históricas e culturais dos povos do Oriente Médio, Mediterrâneo, Ásia e América. As cidades tinham aspectos em comum por serem dirigidas por governos teocráticos, seus centros eram ocupados por elites e eram centros de inovação e elaboração de novos conhecimentos.

Os impérios do mundo antigo, assim como os povos comerciantes, foram difusores da vida urbana, já que, a fundação de cidades em outras regiões mostrou-se essencial para garantir conquistas territoriais e rotas comerciais. Com a decadência doas impérios, as cidades por eles fundadas e sustentadas também decaíram, porém determinadas cidades resistiram e adaptaram-se às novas situações, sendo que a maioria das cidades medievais estruturavam-se em torno da igreja e de outras instituições.

As cidades comandaram rotas comerciais e militares e tiveram um papel de destaque no fortalecimento dos Estados nascentes, As vilas medievais transformadas em cidades -capitais sofreram reorganização de seu espaço geográfico. O que também trouxe

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