Segunda Revolução Industrial
Dissertações: Segunda Revolução Industrial. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: claudioms • 5/11/2013 • 1.022 Palavras (5 Páginas) • 1.385 Visualizações
Universidade Federal Fluminense – UFF
Disciplina: História Econômica Geral e do Brasil
Professora: Karla Carloni
Aluno: Luiz Claudio Mattos da Silva
Curso: Geografia – Bacharelado
Resenha: HOBSBAWM, Eric J. . A Era das Revoluções – Europa 1789 – 1848. Capítulo 6: Industrialização: A segunda fase (1840 – 1895).
O historiador marxista Eric J. Hobsbawm, no sexto capítulo de sua obra mostra pontos importantes que levaram à Segunda Revolução Industrial e algumas de suas consequências. Faz uma ampla abordagem, com diferentes visões sobre o tema, levando em conta o lado social e econômico.
Para iniciar seu texto, o autor britânico expõe aos leitores que após a crise do industrialismo têxtil, dois motivos contribuíram para o início da era da construção ferroviária. A crescente industrialização do mundo e a pressão das vastas acumulações de capital para investimentos lucrativos.
Entre 1830 e 1850 na Inglaterra houve uma transformação revolucionária. Em torno de 9650 km de estradas de ferro foram construídas. Pode-se considerar uma revolução ainda mais importante que a da indústria algodoeira, pois essa além de tudo atingiu a vida do cidadão comum, mesmo daqueles que viviam longe das fábricas.
Apesar do transporte aquático ser mais barato, o texto mostra que eram necessárias as ferrovias para levar de forma mais rápida as mercadorias. Isso agilizaria o comércio entre muitas áreas, compensando os elevados custos de construção das linhas férreas. Além disso, despertou o interesse de outros lugares copiarem a ideia, como os mercadores de Liverpool e Manchester e seus financiadores de Londres.
Na década de 1830 havia uma enorme acumulação de capital clamando por ser investido no transporte ferroviário. Esse capital não deixou vestígios, e na década seguinte, praticamente o dobro dele estava pronto para ser novamente investido. Com o fim das guerras, o investimento dessas finanças foi em grande parte em território de aliados da Grã-Bretanha, fazendo com que as exportações de capital superassem as importações.
Como é de costume quando existe excesso de capital, ocorreram muitos investimentos de forma irracional, não gerando muito lucro em diversas situações. Apesar de não render tanto retorno financeiro, a construção das ferrovias teve uma grande importância, pois implantou um novo sistema de transportes, mobilizando a acumulação de capital com fins industriais e uma enorme fonte de empregos.
De meados da década de 1830 até meados da década de 1840 a produção britânica duplicou, e o principal responsável por isso foram as estradas de ferro. Esse estímulo não se esgotou nesse período. Como o autor mostra em uma tabela, o crescimento aumentava até pelo menos a década de 1880.
Essa expansão foi resultado de dois processos paralelos: a industrialização nos países adiantados e a abertura econômica nos locais subdesenvolvidos. Isso fez com que em pouco tempo a Alemanha e os Estados Unidos se tornassem economias industriais comparáveis a Grã-Bretanha. As consequências disso só foram percebidas após a crise de 1870. O autor do texto cita as três principais: A Revolução Industrial na indústria pesada, que pela primeira vez supria a economia com ferro e aço; uma melhoria do nível de emprego em geral e uma grande transferência de mão-de-obra para ocupações mais bem remuneradas e por fim o notável aumento da exportação do capital britânico para o exterior.
Hobsbawm mostra que do ponto de vista econômico, a transformação do mercado de capitais era valioso, mas não era essencial para mobilizar o capital investidor e do ponto social que ocorreu o desenvolvimento de uma classe capitalista que vivia do lucro e das poupanças das duas ou três gerações.
Criava-se
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