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Sistemática Vegetal

Por:   •  28/5/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.339 Palavras (6 Páginas)  •  329 Visualizações

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Os Reinos da Vida

Sendo o Reino o táxon de maior amplitude, este inclui indivíduos de grande diversidade, sendo pouco naturais portanto, o que levou a que a classificação dos seres vivos em Reinos tenha sofrido várias alterações ao longo dos tempos.

Classificação em 2 Reinos

Desde o séc. IV até meados do séc. XIX vigorou a classificação dos seres vivos em dois Reinos: animais (Animalia) e plantas (Plantæ). Neste tipo de classificação, eram considerados plantas todos os organismos fixos e sem uma forma claramente definida, capazes de fabricar matéria orgânica a partir de fontes inorgânicas (seres autotróficos); os animais eram todos os restantes organismos, de vida livre, de forma definida, dependentes da matéria orgânica para a sua nutrição (seres heterotróficos).

Problemas:

• A inclusão de todos os seres vivos em dois Reinos teve os primeiros problemas com a descoberta de organismos fotossintéticos móveis, como a alga unicelular Euglena sp, e de seres fixos heterotróficos, como as anémonas e os corais, por exemplo.

• Os fungos e as bactérias eram incluídos nas plantas pois apresentavam parede celular, apesar de não apresentarem clorofila. Os protozoários eram animais por se alimentarem por ingestão e serem móveis.

Classificação em 3 Reinos

Com a invenção do microscópio, um vasto número de organismos, não visíveis a olho nu, foi descoberto. Rapidamente ficou claro que a distinção entre animais e plantas não poderia ser aplicada a este nível, uma vez que alguns destes organismos poderiam ser facilmente comparados com algas macroscópicas, e por isso incluídos nas plantas, enquanto que outros seres poderiam ser incluídos nos animais, embora possuíssem características comuns tanto a plantas como animais.

Para além deste problema, a Teoria de Darwin (evolucionista) tinha sido aceita como representativa da realidade, considerando que todos os organismos provinham de um ancestral comum.

A solução foi então proposta em 1.834, por Ernst Haeckel, que realizou estudos microscópicos da enorme variedade de organismos unicelulares, tendo concluído que as primeiras formas de vida teriam sido muito simples, sem a complexidade estrutural que já observara nos unicelulares que estudou. Chamou a esses organismos primitivos moneres, tendo-os dividido em zoomoneres (bactérias) e phytomoneres (cianobactérias). O desenvolvimento de células mais complexas, contendo núcleo, era, na sua opinião, o resultado de uma diferenciação do citoplasma. Haeckel criou então um terceiro reino, a que designou Protista, onde inclui estes moneres e todos os seres que não apresentavam tecidos diferenciados (incluindo seres unicelulares e coloniais). Haeckel dividiu este novo reino em Mychota e Protoctista.

Problemas:

• O reino Protista apenas serviu para os seres de posição incerta, não tendo sido geralmente aceite.

Classificação em 4 Reinos

O sistema de Copeland, proposto em 1956, foi expressamente criado para ser natural. Baseia-se em dados da estrutura celular, constituintes químicos e na ontogenia dos organismos. Na sua visão, os organismos sem núcleo adquiriram, de alguma forma, esse organito e a diversidade de organitos nucleados é um outro avanço.

No sistema de Copeland, três grupos são reconhecidos com base na presença de características, mas os Protoctista são definidos negativamente: aqui são incluídos todos os seres que possuam núcleo, não podendo ser classificados como animais ou plantas.

Incluiu entre os Mychota, os organismos procariontes e entre os Protoctistas, os eucariontes que não são animais e nem plantas.

Classificação em 5 Reinos

O Sistema de Whittaker (1969 e mais tarde alterado, em 1979) reconhece os reinos de Copeland (Monera, Protista, Plantae e Animalia), com a adição do Reino Fungi, que contém os fungos, outrora no reino Protoctista.

Whittaker alterou a forma como o reino Protoctista está circunscrito, em resposta à limitação pouco satisfatória de Copeland. Limita então o reino a organismos unicelulares e/ou coloniais, mas não multicelulares. Altera também o nome Protoctista para Protista, o que não está de acordo com a lei da prioridade, embora sendo seguida por alguns autores, como forma de distinguir o reino com e sem seres multicelulares.

Whittaker tem em conta três critérios, no seu sistema de classificação:

1. Organização celular - unicelular/multicelular; procarionte/eucarionte.

2. Tipo de nutrição – autotrofismo / heterotrofismo.

3. Interação nos ecossistemas – produtores / macroconsumidores / microconsumidores.

Este é o sistema de classificação atualmente mais utilizado.

Sistema de classificação em 2 domínios de Margulis (1988-1996)

Este sistema de classificação, proposto pelas investigadoras Lynn Margulis e Karlene Schwartz, é muito próximo do sistema de Whittaker, com algumas alterações devidas a dados recentes.

Super-Reino

Reino

Sub-Reino

Sub-Reino Prokarya (Procariontes)

Bacteria (Monera)

Archaebacteria

Eubacteria

Super-Reino

Reino

Reino

Reino

Reino Eukarya (Eucariontes)

Protoctista

Animalia

Fungi

Plantae

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