Sustentabilidade Forte e Fraca e o Tipo Adequado a Amazonia
Por: Reicon1987 • 19/4/2016 • Seminário • 700 Palavras (3 Páginas) • 1.248 Visualizações
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS- UEA[pic 1]
CENTRO DE ESTUDOS SUPERIORES DE PARINTINS- CESP
LICENCIATURA EM GEOGRAFIA
Sustentabilidade Forte e Sustentabilidade Fraca e o tipo mais adequado a Amazônia.
De acordo com Sartori, Latrônico, Campos apud Ayres (2014), a sustentabilidade é um termo normativo sobre a maneira como os seres vivos devem agir em relação a natureza, e como eles são responsáveis para com outros e as futuras gerações. Neste assunto, pode se observa que a sustentabilidade é condizente com o crescimento econômico baseado na justiça social e eficiência no uso dos recursos naturais.
Diante disso, a sustentabilidade é vista em níveis diferentes: sustentabilidade forte e sustentabilidade Fraca.
Para Sartori, Latrônico, Campos apud Neumayer (2014), a sustentabilidade fraca pode ser interpretada como extensão do bem estar econômico, significa dizer, que o capital econômico produzido pelas gerações atuais poderá compensar as perdas de capital natural para as gerações futuras. E também que a sustentabilidade fraca exige que o valor do capital natural seja preservado, exemplificando o caso dos usos de recursos que não são renováveis, a extração desses elementos passe a ser compensando por investimentos em recursos renováveis substitutos de valor equivalentes, por exemplo, parques eólicos para substituir os combustíveis fósseis, ou placas solares na geração de energia.
Em decorrência do reconhecimento da insuficiência do critério de Sustentabilidade Fraca, mais especificamente pela descrença nas possibilidades de substituição necessárias, é desenvolvido pelo ponto de vista neoclássico a proposição do critério de Sustentabilidade Forte (AMAZONAS, 1994). Que Sartori, Latrônico, Campos apud Florino (2014), conceitua como um paradigma da não substituição, no qual existem sistemas naturais que não podem ser corroídos ou destruídos sem comprometer os interesses as futuras gerações, ou seja, é exigido que um subconjunto do capital natural total seja preservado em termos físicos de modo que suas funções permaneçam intactas.
Dado o entendimento entre Sustentabilidade Fraca e Sustentabilidade Forte e associando essa conceituação para a Amazônia, a sustentabilidade mais adequada para esse Bioma é a Sustentabilidade Forte, pois as questões mais urgentes em termos da conservação e uso dos recursos naturais da Amazônia dizem respeito à perda em grande escala de funções críticas da Amazônia frente ao avanço do desmatamento ligado às políticas de desenvolvimento na região, tais como especulação de terra ao longo das estradas, crescimento das cidades, aumento dramático da pecuária bovina, exploração madeireira e agricultura familiar (mais recentemente a agricultura mecanizada), principalmente ligada ao cultivo da soja e algodão (FERREIRA, VENTINCIQUE e ALMEIDA, 2005).
E ainda Ferreira, Ventincique E Almeida, 2005 apud Inpe 2004, diz que esse aumento das atividades econômicas em larga escala sobre os recursos da Amazônia legal brasileira tem aumentado drasticamente a taxa de desmatamento que, no período de 2002 e 2003, foi de 23.750 km2, a segunda maior taxa já registrada nessa região, superada somente pela marca histórica de 29.059 km2 desmatados em 1995. O que justifica que a Sustentabilidade Forte é mais adequada a atual situação em que se encontra a Amazônia, através de reservas de proteção ambiental permanente, que manterão intactos os recursos naturais.
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