Uma Verdade Inconveniente x A Farsa do Aquecimento Global

O filme “Uma Verdade Inconveniente” foi lançado em 2006 e traz a reflexão sobre o aquecimento global a partir do ponto de vista de Al Gore. O ex-vice-presidente dos Estados Unidos é um elemento importante para o entendimento dos conceitos morais passados pelo filme, pois ele trata as questões ambientais não só como política mas também como algo de seu âmbito pessoal. E essa é uma das ideias centrais do documentário. Já o documentário “A Farsa do Aquecimento Global”  dirigido por Martin Durkin, traz uma visão totalmente contrária de Al Gore, criticando-o diretamente.

Na defesa de argumentações, o filme de Martin Durkin se sai melhor pelo fato de expor depoimentos de especialistas em mudanças climáticas enquanto os depoimentos do outro documentário são do próprio Al Gore que apresenta motivação política para defender certo ponto de vista.

É evidente que o movimento ambientalista pode ser usado como uma manobra geopolítica, já que está sempre na mídia e atualmente tem muita influência na economia.

 o filme narrado por Al Gore mostra o impacto que o aumento da temperatura global pode causar, principalmente nas paisagens compostas por geleiras. No entanto o que o documentário “A Farsa do Aquecimento Global” mostra é que as mudanças climáticas não são resultado do aumento de emissão de dióxido de carbono e nem precisam ser tratadas como uma situação emergencial. Um dos pontos altos da crítica, é quando dois gráficos foram apresentados: relacionando o aumento dos níveis de gás carbônico na atmosfera com a temperatura média da Terra, e o outro gráfico relacionando a atividade solar com a temperatura média. O resultado era de que a curva do gráfico da atividade solar tinha uma maior relação com a temperatura média.

 Há partes em que ambos os filmes tomam um rumo parcial e maniqueísta. O aquecimento global não pode ser tratado como um vilão assim como Al Gore faz. Mas também não se pode deixar que as indústrias sejam irresponsáveis com a emissão de dióxido de carbono (ou qualquer outro tipo de poluição). O documentário de Martin Dukin muitas vezes dá ate entender que a falta de desenvolvimento na África é por culpa das medidas ambientalistas, o que não é verdade. A África foi alvo de exploração durante centenas de anos e esse é um dos fatores principais pela falta de desenvolvimento tecnológico e industrial no continente.

Outro ponto equivocado é que o documentário “Uma Verdade Inconveniente” traz os Estados Unidos como uma nação heróica que derrubou o comunismo e o totalitarismo, porém os fatos históricos comprovam que os EUA tem caráter explorador e que o “sonho americano” é uma farsa.

Em suma, nenhum dos documentários trazem verdades absolutas. Portanto, por mais que esteja sendo questionada a relação entre o aquecimento global e a emissão de dióxido de carbono na atmosfera, essa não é a única forma de poluição. O capitalismo desenfreado consome os recursos naturais terrestres de qualquer forma, por isso as reivindicações ambientalistas não são como um todo duvidosas. Ainda é preciso que a humanidade reveja sua forma de vida atualmente para que o futuro não esteja comprometido.