VERTENTES: PROCESSOS E FORMAS

GEOMORFOLOGIA -  3º PERÍODO – JULIANA MAIA / MARIA CATHERINE

VERTENTES: PROCESSOS E FORMAS

A vertente é o declive de um dos lados de uma montanha. O estudo relacionado as vertentes engloba a análise de processos e formas. Os processos acerca das vertentes são responsáveis tanto pela formação, como pela remoção de material detrítico. As vertentes podem ser subaéreas ou submarinas e são formadas pela ampla variedade de condições internas e externas. Vertentes Endogenéticas – Formadas por processos que se originam no interior da terra (orogênese, epirogênese e vulcanismo). Vertentes Exogenéticas – Resultantes de processos externos como meteorização, movimento de massas, ablação e deposição. Em 1968, Jan Dylik descreveu as vertentes como “forma tridimencional que foi modelada pelos processos de denudação, atuantes no presente ou no passado e representa a conexão dinâmica entre o interfluido e o fundo do vale. Limite superior da vertente caracteriza-se como a extensão mais distante e mais alta de onde provém transporte contínuo de materiais sólidos. Limite inferior é um ponto de orientação que pode ou não ser delimitado pelo leito do rio.

MORFOGÊNESE DAS VERTENTES – Morfo - Forma/ Gênese - evolução (como a forma é desenvolvida– processo de modelagem).   Os processos morfogenéticos representam a ação das dinâmicas externas sobre as vertentes. Os processos responsáveis pela esculturação não agem separadamente, mas em conjunto, mas considerando os processos isoladamente é possível distinguir as seguintes categorias:  Meteorização ou intemperismo, movimento do Regolito, processo morfogetético pluvial e ação biológica.

O SISTEMA MORFOGENETICO – O estudo dos processos morfogenéticos demonstra a importância que o fatos climático assume no condicionamento para a esculturação das formas de relevo. Dois conceitos básicos são implicitamente envolvidos: que os processos morfogenéticos diferentes produzem formas de relevo diferentes; e que as características do modelado devem refletir até certo ponto as condições climáticas sob as quais se desenvolve a topografia.

FORMA DAS VERTENTES – A descrição das vertentes fornecem informações básicas necessárias à caracterização de determinada área. Max Derruau (1965) considera que o perfil típico de uma vertente apresenta uma convexidade no topo e uma concavidade na parte inferior, sendo que ambas estão separadas por um simples ponto de inflexão.

 [pic 1]

A ANÁLISE DAS VERTENTES – Além dos pesquisadores que procuram efetuar seus estudos em função de levantamentos dos perfis reais, há autores que procuram estudá-las através de perfis matematicamente desenvolvidos. Nessa perspectiva, levando em consideração as variáveis implicadas, idealizam os perfis característicos de determinadas estruturas e predizem qual o mais apto ao equilíbrio e a maneira pela qual evoluem.

AS VERTENTES COMO SISTEMA MORFOLÓGICOS -- As vertentes podem ser tomadas como exemplos de sistemas morfológicos, nas quais se pode distinguir diversas propriedades destinadas a descrever e analisar a forma de vertente

DINÂMICA DAS VERTENTES -- A vertente apresenta alta complexidade em seu funcionamento. Dentre as contribuições destinadas a elucidá-la, duas abordagens merecem ser salientadas, o conceito de balanço morfogenéticos e a dinâmica das vertentes como sistema aberto.  

AS VERTENTES E A REDE HIDROGRÁFICA -- E impossível se considerar as vertentes e os rios como entidades separadas porque, como membros de um sistema aberto que é a bacia de drenagem, estão continuamente em interação. A forma e o ângulo das vertentes deverão estar ajustados para fornecer a quantidade de detritos que o curso de água pode transportar. Inversamente, os parâmetros hidráulicos dos cursos de água deverão estar ajustados para transportar a quantidade de material fornecida pelas vertentes.