A ATENAS - TUDO SOBRE HISTÓRIA
Por: Carlos Guilger • 17/8/2020 • Trabalho acadêmico • 1.867 Palavras (8 Páginas) • 250 Visualizações
ATENAS
Atenas era uma importante pólis grega, localizada no centro da planície da Ática, no Sul do território grego, que se tornou poderosa na antiguidade. Era uma região com terras pouco férteis, o que fez com que seu povo fosse a navegação marítima, chegando a dominar grande parte do comércio pelo mediterrâneo. Contudo, dominavam o cultivo de oliveiras e uvas, por estarem entre colinas, que favoreceram a produção de azeites e vinhos. Por ser uma área pouco fértil, essas áreas ficaram concentradas nas mãos dos eupátridas, que significava os bem-nascidos, que faziam parte da aristocracia local.
SOCIEDADE
A sociedade ateniense era formada por três principais grupos sociais: os cidadãos, os metecos e os escravos.
Os cidadãos atenienses viviam na pólis e se dedicavam à política, à filosofia, ao comércio e às atividades físicas (Olimpíadas). Eram homens maiores de 21 anos filho de atenienses e que eram proprietários de terra.
Os metecos também eram homens livres, porém que não nasceram em Atenas e por isso não contribuiam na política e não podiam ser donos de terras, sendo assim, eram pessoas simples que quase sempre exerciam trabalhos artesanais ou no comércio. Ainda por cima, tinham de pagar impostos e podiam ser convocados para o serviço militar.
Os escravos eram pessoas comercializadas que já nasciam e seus pais eram escravos ou então eram pessoas que se tornavam prisioneiros de guerra. Cada cidadão ateniense tinha de um a dois escravos, caso contrário eram denominados pobres. Porém os mais ricos chegavam a ter até 20 escravos.
REFORMAS POLÍTICAS
A cidade de Atenas era um modelo de pólis oligárquica, onde um rei tinha funções jurídicas, de sacerdote e de chefe militar, porém que foi passando para as mãos de representantes da aristocracia, que comandavam o governo da cidade.
Com tantas terras terras boas, a aristocracia se tornou rica e passou a emprestar dinheiro ao povo mais pobre, e aí começou a insatisfação do povo, pois os camponeses estavam perdendo suas terras e sendo escravizados para quitarem as dívidas. Isso fez com com que a maioria dos atenienses começassem a exigir reformas políticas e sociais.
Surgiu assim o primeiro legislador no fim do século VII a.C., Drácon. Este criou leis rígidas com a morte de quem não as cumprisse. Uma delas foi o fim das guerras entre famílias por vingança.
Logo após Sólon instaurou novas reformas que foram responsáveis por lançar as bases do que se tornaria a democracia ateniense. Ele organizou os cidadãos da cidade em quatro tribos, definidas pelo critério de renda, e quanto mais rica a tribo, maiores os direitos políticos dela. Sólon também libertou os cidadãos que se tornaram escravos.
Clístenes foi o próximo e o que instaurou definitivamente a democracia, pois dizia que todos os cidadãos tem o mesmo direito perante as leis, porém era apenas uma minoria, os homens que tinham direitos políticos. Estes se reuniam na Eclésia para aprovar ou não ideias e projetos para a cidade, que eram elaborados no Conselho Dos Quinhentos, 50 cidadãos de cada uma das 10 tribos que foram reformuladas. Péricles liderou após Clístenes como estratego, de 499-429 a.C., sendo sucessivamente reeleito de 445-431 a.C. e foi de grande importância para Atenas, pois foi durante seu comando que a cidade atingiu grande esplendor.
GUERRAS MÉDICAS
Com a Primeira Diáspora, os gregos foram dominar as costas da Jônia, na Ásia Menor, porém deram de frente com o expansionismo do império persa, que queria cobrar tributos das cidades gregas. Como não houve rendição do povo de Atenas, os persas invadiram a Grécia, principalmente devido a desunião das cidades-Estado gregas, porém Atenas reverteu a situação com as vitórias em Maratona e Salamina, onde depois foi incentivada a criação da Liga de Delos, para que fossem pagos tesouros para financiar novas defesas contra os Persas. A partir disso os persas foram derrotados e Atenas passou a ser considerada a cidade de maior importância da Grécia.
A Liga de Delos foi uma aliança entre cidades gregas independentes buscando proteção contra possíveis ataques externos dos persas. Estas, tinham de contribuir com navios, soldados e dinheiro para a aliança.
Por Atenas ser a liderança da liga, tinham ficado donos de um império e começaram a se beneficiar para investir em seus próprios interesses, gerando descontentamento aos Espartanos e outras cidades, que decidiram iniciar uma guerra em 431 a.C. chamada de Guerra do Peloponeso.
Durante a guerra, os espartanos se aliaram aos persas e impediram a chegada de grãos à cidade e cercaram-na por terra, o que obrigou Atenas a se render em 404 a.C, ficando sob domínio do império persa.
Esse poder não durou tanto, pois se inciaram novas revoltas entre cidades gregas, comandadas pelos habitantes da cidade de Tebas, que tinha com um poderoso exército. Depois do domínio, as lideranças tebanas instituíram um período de hegemonia entre os gregos, que durou de 371 a.C a 362 a.C.
DOMÍNIO MACEDÔNIO
Com a fraqueza e a desunião dos gregos, o rei da Macedônia Filipe II, se aproveitou e preparou um poderoso exército para conquistar o território grego, esse período ficou conhecido por A Batalha de Queroneia.
A política expansionista iniciada por Filipe II teve continuidade com seu filho e sucessor Alexandre Magno, que ficou conhecido como Alexandre O Grande, que consolidou a dominação da Grécia e iniciou a conquista do império Persa. Com essas vitórias, os macedônios se tornaram o centro do maior império formado e conseguiram se fortalecer tanto economicamente quanto militarmente.
CULTURA GREGA
A cultura grega era de grande riqueza e teve muita influência no resto do ocidente. O uso intenso de mármore nas obras, o desenvolvimento das sensibilidades e da estética o uma arquitetura harmoniosa foram características das artes gregas. Atualmente, ainda temos diversas influências da cultura grega, principalmente na linguagem, onde muitas palavras têm o radical grego.
ARQUITETURA E ESCULTURA
Na arquitetura os templos foram os mais expressivos, eram sustentados por colunas sem utilizar argamassa e foram de grande importância pois eram construídos com o intúito de guardar esculturas dos deuses e deusas, porém não tinham a intenção de reunir pessoas para um culto religioso.
As esculturas dá época eram em sua maioria ligadas à religião, porém mesclava o divino e o humano, o espiritual e o físico. Eram representados os Deuses e deusas em forma humana, por exemplo. Na era clássica, essas formas alcançavam proporções idealizadas, tentando transformar conceitos e sentimentos como justiça, amor, guerra, paz, sabedoria etc.
...