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A Construção da Narrativa Histórica

Por:   •  1/5/2019  •  Resenha  •  1.193 Palavras (5 Páginas)  •  140 Visualizações

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O século XX começou, por relatar e trazer aos meios acadêmicos importantes novidades nos métodos do estudo e prática da História. Segunda a autora, na busca de uma definição de identidade da História, não se pode apenas levar em conta as ocasiões recentes da história, deixando de lado a “tradição”. Mesmo que venhamos a confirmar um caráter controverso em relação com este passado.

Sem desmerecer as conquista do presente sobre a História, Néri acha necessário de se questionar, sobre as formas modernas em relação à tradição textual, retornando aos clássicos que se remetem a Antiguidade Grega, pondo em cheque as leituras que se referem aos primeiros pensadores, que na realidade são releituras destes produzidas ao longo do tempo , mostrando como determinas épocas esta narrativas textual dos antigos, foram influenciadoras, por aqueles que tinham acesso a estes documentos. A proposta da autora Néri de Barros, é colocar em questionamento, se ainda podemos pensar como os “Pais da História”, em busca de uma criação de uma identidade para a História, além de determinar com cada época fora capaz de ler o passado.

Atualmente, se tem a idéia que, o surgimento e o nascimento da História estariam divido em dois momentos distintos. O primeiro estaria relacionado no século V a.C. na Antiga Grécia, com dois pensadores que são considerados os “Pais da História”, Heródoto e Tucídides, estes romperam e deixaram de lado o pensamento mitológico ligado a Homero. O segundo momento estaria relacionado ao século XIX, com o surgimento da Escola Metódica. Que modificou o modo de trabalho e modo de concepção da História, introduzindo nesta, à critica das fontes em busca de uma verdade e pela preservação de documentos. Além disto, cabe a Escola Metódica uma grande produção e propagação de material de método histórico, atualmente a História que conhecemos seria herdeira desta segunda, contudo esta já passou por uma seria de transformações e adequações para se chegar ao dias atuais.

Voltando aos questionamentos feitos pela autora em sua obra, para compreendemos a identidade da História, nos deparamos com esta duplicidade do nascimento da História que é aceita de forma pacifica pelo campo acadêmico. Contudo, Néri Almeida nos faz indagarmos e questionarmos, se seria justo falar então que os “Pais da História”, teriam surgidos na Grécia do mundo antigo com Heródoto e Tucídides. Sendo assim, se vivemos numa História que remete ao século XIX, como posso falar que estes pensadores eram os “Pais da História”?

Sobre este questionamento, a autora nos demonstra que relação com o passado vem da tradição textual, no modo como esta tradição é transmitida no mundo contemporâneo. Néri Almeida demonstra como através da linha do tempo, como as diferentes épocas faziam o retorno aos clássicos. Contudo, ao deparamos com este retorno aos clássicos, surge três problemas que se interpõem a este desejo de pensar uma longa transmissão dos elementos da tradição da narrativa histórica. O primeiro deles seria a verificação de suas fontes, devido aos longos anos que se passaram desde os primeiros pensadores, não teria como comprovar as fontes utilizadas por eles, nem como comprovar se tudo que nos chega a até nós, remete originalmente aos autores que são dedicados.

O segundo problema esta relacionado ao primeiro, seria o processo de releitura e apropriação destes clássicos, sendo que o que chega à contemporaneidade, nem sempre poderia ser a totalidade que estes autores escreveram, pois neste processo de apropriação ao qual cabe bem o conceito de Roger Chartier e Stuart Hall, o leitor se apropria daquilo que ele acha apropriado ou necessário, fragmentando é segmentando seus ensinamentos. O ultimo problema surgido seria as conseqüências destas releituras e destas apropriações, devido ao passar dos séculos, muito pouco nos chega de seus ensinamentos, desta forma o que nos chega ao conhecimento normalmente são releituras de outros autores, sobre seus escritos, em cima destas fontes, e mesmo buscando neutralidade, estes editores e leitores acabam colocando e passado seus posicionamentos. Desta forma, parte do que esses textos nos legaram não se deve a interações por eles próprios estabelecidos, mas a interpretações de suas releituras o que não exclui a influencia na medida em que também estabelece uma relação.

Porém, partir desta releitura e retornos aos clássicos, pode-se entender o processo de transmissão das narrativas históricas, como sendo fundamental para compreendermos e chegamos a uma identidade da História. A autora demonstra de forma bem objetiva, que através do tempo, os métodos historiográficos como os dos de Heródoto e Tucídides, sofreram influencias ocasionadas pelas releituras e reescritas destes

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