A Globalização e Descoberta do "Novo Mundo"
Por: Silva_Filho • 31/3/2017 • Resenha • 1.578 Palavras (7 Páginas) • 618 Visualizações
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Aluno: Manoel José da Silva Filho
Turma: 2015.1
Turno: Noite
Disciplina: Moderna I
Professor(a): Ana Beatriz
Trabalho de Moderna I
- Com as navegações, possibilitaram a inserção da Europa nas terras do então chamado “Novo Mundo”. E disso, iniciou-se a globalização.
“Para dizer a verdade, os descobrimentos europeus só têm sentido para os europeus, e as terras e povos que os europeus passam a conhecer jamais brotam do nada” (GRUZINSKI, Serge. A passagem do século: 1480-1520. p, 12).
“A expansão da indústria naval não deixa de impressionar os visitantes estrangeiros. Fundições e fornos de Lisboa fabricam as âncoras, os canhões e todas as peças indispensáveis aos grandes navios que zarpam para a África” (GRUZINSKI, Serge. A passagem do século: 1480-1520. p, 51).
É interessante, no texto de Gruzinski, que conta o que estava acontecendo no “Novo Mundo” e o que estava acontecendo na Europa. O interessante, também, é que “As primeiras imagens são paradisíacas: uma vegetação exuberante, águas límpidas, avis raras, produtos cobiçados – aloés, canela – criaturas nuas, bonitas e acolhedoras” (GRUZINSKI, Serge. A passagem do século: 1480-1520. p, 14). Visto isso, é sensato dizer que as grandes navegações, pela parte da Coroa, visava, em primeiro lugar, o ouro ou os objetos que eles, os europeus, almejavam.
Pela parte do Clero, eles visavam catequizar os habitantes daquelas novas terras e eles viam que nessas novas terras eram, em partes, o paraíso.
“Exageros de viajantes impressionados pela magia dos trópicos, clichês inspirados no Paraíso terrestre essa ‘visão do paraíso’ – para retornar o título do grande livro de Sérgio Buarque de Holanda – nasce nos anos 1490 nessas terras jamais vistas” (GRUZINSKI, Serge. A passagem do século: 1480-1520. p, 14).
“A descoberta geográfica permitiria levar a bom termo o grande projeto com que os cristãos sonhavam desde sempre. Colombo esperava apoderar-se das riquezas da Índia para reconquistar a cidade de Jerusalém e talvez até reconstruir o Templo de Salomão” (GRUZINSKI, Serge. A passagem do século: 1480-1520. p, 22).
“Os cristãos acreditavam que o Templo seria reconstruído no final dos tempos, mas pelo próprio Anticristo: ‘El Anticristo reedificará la antugua Jerusalén, em la cual ordenará que se le adore como a um Dios” (GRUZINSKI, Serge. A passagem do século: 1480-1520. p, 23).
As grandes navegações possibilitaram a ascensão da ciência: Matemática, Geografia, Astrologia, entre outras para que o navegador venha a se instruir no mar. “Precisava-se de toda a ciência dos sábios ibéricos, além de todo o entusiasmo messiânico e da sede de poder que animavam seus respectivos soberanos, para imaginar essa decisão de alcance planetário” (GRUZINSKI, Serge. A passagem do século: 1480-1520. p, 31).
Além disso, os humanistas tiveram uma importância grande, pois ele
“[...] coleta informações de primeira mão e também encontra os marinheiros, interroga os navegadores e os descobridores, enquanto passam entre suas mãos os primeiros produtos trazidos do Novo Mundo” (GRUZINSKI, Serge. A passagem do século: 1480-1520. p, 36).
“Em 1500, as redes de comunicação ocidental são profundamente italianas, e conseguirão responder aos desafios apresentados pelos novos mundos que os navegadores exploram e descrevem” (GRUZINSKI, Serge. A passagem do século: 1480-1520. p, 37).
As grandes navegações podem ser considerado um dos marcos mais importantes que ocorreram no durante a Idade Moderna, pois interferiram na vida do homem do planeta. Porém, deixando em evidência, a expansão marítima não teve o mesmo resultado para as pessoas do então dito “Novo Mundo”. Se por um lado, os americanos foram extremamente a desorganização social e econômica daquela sociedade, os europeus se reergueram, pois, com a colonização de novas terras, houve o crescimento do comércio.
- O Renascimento Cultural foi um movimento de renovação artístico-intelectual que refletiu a transição dos valores dominantes na Idade Média europeia para a mentalidade burguesa da Idade Moderna.
“Essa crise do século XIV tem sido denominada também como a ‘crise do feudalismo’, pois acarretou transformações tão drásticas na sociedade, economia e vida política da Europa, que praticamente diluiu as últimas estruturas feudais ainda predominantes e reforçou, de forma irreversível, o desenvolvimento do comércio e da burguesia” (SEVCENKO, Nicolau. Condições históricas gerais. In. O Renascimento. p, 7).
Devido ao fato de a sociedade medieval possuir uma estrutura vertical e rigidamente definidas, as pessoas ficavam presas a determinadas ordens, e isso bloqueava o indivíduo, que ficava impossibilitado de alterar seu status social. As realizações e as inovações ficavam limitadas pela mentalidade de que tudo na vida dos homens dependia da vontade de Deus (teocentrismo).
Com o florescimento do comércio, o crescimento das cidades e a formação dos Estados nacionais, houve, na sociedade feudal, uma nova dinâmica. As ideias de lucro, enriquecimento e prosperidade contribuíram para o espírito de competição.
A burguesia estimulou o florescimento de uma nova cultura, já que ela poderia garantir um prestígio e uma posição compatível com o poder econômico que estava alcançando.
Dessa forma surge o humanismo.
“Iniciou-se assim um movimento, cujo objetivo era atualizar, dinamizar e revitalizar os estudos tradicionais, baseado no programa dos ‘studia humanitatis’ (estudos humanos), que incluíam a poesia, a filosofia, a história, a matemática e a eloquência, disciplina esta resultante da fusão entre a retórica e a filosofia. Assim, num sentido estrito, os humanistas eram, por definição, os homens empenhados nessa reforma educacional, baseada nos estudos humanitários” (SEVCENKO, Nicolau. Os humanistas: uma nova visão do mundo. In. O Renascimento. p, 14).
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