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A HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA

Por:   •  5/5/2021  •  Ensaio  •  956 Palavras (4 Páginas)  •  100 Visualizações

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HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA - (ANDRÉ) – 5° PERÍODO - 2021

Resenha do vídeo: Crise e historicidade/ parte 1: Crise e historiografia do professor João Ohara; para o debate em grupo dia 18/05.

O vídeo busca destrinchar o assunto em torno das crises internas e externas do campo interdisciplinar, em que a historiografia e suas bases fundamentais permanece sendo o modelo privilegiado de relação com o passado. O debate de João Ohara e Marcelo Durão vão girar em torno da questão levantada sobre que tipo de relação, os momentos de crise e a possibilidade de transformação das nossas formas de interagir com o passado poderiam ter. (João Ohara é professor de teoria da história pela UFRJ, Doutor em história pela UNESP, e pesquisador do PROCULT / Marcelo Durão é professor de história pelo IFES, Doutor em história pela UFES e pesquisador do LETHIS).

Marcelo Durão vai começar falando sobre o acontecimento do dia 17 de agosto de 2020, em que ocorreu a aprovação do congresso brasileiro de derrubar o veto presidencial sobre a regulamentação da profissão do historiador no país, em que esse episódio ocorreu juntamente em um período que estávamos/estamos passando por uma crise sanitária mundial sem escalas da COVID-19. Ele diz que esse grande feito se deu diante de um dos momentos mais críticos da democracia do país desde o início da nova república, e que partindo daí, Marcelo Durão começa a questionar João Ohara se em seu ponto de vista, seria possível relacionar a crise vivida pela democracia brasileira atualmente à uma maior demanda pelo trabalho dos historiadores profissionais no país, em que considerando a história recente da nossa historiografia, qual seria o papel dos historiadores brasileiros diante desse tipo de crise?.

O posicionamento do João Ohara sobre isso seria de que esse período de crise traz sim para nós com toda certeza, uma maior demanda de passado; porém, nem tanto ou praticamente nenhuma demanda de historiadores. De acordo com ele, a história é uma maneira que surge/ que se consolida na Europa para dar sentido, de entender o passado e etc. Ela representa desta forma, o estabelecimento de um tipo de relação nossa do presente com o passado. Esse momento pelo qual estamos vivendo vai produzir uma demanda muito grande por uma relação com o passado que nem sempre está perfeitamente nivelada com aquilo que nós estabelecemos como relações próprias da historiografia. Segundo ele uma das funções da historiografia é de prover conhecimento seguro sobre o passado, porém, existem algumas incertezas a respeito de que forma, essas relações que nós gostaríamos de estabelecer com o passado ao qual essa crise nos estimula a estabelecer com ele vai passar necessariamente pela historiografia. Ele ressalta que é obvio que de acordo com o nosso perfil social atual seria muito difícil que um debate como esse sobre o passado passasse despercebido pelos historiadores, obviamente que futuramente os historiadores seriam chamados para participar do campo público.

Para ele isso é relativamente um tipo de desafio para nossa forma de pensar o passado como historiadores, do que uma demanda social pelo tipo de relação com o passado que a gente é treinado para estabelecer. Então nesse sentido o Ohara vai falar sobre a proliferação dos discursos normativos, que seria então o papel do historiador nessa crise e na sociedade contemporânea. Para exemplificar ele vai usar o dia do historiador, em que a maioria das pessoas do ramo fazem publicações/ frases de grandes pensadores a respeito do oficio e etc; Para ele essa diversidade de discursos normativos nada mais é um sinal de desorientação do que como um sinal de afirmação de alguma identidade, ele opina dizendo que a proliferação desses discursos normativos sobre o que significa ser historiador nesse contexto é na verdade que desconhecemos o sentido de tal coisa; Obviamente levando em consideração que em algum momento do nosso trajeto profissional sempre existiu uma figura que não é totalmente hegemônica, ela sempre está em disputa e que envolve quais os papéis sociais essa figura deve exercer. Mas que o historiador fica um pouco perdido em como que ele aprendeu a fazer se encaixa no meio social, e é aí que entra o sentido dos discursos normativos, que buscam tentar ordenar aquilo que nós enxergamos como caos.

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