A História Medieval
Por: Paulo Dos Santos • 1/10/2018 • Artigo • 847 Palavras (4 Páginas) • 151 Visualizações
AULA 01
O artigo de Jean Verdon mostra que os camponeses formavam a base econômica da sociedade na Idade Média. Mesmo trabalhando bastante, as condições materiais dos camponeses não eram tão ruins como alguns estereótipos tentam retratar. Isso porque a atividade camponesa foi beneficiada pelos avanços técnicos que ofereceram melhores ferramentas para o desenvolvimento do trabalho no campo. Além disso, mesmo havendo a cobrança de impostos (corvéia, dízimo, talha, etc), sabe-se atualmente que existiram casos nos quais essas cobranças foram contestadas, esquecidas ou mesmo dispensadas. Dessa forma, os camponeses conseguiam juntar algum recurso extra. Nesse contexto, também é válido ressaltar que a relação de servidão dos camponeses não se caracterizava necessariamente como sendo de escravidão, especialmente porque a liberdade camponesa cresceu com o tempo. Nessa mesma linha, sabe-se que os camponeses viveram períodos de escassez de alimentos devido a questões climáticas, entretanto, também conviveram com muitas épocas de abundância. Por isso, era natural que participassem de festas litúrgicas, de comemorações agrárias e de eventos familiares como casamentos. Portanto, mesmo as comunidades de camponeses tendo se revoltado certas vezes contra o poder senhorial, de maneira geral elas aceitavam esse mando que lhes garantiam a paz e a integração na comunidade.
AULA 02
Além da ausência da palavra “medievais” em relação à citação original, percebe-se que as cidades não tinham muito poder sobre as moedas produzidas, pois com o tempo elas passaram a ser gerenciadas pelos banqueiros (antigos cambistas).
AULA 03
Nos trechos citados dos estudantes, vemos que eles afirmam que “a Igreja tinha total domínio” sobre aspectos políticos, sociais, culturais e mentais da sociedade durante a Idade Média. Ao ler o texto de Le Goff, que trata das profissões lícitas e ilícitas no Ocidente Medieval, percebemos que essa afirmativa dos estudantes não é verdadeira. Inicialmente, até que havia uma participação muito grande da fé cristã na condenação a profissões que envolviam sangue (soldados), impureza (pisoeiros), dinheiro (mercadores), etc. Porém, entre os séculos XI e XIII, diante de uma revolução no campo econômico, essa mentalidade é alterada. Criam-se várias desculpas e justificativas para que esses tabus profissionais existentes comecem a recuar diante da consciência individual. Com isso, as profissões, na enorme maioria dos casos, deixam de ser um obstáculo à salvação cristã e passam a ser estimadas. Portanto, o texto de Le Goff nos revela que a religião não impôs um modelo de comportamento unívoco à sociedade da Idade Média. Pelo contrário, os valores e crenças cristãos eram alterados de acordo com os interesses políticos e econômicos em voga. Como conclui o próprio Le Goff, “as religiões e as ideologias manifestam-se (...) mais como produtos do que como causas” (p. 99).
AULA 04
Em relação às corporações de ofício da Idade Média: pensar nas permanências e mudanças ligadas as organizações profissionais. Quais coisas são próprias das corporações? Nunca mudaram? E quais coisas sofreram mudanças ao longo do tempo? Foram substituídas pelo que?
Em relação às permanências nas organizações profissionais, convém destacar as associações de trabalhadores que na atualidade costumamos chamar de sindicatos. Eles atuam sempre objetivando defender os interesses do seu grupo profissional, especialmente no que se refere ao monopólio do exercício de tal atividade, pois se consideram os únicos capacitados para exercê-la. Outra característica das organizações profissionais que ainda permanece é a divisão entre profissões valorizadas socialmente e profissões desprezadas socialmente, sendo que é comum essa separação está associada ao grau de remuneração financeira.
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