A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
Por: Daniel Zen • 10/12/2018 • Ensaio • 2.154 Palavras (9 Páginas) • 133 Visualizações
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
Daniel Dalla Zen
Resumo
Este artigo tem o intuito de dar uma noção do que foi a revolução industrial, onde ocorreu quem fez parte, como ocorreu, e que mudanças trouxeram para economia, sociedade, cultura entre outras. São perguntas que me dispus a tentar responder para podemos entender a revolução industrial. Partindo da Inglaterra, e se atendo mais aos séculos XVIII e XIX. Destaco também fatores econômicos no qual passaram a exercer grande influência na revolução industrial.
Palavras Chaves: mão-de-obra, indústria, comércio.
Introdução
Embasado em Hobsbawm (1986), Canêdo (1987) e Deane (1979) vou dialogar sobre o que foi a revolução industrial. Para apresentar sobre revolução industrial dividi o artigo em 4 partes.
Sendo o primeiro a origem da revolução industrial, que vai explicar com surgiu e o seu desenvolvimento. Segundo fatores econômicos, no qual vai dar destaque aos fatores que se destacaram tais como algodão, siderúrgica entre outros. Terceira revolução agrária, que explica a saída do campo para a cidade. Quanto adaptação da economia e da sociedade, que vai mostrar as mudanças e os reflexos que a revolução industrial causou.
A origem da revolução industrial
Conforme o autor Eric J. Hobsbawm, nascido em Alexandria 1917. A revolução industrial não foi uma mera aceleração do crescimento econômico, mas uma aceleração de crescimento em virtude da transformação econômica e social. Essa transformação social acontece no final do século XVIII numa economia capitalista.
È importante lembrar que não podemos resumir a revolução industrial somente pela Inglaterra, pois esse país fazia parte de uma economia mais ampla, e que pode ser chamada de economia européia.
Durante o século XVI já se podia observar que a revolução industrial ocorreria em algum ponto da Europa. Para explicar isso existem muitas hipóteses tanto geográficas, econômicas, sociais, religiosas entre outras que dariam embasamento para a revolução industrial ocorrer na Inglaterra. Entretanto são facilmente derrubadas por terem outros locais bem mais propícios.
O desenvolvimento industrial achava-se dentro da possibilidade de grande número de pequenos empresários e artesões tradicionais hábeis. Nenhum país do século XX que se dispunha à industrialização tem, ou pode ter qualquer uma dessas vantagens. Porem isso não significa que a Inglaterra não tenha sofrido por obstáculos. No entanto era mais fácil de serem superadas, devidas suas condições sociais econômicas.
Hobsbawm vai explicar o enigma que idéia de iniciativa privada provoca numa revolução industrial. Dizendo que.
O enigma esta na relação entre a obtenção de lucro e a inovação tecnológica. Supõe-se com freqüência que uma economia de iniciativa privada tende automaticamente para inovação, mas isto é uma inverdade. Ela só tende para o lucro. (HOBSBAWM, 1986. p39)
A idéia dos empresários da época era de produzir produtos caríssimos para aristocratas, do que em investir em artigos baratos para a população. Sendo quanto mais caro for o processo de lançar revolucionários artigos baratos, mais ele hesitara em ariscar seu dinheiro nele. Até surgir outra lógica de mercado, que pode se observada em vista em Henry Ford, que produziu um enorme numero de carros baratos, para um maior numero de compradores.
A população nacional cresceu com muita lentidão antes de 1750, e seu rápido crescimento coincidiu com a revolução industrial. Porem a Inglaterra já era uma economia de mercado, dona de um grande e crescente setor manufatureiro. È provável que a renda inglesa media tenha crescido substancialmente na primeira metade do século XVII graças a uma população estagnada e a uma escassez de mão-de-obra. Assim as pessoas estavam em melhores condições de vida e podiam comprar mais.
Com o aumento das cidades aumenta o consumo de carvão para as lareiras das casas e em menor escala do ferro. Que, entretanto tem o seu maior crescimento somente com a construção de estradas de ferro. “O mercado interno proporcionou amplos fundamentos para uma economia industrial generalizada” ( HOBSBAWM,1986.p45)
Hobsbawm vai afirmar que.
A produção de algodão, a primeira a se industrializar, estava vinculada essencialmente ao comercio ultramarino. Cada grama de sua matéria prima tinha de ser importado dos trópicos ou sub-tropicos, e, [...] seus produtos tinham de ser vendidos basicamente no exterior.A partir do fim do séc. XVIII a industria do algodão já exportava a maior parte de sua produção total. .(HOBSBAWM, 1986p. 46e47).
Conseguia essa grande exportação pela conquista dos mercados de exportação e pela destruição da concorrência por meios políticos ou semi políticos da guerra ou da colonização. Com isso monopolizava os mercados de exportação de certos países, tornando a revolução industrial viável e lucrativa para seu país.
O governo dava apoio sistemático a comerciantes e manufatureiros, alem de incentivos insignificantes para inovação técnica e para o desenvolvimento de industrias de bem de capital. Juntamente a isso havia o incentivo do governo ao transporte terrestre, que melhorava a distribuição de seus produtos pelo país.
Fatores econômicos
A nos referir em revolução industrial, vem logo em nossa mente o algodão. Entretanto a revolução industrial britânica, não foi apenas algodão. Mas temos que considerar que foi o algodão quem deu o tom da mudança industrial e foi o esteio das primeiras regiões que não teria existido se não fosse a industrialização que expressaram uma nova forma de sociedade, o capitalismo industrial, baseada numa nova forma de produção, a fábrica.
A manufatura do algodão foi um dos subprodutos típico daquele crescente corrente de comercio internacional. Sua matéria prima, usada na Europa era misturada com linho para baratear, o algodão para produção em sua ampla maioria vinha das colônias. Onde até os anos de 1770, mais de 90% das exportações britânicas a se dirigiam às colônias.
A tecnologia da manufatura do algodão era bastante simples[...]Exigiam pouco conhecimento cientifico ou qualificação técnica alem de que dispunha um mecânico pratico do século XVIII (HOBSBAWM,1986.p56) .
Com o aumento da demanda de da fabrica algodoeira para fabricar em larga escala foram se modernizando as maquinas para a fabricação. Dai surgem à lançadeira volante, a maquina de fiar, a tecelagem mecânica e o tear jacquard. Todos os inventos com o intuito de aumento a produtividade.
Outro fator econômico era o carvão no qual o solo inglês era rico, mais havia duas dificuldades, o carvão estava cheio de água e era de uma qualidade ruim. Cabe lembrar que não foi à indústria que estimulou a produção de carvão mineral. Mas sim, as lareiras urbanas. Obrigando a mudar as técnicas de extração de carvão, que resultaram no surgimento das maquinas a vapor e o aperfeiçoamento das estradas de ferro.
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