A Revolução Cubana
Por: Andressa Schlean • 2/12/2017 • Trabalho acadêmico • 1.663 Palavras (7 Páginas) • 211 Visualizações
[pic 1] | UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA |
A Revolução Cubana
Acadêmica: Andressa Cristina Schlean
Resumo: o presente paper traz o conteúdo referente à Revolução Cubana, destacando como e porque ocorreu, iniciando pelo Ditador Fulgêncio Batista, este que não era bem visto pela população mais pobre, a partir dai a história se desenvolve com diversos conflitos e medidas para que a revolução aconteça e obtenha os resultados buscados. Destacarei também a figura de Fidel Castro o precursor da revolução e sua importantíssima atuação perante a revolução.
Palavra-chave: revolução cubana, movimento popular, socialismo, marxismo.
A Revolução Cubana foi um movimento popular organizado para derrubar o atual presidente da época, o ditador Fulgêncio Batista, a população mais pobre não estava contente com tudo que estava acontecendo, pois os EUA intervia preservando a independência cubana, afirmava que visavam “... manter a formação de um governo adequado para a proteção da vida, propriedade, a liberdade individual.” (AYERBE, Luís F. Estados Unidos e América Latina: a construção da hegemonia. São Paulo: Ed. UNESP, 2002, p.128-129), resultando no aluguel de terras cubana aos EUA, utilizando o território também para postos de bases navais, linhas férreas e extração de carvão, perante esse domínio o revolucionário militar Fidel Castro, buscando melhorias iniciou um confronto lutando contra a ditadura do atual presidente.
Muitos autores trazem o assalto ao quartel de Moncada como o marco inicial da Revolução Cubana. De assalto ao principal arsenal de armas do exército, o bando revolucionário foi derrotado e a maioria foi morto pela tropa de defesa de Batista. Fidel Castro foi exilado para o México, juntamente com seu irmão e durante esse período conseguiu organizar um grupo de guerrilheiros, depois retornou a Cuba com o intuito de recomeçar a luta, o combate ocorreu na Sierra Maestra e mesmo sendo derrotados Fidel Castro, seu irmão, Ernesto Che Guevara e outros combatentes sobreviventes não desistiram. Tinham por objetivo estabelecer um regime político que tivesse por base o socialismo e o rompimento das relações entre Cuba e os EUA, pois a forte influência que tinham nas indústrias e até mesmo na política incomodavam os revolucionários, pois grande parte de Cuba vivia na pobreza devido ao domínio que os EUA tinham em Cuba, o capital norte-americano estava presente nas plantações de cana-de-açúcar, usinas, refinarias de petróleo, na telefonia e eletricidade, os produtos exportados passavam pelo comercio dos EUA, os revoltosos não estavam contentes com toda essa situação, porque a renda de Cuba era grande, porém mal distribuída, o que separa a população mais pobre do restante que tinha poder, com toda essa situação os revoltosos saem desses locais em busca de melhorias.
A hegemonia norte-americana, que foi um dos principais fatores contra os quais os revolucionários lutavam, já estava presente na ilha desde sua independência, em 1898, que só ocorreu devido à intervenção estadunidense, através da guerra hispano-americana. Além disso, outros fatores, como as relações entre Cuba e os EUA, são importantes para explicar a revolução que aconteceria em 1959. (Rodrigues; Ribeiro; Dias; Melo. Os Rumos da Revolução Cubana. Simulação das Nações Unidas para Secundaristas – 2012, p.23)
Os revolucionários buscavam apoio popular para continuar a revolução, usam rádios transmissores para divulgar as ideias, não era somente no meio rural que Fidel Castro conseguia seus guerrilheiros, mas também no meio urbano haviam adeptos do movimento, isso fortalecia cada vez mais o movimento revolucionário, aumentando assim os guerrilheiros.
Durante a Revolução, Fidel conseguiu fazer com que o povo se levantasse e lutasse pelo que queria, unidos pelo descontentamento com o governo Batista, ao mesmo tempo alimentando a paixão de todos pelo país. (Rodrigues; Ribeiro; Dias; Melo. Os Rumos da Revolução Cubana. Simulação das Nações Unidas para Secundaristas – 2012, p.17)
Em janeiro de 1959 Fidel Castro e os revolucionários tomaram o poder, espantando Batista e os integrantes de seu governo de Cuba, “... na véspera do Ano Novo de 1959 que o general Fulgêncio Batista deixa o poder, fugindo do país com a família e amigos...” (Rodrigues; Ribeiro; Dias; Melo. 2012;p.29), então foram colocadas em prática as ideias defendidas pelos revolucionários, as melhorias que pensavam para o país e para os mais pobres, não dando espaço para qualquer partido.
Tanto Fidel Castro como Ernesto Che Guevara tinham uma simpatia pelo marxismo, porém não eram comunistas, o partido PSP, Partido Socialista Popular de Cuba era contrário a ação armada, porém algumas ações levaram a aproximação das políticas populistas de Fidel Castro a ideologia social revolucionária.
Nesse período a URSS passa a apoiar Cuba e suas ações, porque Cuba era um ponto estratégico para estabelecer postos de combates, e como os EUA haviam cortado relações com Cuba logo após a saída de Batista do poder, a URSS aproveitou a brecha e preencheu os espaços que pertenciam aos EUA.
As relações de comércio e indústria que havia entre Cuba e os EUA se romperam com a saída de Batista do poder, a compra de açúcar, as empresas petrolíferas norte-americanas, os navios-tanques vindo da Grécia também interromperam a compra e fornecimento, as empresas que havia em Cuba eram:
... fábricas de pequenos bens, como garrafas, tinta, detergente, papel e sabão, eram de propriedade dos norte-americanos. Com o bloqueio econômico imposto pelo governo dos Estados Unidos, não mais havia um influxo de maquinaria e tecnologia. (Rodrigues, Ribeiro, Dias, Melo, Os Rumos da Revolução Cubana. Simulação das Nações Unidas para Secundaristas – 2012;p.32)
O que levou os guerrilheiros a pensar a possibilidade de importar tecnologia da URSS, porém uma tecnologia atrasada que não podia se comparar a tecnologia dos EUA, fazendo com que os cubanos sentissem a diferença. Apesar da tecnologia atrasada foi à única solução encontrada, o único aliado no momento, o poder alternativo de que os cubanos poderiam ter.
Fidel Castro desenvolveu ações para contribuir com a população, colocou seus ideais em prática baixando preços de remédios, estabelecendo salários aos cortadores de cana de açúcar, nacionalizando as grandes propriedades que foram divididas e geridas por cooperativas agrícolas, criou-se o INRA – Instituto Nacional de Reforma Agrária, tinha por objetivo corrigir três pontos principais:
“... 1) eliminar o latifúndio (a lei prescrevia, de imediato, os latifúndios improdutivos; o artigo 2 excetuava da medida: as áreas semeadas de cana, cujos rendimentos estivessem 50% acima da média nacional; as áreas de criação de gado que correspondessem aos critérios de produtividade do INRA; as áreas de cultivo de arroz que rendessem não menos que 50% da média da produção nacional; as áreas dedicadas a um ou vários cultivos ou à agropecuária, com ou sem atividade industrial, "para cuja exploração eficiente seja necessário manter uma extensão de terra superior à estabelecida como limite máximo no artigo 1 desta Lei"); 2) corrigir os minifúndios; 3) extinguir legalmente, em futuro próximo, a alienação de terras cubanas e estrangeiras.” (AYERBE, Luís F. Estados Unidos e América Latina: a construção da hegemonia. São Paulo: Ed. UNESP, 2002,p.131)
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