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A Revolução Cubana

Por:   •  23/10/2018  •  Projeto de pesquisa  •  1.893 Palavras (8 Páginas)  •  191 Visualizações

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Revolução Cubana

  • Antecedentes:

Em 1898 Cuba tornou-se independente com o apoio dos Estados Unidos contra a Espanha e a partir disso passam a exercer muita influência na ilha que virou uma espécie de quintal dos EUA.

O Senado americano aprova, em 1901, a Emenda Platt, projeto do senador Oliver Platt, que dava direito aos americanos interferirem no país em caso de instabilidade política. Desta forma, Cuba passou a ser um protetorado norte-americano.

Em 1903 os privilégios concedidos pela Emenda Platt garantiram a concessão de um território de 117 quilômetros quadrados para a construção de uma base militar na Baía de Guantánamo.

A ilha cubana era estrategicamente importante para os norte-americanos, e o controle sobre ela fazia parte do processo de hegemonia baseado na Doutrina Monroe, que dizia que o controle da América era uma “missão” dos Estados Unidos.

Cuba permaneceu em relação desigual com os Estados Unidos até 1933. Foi quando ocorreu a chamada Revolta dos Sargentos, comandada por Fulgêncio Batista. Batista passou os anos seguintes mantendo sua influência política como chefe das forças armadas, enquanto vários presidentes se sucederam no poder. Até que, em 1940, ele foi eleito presidente. Ficou no cargo até 1944.

Em 1952 Fulgêncio Batista liderou um golpe de estado. Apoiado pelos norte-americanos, ele instalou um regime corrupto e violento. A Emenda Platt foi substituída por acordos econômicos que garantiram as multinacionais norte-americanas o domínio das indústrias.

  • Resistência e Revolução:

Em 1953, sob liderança de Fidel Castro, os setores democráticos se uniram contra a influência dos Estados Unidos e do governo de Fulgêncio Batista. Lançaram-se em um ataque suicida contra o quartel de Moncada, em Santiago de Cuba. A insurreição, porém, fracassou, culminando na morte de muitos insurgentes e prisões. Fidel foi preso e exilado no México.

No México, Fidel Castro, organizou um grupo de guerrilheiros, com o apoio de revolucionários como Ernesto Che Guevara, Camilo Cienfuegos e do seu irmão Raul Castro e muitos voluntários.

No final de 1956, Castro retornou a Cuba com seu grupo de revolucionários, a bordo do iate Granma, fortemente munido de armas e preparado para o confronto contra as forças de Batista. Alguns dias após o início de sua jornada, os rebeldes tiveram o primeiro confronto contra as forças de Fulgêncio, que teve um saldo extremamente negativo para o grupo de Che e Fidel. Apenas cerca de 20 homens sobreviveram ao conflito e espalharam-se ao longo da Sierra Maestra, onde posteriormente aprenderam diversas técnicas de guerrilha.

Em 1958, percebendo que a ditadura de Fulgêncio Batista estava para ruir, os Estados Unidos suspenderam seu apoio militar ao governo cubano. Eles preferiam manipular a liderança da revolução que estava crescendo.

No dia 1º de janeiro de 1959, após sucessivas vitórias militares e a ocupação de várias cidades e povoados- com destaque a batalha de Santa Clara (foi uma batalha decisiva para a vitória dos revolucionários) - Guevara e Camilo Cienfuegos entram em Havana.

Fulgêncio Batista, então, foge de avião para a República Dominicana.

Fidel chega à capital, no dia 8 de janeiro, sendo recebido com grande manifestação popular. Torna-se primeiro ministro e depois, por conta do tamanho de sua influência, vira presidente.

  • Fidel Castro:

Fidel, um revolucionário que era o expoente do socialismo e que libertou o povo da ditadura de Fulgêncio Batista ou o um ditador que acabou com as liberdades individuais do povo Cubano e que submeteu o país a uma terrível pobreza e perseguiu homossexuais e censurou a Imprensa? Ambos, Fidel Castro foi um revolucionário e um ditador ao mesmo tempo. Após a Revolução, ou o Golpe sobre o Golpe, reformas aconteceram como a da saúde, totalmente universalizada e a educação.

EDUCAÇÃO CUBANA

A educação de Cuba, considerada exemplar, é como uma propaganda para o regime. Fidel promoveu de fato uma reforma que reduziu o analfabetismo a quase zero, segundo não só dados oficiais, mas também dados da UNESCO de 2015. O problema é que educação pode funcionar tanto como um meio de esclarecimento e conhecimento, quanto um instrumento de ideologia, o que acaba acontecendo no regime cubano.

ESPORTE

No esporte, Cuba se tornou uma das principais potências olímpicas, com mais de 200 medalhas. Porém versões contam que Fidel ficava todas as premiações dos esportistas. Outras, como a do documentário “Pátria” conta que na verdade Fidel ajudava com as premiações, outras equipes que não tinham condições financeiras. Porém, a política prejudicou o esporte, quando Fidel aboliu a prática profissional, e isso prejudicou os atletas sendo que muitos deles acabam deixando o país e assim sendo proibido por Fidel a competirem por Cuba nas Olimpíadas.

SAÚDE CUBANA

O país foi o primeiro do mundo a receber o certificado da OMS (Organização Mundial da Saúde) a eliminar a transmissão materna do HIV e sífilis. Os baixos índices de mortalidade infantil e a boa média de vida são bons números, mas o fato de serem números oficiais sempre despertam desconfiança. A expectativa de vida na ilha é de 78 anos, o índice de mortalidade infantil é de menos de cinco para cada mil nascimentos.  Porém médicos dissidentes, afirmam que esses números são errados, sempre afirmam que com o menor sinal de complicação grávidas seriam obrigadas a abortar, influenciando na mortalidade infantil. Por outro lado, a saúde universal e gratuita a todos mesmo sendo um benefício único mas o sistema arcaico do regime não permite que o médico tenha a liberdade para trabalhar fora, tendo a sua clínica própria. O salário de um médico cubano é cerca de 20 dólares. O acesso a tecnologia é extremamente limitado. A indústria farmacêutica é própria.

ACESSO A INTERNET, INFORMAÇÃO E IMPRENSA

O acesso a informação é pouco também, tendo apenas a televisão estatal, a Internet é totalmente controlada.  Só em 2015 foi aberto um sinal wifi numa praça do país. Existem locais onde as pessoas podem acessar uma Internet discada, locais controlados pelo estado. O acesso é melhor em hotéis e a intranet é do estado.   Sites e jornais como a da jornalista e blogueira Yoani Sanchez são proibidos. Jornalistas, fotógrafos e todos que fazem parte da cadeia de produção e publicação são funcionários estatais, não importa se o jornal é nacional ou regional. Isto inclui também os canais de TV. Entre os poucos canais estrangeiros, aparecem emissoras venezuelanas. A historiadora Silvia Miskulin, especialista em imprensa cubana, explica que conforme a revolução foi se institucionalizando, sobretudo nos anos 70, o espaço para publicação independentes, consideradas contrarrevolucionárias, ficou praticamente inexistente.

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