A Segunda Revolução Industrial
Por: david440 • 24/9/2020 • Artigo • 857 Palavras (4 Páginas) • 238 Visualizações
A segunda Revolução Industrial teve início na segunda metade do século XIX com o fortalecimento do capitalismo, entre 1850 e 1870, e durou até o fim da Segunda Guerra Mundial, no ano de 1945. Nessa nova fase de industrialização houve o aprimoramento de técnicas, o surgimento de novas máquinas e a introdução de novos meios de produção. Diferentemente da Primeira Revolução, que se limitava somente a Inglaterra, essa nova fase se expandiu para outros países, como Japão, Estados Unidos, França, Rússia e Alemanha. Os representantes dessa nova fase são o aço, a eletricidade e o petróleo. A Segunda Revolução Industrial focalizou a produção no seguimento de indústrias de grande porte como siderúrgicas, metalúrgicas, petroquímicas, automobilísticas, transporte ferroviário e naval. A produção nessas indústrias levou à introdução da racionalização do trabalho, com o Taylorismo e o Fordismo, que se preocupavam com a produção a menor custo e menor tempo.
Entre os maiores inventos dessa fase estão o uso do aço nas Indústrias; o aperfeiçoamento das locomotivas a vapor que se tornaram mais rápidas; invenção do avião; desenvolvimento técnico de produção da energia elétrica com os ingleses Faraday e Henry, que respectivamente, descobriram o gerador e o motor elétrico, que seriam largamente empregados na indústria no fim do século XIX; As comunicações se tornaram mais rápidas quando o italiano Guglielmo Marconi inventou o telégrafo, que foi o ponto de partida para a invenção do rádio; o avanço da química com a descoberta de novas substâncias e o múltiplo aproveitamento do petróleo como fonte de energia nos motores à combustão e lubrificantes, que mais tarde seria usado pelo alemão Karl Benz para a criação do primeiro carro.
O Taylorismo é o conjunto de ideias sobre o aumento de produtividade, que foi idealizado pelo engenheiro norte americano Frederick Winslow Taylor (1856-1915). Nela, Taylor visando a aumentar a eficiência do trabalho, estudou tempos e movimentos de operários e de máquinas na linha de produção. Ele sugeriu que as atividades administrativas fossem feitas por pessoas melhor preparadas enquanto as atividades produtivas fossem feitas por operários especializados em serviços repetitivos. Com a repetição das tarefas, o ritmo de produção seria acelerado. Essas ideias foram bem aceitas pelas empresas, que a usaram como forma de alcançar o máximo de eficiência dentro da dinâmica capitalista. Já o Fordismo é uma série de métodos de racionalização criado por Henry Ford, empresário do setor automobilístico. Ele introduziu linhas de montagem e a produção em série na sua fábrica de automóveis. Na linha de produção, cada operário deveria ser altamente especializado e teria uma única e específica tarefa. A produção também deveria ser em escala, a fim de reduzir os custos, diminuir os preços e aumentar os lucros com a venda de mais produtos. Com o preço barateado, o automóvel “Ford T” era acessível a todas as classes e se tornou o automóvel mais vendido da época. Por meio do fordismo, aumentou tanto a divisão técnica do trabalho como o uso intenso de mão de obra pouco qualificada. Teve também grande impacto sobre a produção fabril, resultou no aumento da produtividade e dos salários. Ao mesmo tempo, reduziu a jornada de trabalho.
Com o avanço e crescimento em número de indústrias e empresas, surge também uma nova era do capitalismo, o Capitalismo financeiro. Nele, houve a divisão das empresas em ações e pela união entre o capital industrial e bancário. Nesse momento, a economia passou a ser centrada no mercado de ações e no sistema especulativo, com a bolsa de valores como o seu grande símbolo, pois é nela que os principais capitais, bem como as ações e títulos, são negociados. Os bancos também passaram a ser um dos centros do capitalismo, pois são neles que as principais atividades produtivas são financiadas e atuam diretamente no desenvolvimento econômico, negociando empréstimos, faturando por meio de juros, entre outras ações.
...