A educação na Grécia
Por: Anddbritoo • 20/9/2015 • Resenha • 1.709 Palavras (7 Páginas) • 1.468 Visualizações
A educação na Grécia
Andressa pereira de brito
CAMBI, franco. História da Pedagogia; tradução de Álvaro Lorencini.
São Paulo: Fundação Editora da UNESP (FEU), 1999 (capitulo III).
Este resumo, tem por objetivo abortar, conteúdos sobre o capítulo III – Educação na Grécia – escrito por Franco Cambi, mostrando de forma sucinta e direta as principais ideias contidas neste capítulo, fazendo com que tenhamos uma compreensão maior sobre o assunto.
A resenha inicia apresentando a origem da pedagogia através da idade arcaica até a origem da pedagogia na idade ocidental. Destaca-se a organização política típica da Grécia arcaica ( polis) e a formação do cidadão. Abortar também a educação familiar e o papel da mulher e suas funções nesse processo, e a educação infantil nos dois modelos educativos, o ateniense e o espartano.
O nascimento da Paideia e o helenismo também tem o seu espaço na resenha, como também os escritores que contribuíram para os grandes modelos teóricos. A educação helenística também recebe sua parcela de atenção nesta resenha.
A Idade arcaica e o modelo Homérico: As armas e o discurso
Os gregos não foram um povo unitário, étnica e culturalmente, mas uma mescla de etnias e de culturas que foram se espalhando em ondas sucessivas na Hélade, a península acidentada e pedregosa. A civilização cretense na ilha de Creta, tecnicamente evoluída ( na arquitetura, na escrita), ligada aos cultos religiosos mediterrâneo, governada por reis e sacerdotes; depois – por volta de 1600 a.c -, a esplêndida civilização cretense for subjugada por Micene, cidade da Argólida que vinha exercendo uma supremacia sobre a região e cujos traços aparecem nos poemas homéricos.
O testemunho explícito e orgânico dessa unidade espiritual serão os poemas de Homero: a Ilíada, que narra os eventos da guerra de Troia, a vitória dos aqueus e a constituição, neste povo fracionado e dividido, de uma consciência comum, histórico-mítica e étnica, e a Odisseia, que conta a viagem de Ulisses de troia a ítaca, entremeada de vicissitude, de provas de aventuras e de riscos, exaltando a capacidade do indivíduo, sua astúcia ( = inteligência) e sua coragem, mas também sua magnanimidade e aceitação do destino.
A educação heroica destina-se aos adolescentes aristocráticos, reunidos no palácio do rei, onde são treinados para o combate através de competições e jogos com disco, dardo, arco, carros, que devem favorecer o exercício da força, mas também da astúcia e da inteligência.
A pólis e a formação do cidadão
A organização política do estado típica da Grécia arcaica – reinos independentes e territoriais – tende gradativamente, mas de modo profundo, a mudar com a firmação da pólis: uma cidade-estado com forte unidade espiritual que organiza um território, mas que sobretudo é aberta para o exterior e administrar por regime ora monárquico, ora oligárquico, ora democrático, ora tirânio, mas no qual o poder é regulado por meio da ação de assembleias e de cargos eletivos.
A pólis, desde seus inícios, entre os séculos VIII e VII, “assinala um ponto de partida, uma verdadeira invenção”, já que nela “ a vida social e as relações entre os homens assumiram uma forma nova”: temos “ uma extraordinária presença da palavra”, que se torna “ instrumentos político” e alimenta “ a discussão” e a “argumentação”; as “manifestações mais importantes da vida social” têm um caráter de plena “publicidade”, ligadas que estão a “interesses comuns”, assumindo um aspecto democrático, inclusive no que tange à cultura; os diversos grupos os clãs que compõem a cidade são “semelhantes’ uns aos outros”, são isoi, iguais, até no palco militar. Mas o que faz da pólis uma comunidade de vida espiritual são sobretudo as leis e os ritos, que formam a consciência do cidadão e inspiram seus comportamentos por meio de normas que fixam ações e proibições.
A educação familiar, a mulher, a infância
A família é o primeiro regulador da identidade física, psicológica e cultural do indivíduo e age sobre ele por meio de uma fortíssima ação ideológica. Caracterizava como família patriarcal, que vê o pai quase como um deus ex machina da vida familiar.
No interior do espaço familiar, reina a mulher – como esposa e como mãe -, mas socialmente invisível e subalterna, dedicada aos trabalhos domésticos e á criação dos filhos.
As crianças vivem a primeira infância em família, assistidas pelas mulheres e submetidas à autoridade do pai, que pode reconhecê-las ou abandoná-las, que escolhe seu papel social e é seu tutor legal. A infância cresce em casa, cotrolada pelo “medo do pai”, atemorizadas por figuras místicas semelhantes as bruxas. A partir dos sete anos, em geral – é inserido em instituições públicas e sociais.
Atenas e Esparta: dois modelos educativos
Esparta foi o modelo de estado totalitário; Atenas, de democrático, e de uma democracia muito avançada. Até seus ideias e modelos educativos se caracterizavam de maneira oposta pele perspectiva militar de formação de cidadão-guerreiro homogêneos de uma sociedade fechada e compacta, ou por tipo de formação cultural e aberta, que valorizava o individuo e suas capacidades de construção do próprio mundo interior e social. Esparta e Atenas deram vida a dois ideias de educação: um baseado no conformismo e no estatismo, outro na concepção de Paideia, de formação humana livre e nutrida de experiência diversas, sociais, mas também cultural e antropológica.
O nascimento da Paideia
“Nasce assim uma cultura diferente” em relação ao passado. Feita “ de conhecimento e de capacidade distintas da sapiência do sacerdote, da produção teórica do cientista, das habilidades do técnico especialista” e “ entendida como a formação moral, retórico linguístico, histórica do homem político enquanto tal”. E “a transmissão desta cultura” torna-se “ a tarefa fundamental da atividade educativa” (Vegetti). De uma educação pública retirada da família e do santuário, que visa à formação do cidadão e das suas virtudes ( persuasão e capacidade de liderança, sobretudo).
Nasce a pedagogia como saber autônomo, sistemático, rigoroso; nasce o pensamento da educação como episteme , e não mais como éthos e como práxis apenas.
Os grandes modelos teóricos: Sócrates, Platão, Isócrates, Aristóteles
A Paideia de Sócrates é problemática e aberta; mas fixa o itinerário e a estrutura do processo com as escolhas que o sujeito deve realizar; consigna um modelo de formação dinâmico e dramático, mas ao mesmo tempo individual e universal. A “pedagogia da consciência individual” orientada pelo filosofia ( típica de Sócrates) qualifica-se como, talvez, o modelo mais móvel e original produzido pela época clássica; características que, por milênios, tornarão tal modelo paradigmático e capaz de incidir em profundidade sobre toda a tradição pedagógica ocidental.
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