A escravidão na América portuguesa
Por: aline_bianca05 • 1/10/2015 • Trabalho acadêmico • 368 Palavras (2 Páginas) • 326 Visualizações
A escravidão na América portuguesa
No Brasil, inicialmente, foram escravizados os nativos indígenas, mas logo se recorreu ao comércio de negros africanos. Além de contornar as dificuldades de submeter populações indígenas, que conheciam melhor que seus captores o meio em que viviam e podiam empreender fugas bem-sucedidas, o tráfico negreiro caracterizava-se como mais um lucrativo empreendimento de exploração colonial para os europeus.
Para companhias portuguesas, espanholas, inglesas, holandesas, o tráfico negreiro consistia no aprisionamento de homens negros nas costa africanas para serem vendidos como escravos no Brasil e em outras partes da América.
Os navios que os recolhiam traziam da Europa mercadorias manufaturadas (tecidos, bebidas, armas, ferramentas, etc.) que comerciavam em troca de escravos negros. Após deixarem as Américas, voltavam à Europa carregados dos produtos tropicais explorados nas colônias. Estabelecia-se, assim, o comércio triangular, que tantos lucros deu aos comerciantes europeus entre os séculos XVI e XIX.
Nesse sistema escravagista, a questão racial passou a estar vinculada à condição mesma da escravidão, pois todos os indígenas e, em especial, os negros seriam potencialmente cativos apenas em virtude de sua raça, da cor de sua pele.
Estabeleceu-se uma hierarquia na qual certos trabalhos eram destinados aos escravos, principalmente os braçais, como cultivo da cana-de-açúcar ou os afazeres domésticos nas casas dos ricos senhores.
Quanto menos características físicas de índios ou negros os indivíduos tivessem, maiores seriam suas chances de não ser identificados como escravos. Também, quanto mais intelectual – e, portanto, menos braçal – fosse o trabalho que executavam, mais distantes estariam de ser identificados como escravos e mais próximos estariam de ocupar um lugar de maior prestígio na sociedade.
Não é por acaso que, em países como o Brasil, o trabalho intelectual é mais valorizado que o trabalho braçal. O preconceito no mundo colonial permanece vivo no cotidiano atual de nosso país, permitindo que muitas desigualdades ocorram em função daquela divisão de trabalho.
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