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As Correntes Historiográficas

Por:   •  5/12/2021  •  Dissertação  •  941 Palavras (4 Páginas)  •  139 Visualizações

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Já na primeira leitura o autor nos passa uma visão da construção da História como ciência e podemos acompanhar as interferências e apoio das outras ciências sociais nessa construção, como é o caso da sociologia, muitos sociólogos detinham um vasto conhecimento histórico, que é facilmente perceptível em seus trabalhos. Nesse contexto, Burke constrói uma discussão entre a História e a sociologia, a sociologia não existia como disciplina independente, ou seja, os teóricos sociais discutiam a sociedade de forma sistemática, em pontos específicos e períodos de curto espaço temporal. Burke afirmava os sociólogos não vão além de suposições genéricas, descontextualizadas no tempo e no espaço, apenas classificatórias dos indivíduos.

A discussão na versão dos sociólogos segue na mesma temática, apontam os historiadores como profissionais que coletam informações muitas vezes desnecessárias e irrelevantes e depois simplesmente constroem suas narrativas, sem embasamento em alguma teoria ou método. Fica bem claro na obra de Burke que esse distanciamento entre as ciências sociais e a História ocorreu nos primórdios dessas ciências no caso da História ainda estava na corrente positivista e com uma carga enorme de historicismo...E mesmo assim essas duas ciências sempre corroboraram uma com a outra.

As relações entre a história ao longo das gerações, e as outras ciências sociais sempre houve autos e baixos, mas pode-se observar que sociólogos do século XIX, famosos por seus trabalhos e suas correntes sociológicas também eram experimentados em história, a saber: Weber, Pareto, Durkheim.

Muito antes dessas discussões entre história e sociologia, e das relações entre historiadores, geógrafos, economistas e antropólogos... A História era dividida em três correntes humanista, erudita e filosófica, na corrente Humanista que possui a inspiração em Cicero, está possui dois aspectos a primeira via como ditadora de modelos de comportamento e a outra a como gênero retórico, havia a busca de uma arte oratória que repousava sobre um ideal de simplicidade então surgiu Tucídides como um mestre na eloquência, ambos aspectos estavam interligados.

Outra corrente é a da História erudita, que se desenvolve a partir do século XV, e teve seu apogeu no século XVII até o início do XVIII, cuja maioria dos adeptos eram Beneditinos, estes coletaram sistematicamente tudo que se referia as leis e as artes eram denominados “antiquários”, curiosamente esta corrente possuía a característica de ser estimada em países tradicionalmente protestantes.

A corrente filosófica por sua vez surgi como meio de conciliar a crítica histórica, a dúvida metódica e a escolha dos documentos, o filósofo Voltaire chegou a mencionar em um artigo que a consulta a arquivos era “o labirinto tenebroso da Idade Média”. De qualquer maneira fica claro que o processo de construção da história como ciência ocorre como um processo de mutação no qual a historiografia de outrora serviu como base da ciência como História no século XIX exemplo disso é Tucídides que desde o começo do século XIX, foi lido, com muita atenção, como historiador político cujo rigor era sem igual, em virtude dos métodos de escrita e por isso possui um lugar na constituição da história como ciência , portanto serve de referência a moderna historiografia.

É no século XIX que a história se emancipa da filosofia e torna-se uma ciência uma disciplina fundamentada com todas as suas implicações, isto é, cria-se um método de pesquisa, que valoriza os documentos

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