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CONTEXTO HISTÓRICO DAS PESSOAS APONTADAS COMO “DIFERENTES”

Por:   •  18/2/2019  •  Resenha  •  1.116 Palavras (5 Páginas)  •  226 Visualizações

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CAPÍTULO I

CONTEXTO HISTÓRICO DAS PESSOAS APONTADAS COMO “DIFERENTES”

Em pesquisa realizada por AZEVEDO, Aline C.G. (2012) durante a existência humana, a sociedade sofreu mudanças com relação às pessoas com algum tipo de deficiência, pois não foram sempre as mesmas até mesmo devido o desenvolvimento de coordenação das sociedades e de acordo com a necessidade do ser humano.

Para melhor entendimento sobre como os indivíduos foram tratados e como isto derivou no encaminhamento escolar, o contexto histórico foi importantes nas mais diferentes épocas e se fizeram importante. Ocorreram os processos que se pode considerar como pré-histórico, determinado pelo método de produção primitivo, no período escravocrata, feudal e de produção capitalista.

1.1 - Período pré-histórico, ou primitivo:

Para AZEVEDO (2012), esse período baseava-se em uma seleção natural dos indivíduos, pelo fato das comunidades usarem o método de sobrevivência na caça e na pesca, ou seja, o indivíduo que apresentasse algum tipo de deficiência era rejeitado da comunidade. A lei que regia dentro de uma comunidade primitiva se baseava na ajuda mútua da caça e da pesca, como Bianchetti (1998, p.28) evidencia, ”Utilizando uma linguagem dos dias atuais, podemos afirmar que nas sociedades primitivas, quem não tem competência não se estabelece”, ou seja, sem esta ajuda coletiva com a comunidade, seria rejeitado, tratando assim as diferenças sem culpa alguma resultando em uma normalidade de que certas tribos se desfizessem das crianças com alguma deficiência, pois somente os mais fortes sobreviviam, até pelo ambiente ser desfavorável e representava um fardo para o grupo.

Nesse período, bem como na Antiguidade, Honora e Frizanco (2008, p.12) identificam o cuidado com os deficientes, que ocorreu como maneira de,

[...] extermínio, por serem consideradas grave empecilho à sobrevivência do grupo, já que não podiam cooperar nos afazeres diários; proteção e sustento, para ganhar a simpatia dos deuses, por gratidão, em reconhecimento aos esforços daqueles que se mutilavam na guerra. (HONORA E FRIZANCO, 2008, p.12).

Na antiguidade, o ideal de perfeição transformou a imagem dos deficientes como verdadeiras aberrações, com sinais de presença ou dos deuses dos demônios, “ou algo da esfera supra-humano ou do âmbito infra-humano” como explica Amaral (1994, p.14).

Na Roma Antiga, os filhos que tinham alguma deficiência eram eliminados pelos patriarcas, e ficavam protegidos pela Lei das XII Tábuas que autorizava para tal ato. Em Esparta, devido o fato da dedicação às guerras, ocorria uma grande valorização da ginástica, da dança, da estética, da perfeição do corpo,d a beleza e da força acabaram se tornando um objetivo. Tratando-se de criança com deficiência, isto é, fora dos padrões do ideal era eliminada ao nascer, cometendo-se assim eugenia radical.

Para Pessoti (1984, p.3);

De todo modo, é sabido que em Esparta crianças portadoras de deficiências físicas ou mentais eram consideradas sub-humanas, o que legitimava sua eliminação ou abandono, prática perfeitamente coerente com os ideais atléticos e clássicos, além de classistas, que serviam de base à organização sócio-cultural de Esparta e da Magna Grécia.

O corpo espartano ideal é referido na mitologia grega e chamado de leito de Procusto dos espartanos. De maneira irracional, o mito condizia com que o Procusto determinava o padrão de corpo dos prisioneiros conforme seus dois leitos de ferro, se os indivíduos não tivessem o mesmo tamanho que seus leitos, ele acabara por amputar para uma melhor colocação destes no leito, como Bianchetti (1995, p.8) descreveu,

[...] O leito era a medida. A partir desse padrão pré-estabelecido, os corpos que não se adequavam à medida sofriam uma intervenção, isto é, os menores eram espichados, os maiores, amputados. O importante era salvaguardar a medida prévia, o padrão.

1.2 – Período feudal:

AZEVEDO (2012) diz que na Idade Média, viva-se a influência do Cristianismo sobre a sociedade. Na era grega predominava-se corpo/mente, na era cristã corpo/alma, judaísmo-cristão. O cristianismo dava a idéia de salvação das almas, neste contexto, as pessoas com algum tipo de deficiência eram vistas como pecadores, pois, eram diferentes física e biologicamente, derivando em uma estigmatização.

Para

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