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Diário de bordo pessoal

Por:   •  15/11/2016  •  Artigo  •  2.670 Palavras (11 Páginas)  •  340 Visualizações

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Diário de bordo

(As explanações e opiniões aqui expressas são de total responsabilidade da escritora)

  Querido Jack, não trabalharei com nomes a não ser que necessários ou datas, pois acho que vai ficar parecendo um diário de detento, alem de que será formado por pseudônimos. Inicialmente tentei fazer de você algo formal e ate gastei uma madrugada para isso, tentando lhe padronizar e consegui, apesar de ter sido enfadonho e estressante alem de não estar parecendo comigo, então entendi o que o Sir illuminat disso sobre uma leitura livre, no primeiro momento, pensei: “Que loucura dele ler sem uma ordem.” Porém agora vejo que estava me aprisionando e nem tinha percebido até então. É mais prazeroso e agradável escrever assim. Sem mais delongas lhe farei um “flasblack” da “estrada até aqui”: (Referencia a série: Supernatural).

Obs: Em muitos momentos poderá não compreender minhas referencias, e se sentirá no trecho da musica do Zé Ramalho  “Breves devaneios tolos a me torturar”, no entanto saiba que está penetrando minha mente e esta não é um lugar lúcido ou organizado.

  O meu professor, ao qual chamarei carinhosamente de Sir illuminat, em sua aula de apresentação para a turma nos perguntou nossas historias e concedeu cinco minutos para refletir e depois contar à sala, que insano não?! Dar apenas cinco minutos para uma vida toda cheia de detalhes e de coisas que ate mesmo em mil anos ainda seriaram incapazes, se recordássemos todos os vãos e breves momentos que tenho por mim que são os mais felizes. A dinâmica consistia em lhe mostrar exatamente isso, somos inábeis e omitimos mesmo que inconscientemente fatos que acontecem conosco e fazemos isso o tempo todo, porque se conseguíssemos captar tudo não seriamos humanos e sim deuses.

  Após o debate sobre blefe e a relação do historiador com as omissões e no conceito de que o deus do historia é a verdade foi passado um texto introdutório de Edward Carr que me parece irônico já que relata o fato de existência e ser lembrado na historia e indiretamente o coloca, pois ele entrou e é uma referencia histórica sobre a própria historia do qual escreveu:

  • Carr, Edward – Que é história?

  O autor descreve no capitulo historiadores e seus fatos, que o trabalho de registrar os acontecimentos surgiu do anseio do homem de não ser esquecido e não perder o que sucedeu de importante com a indomável fera chamada tempo. Em contra partida existe a igual necessidade do escoamento da era para que nele incida eventos que servirá de matéria-prima para as diversas pesquisas e discussões dos mais variados aspectos, ou seja, a tarefa do historiador primordialmente é entrar em concilio com o tempo. Para que possa interligar o passado e o presente.

“A relação do homem com seu meio é a relação do historiador com seu tema. O historiador não é um escravo humilde nem um senhor tirânico de seus fatos. A relação entre o historiador e seus fatos é de igualdade e de reciprocidade.”

                                                                                                                                                                   (Edward Carr)

  Outro posicionamento tomado no capitulo foi à contestação da veracidade dos fatos, pois estes estão sujeito à interpretação, porém de forma alguma pode ser inventados, logo que se trabalha com o real e verdadeiro. Os escritos como qualquer outro documento que seja analisado por alguém que não o tenha desenvolvido e ate mesmo por quem o desenvolveu sofrerá modificações quanto ao processo de ser estudado, pois, extrairá e reformulará o texto segundo sua óptica, assim como estou fazendo neste momento.  O historiador precisa de fatos, provas e argumentos que sustentem sua tese apesar de não existir uma verdade absoluta sobre uma ocorrência histórica.

  Os critérios para distinguir fatos históricos dos outros fatos variam de estudo a estudo e segue um consentimento pessoal do que lhe mostrou maior valor ou atiçou mais sua curiosidade.

“O historiador e os fatos históricos são necessários um ao outro. O historiador sem seus fatos não tem raízes e é inútil; os fatos sem seu historiador são mortos e sem significado.”

(Edward Carr)

  Pois bem Jack, este debate sobre Edward Carr ainda resiste bravamente durante as aulas só pra ter noção de como o cara se fez importante.

  Na aula seguinte ocorreu uma palestra da chapa1- pleiteando o cargo da reitoria na UECE achei muito interessantes, mas, não me posicionei, pois como teria eu uma opinião justa tendo acabado de entrar na instituição, apesar de adorar questionar política e a maquiavelice em si. Preferi somente ouvir as propostas e as criticas e duvidas dos alunos e professores presentes que buscaram esclarecimentos na apresentação. (Quando procurei sinônimo para política estava presente meu adorável Maquiavel, o que faz todo sentido. Alem de ter palavras como esperteza, finura, ardil, manha, entre outros. Curioso o que acabamos aprendendo no dia a dia. Que vida empírica).

  Ainda no campo ardil, continuaremos a falar, mas agora é da chapa2- Ousadia e Transformação, que se mostro mais embasado e com um conhecimento da área burocrática e das ações da faculdade de forma abundante logo que já era a coordenação que estava em vigor e lutava dialeticamente para permanecer. Suas propostas e respostas aos questionamentos das pessoas presentes na candidatura deles a reiria pareceram mais objetivas e agradaram mais as pessoas a meu ver.

  Estou muito chata não é mesmo Jack já que permanecerei no mesmo tema e como lhe disse gosto de política, houve também na faculdade um movimento estudantil denominado “Ato de democracia”. A este Jack me posicionei e permanecerei posicionada. Levarei adiante caso me permitam e caso não, também o levarei mais de modo mais pessoal. Vou explicar o que estou lhe escrevendo através de uma carta que desejo ser debatida e elevada, passando pelas instancias hierárquicas da universidade ate o local onde espero que ela chegue:

Caro Reitor Jackson,

    Venho por meio desta breve missiva, prostrar uma  indignação  que creio ser não somente minha, mas de todo indivíduo que  se sentiu igualmente afetado em âmbito moral, ético e ideológico. “Pois,no dia 7 de abril de 2016, foi imposta a turma de História 2016.01 uma palestra política com a temática: “ Ato de democracia” com a subversiva subintitulação “ #Nãovaitergolpe”. Ao qual se demonstrou uma vertente de extrema esquerda, apoiada por uma ferocidade intimidadora á qualquer outra contrariedade ideológica.

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