Expansão Europeia
Por: Patrícia Moura • 5/9/2016 • Trabalho acadêmico • 726 Palavras (3 Páginas) • 374 Visualizações
Universidade Estadual de Feira de Santana – UEFS
Departamento de Ciências Humanas e Filosofia – DCHF
Docente: Zeneide Rios
Discente: Patrícia Moura
Semestre:III
Produção de texto proposta pela disciplina de Bahia
Durante muito tempo a historiografia brasileira colocou o processo de independência da Bahia como composto majoritariamente pela força da elite, deixando a margem negros, brancos pobres, escravos, indígenas e libertos. Porém, alguns estudos mais recentes em torno desse tema vem desconstruindo tal perspectiva colocando esses grupos enquanto sujeitos do processo e atribuindo sentido as suas práticas. Partindo desse pressuposto o presente texto vai analisar a contribuição da participação popular na independência da Bahia a partir da conjuração baiana e no ingresso desses povos no exército pacificador; momentos de extrema relevância para se pensar a importância ambos nesse período. Com base nesses eventos será abordado quem eram esses povos, quais estratégias usavam para reivindicar seus direitos, em meio a que condições se articulavam.
Antes de iniciar a discussão propriamente dita é de suma importância que se aborde de que forma esse processo de independência foi abordado pela historiografia durante muito tempo. Pois bem, a independência era vista como um acontecimento que teve como agentes principais pessoas da elite, gerando assim um grande equívoco, pois, acaba esquecendo que esse movimento ocorreu de formas diversas em várias localidades do território colonial envolvendo grupos distintos o que o torna um movimento extremamente dinâmico e que por isso deve ser analisado de forma especifica em cada região. É nesse sentido que destacarei a província colonial da Bahia como palco onde ocorreu os mais importantes acontecimentos que contribuíram para emancipação da colônia.
A participação popular no processo pela autonomia brasileira foi extremamente importante, pois foi a partir daí que essas camadas mais pobres e excluídas historicamente começaram a contestar a sociedade que viviam. O autor Ubiratan Castro de Araújo quando escreve “A política dos homens de cor no tempo da independência”, vai justamente analisar “o movimento político no qual homens negros e pobres manifestaram seu descontentamento contra a monarquia portuguesa e a sociedade escravista em 1798.” (ARAÚJO, 2004, pp 253).
Partindo das considerações de Araújo, para analisar o episódio da revolta dos alfaiates conhecer o contexto no qual se deu o movimento é imprescindível para o seu entendimento. Ocorrido em Salvador no ano de 1798, período em que ocorria outras revoltas na américa portuguesa e na Europa, salvador encontrava-se muito populosa, constituída por portugueses, homens brancos naturais da terra, escravos, libertos, grandes proprietários de terra, entre outros grupos. As condições nas quais viviam a população muita das vezes não eram boas principalmente os mais pobres. Nesse cenário os cargos mais altos e de maior prestígio estavam destinados aos funcionários do rei excluindo os demais grupos de participarem da vida política da colônia. Essa situação a longo prazo acabou por gerar um sentimento de descontentamento na população nativa o que levou os mesmos a se levantarem contra a monarquia.
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