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História de goiás

Por:   •  15/9/2015  •  Seminário  •  895 Palavras (4 Páginas)  •  181 Visualizações

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Atribuição de uma cota

O governador de Goiás, Conde dos Arcos percebeu que com a volta do quinto o contrabando se generalizaria novamente, surge então a proposta da implantação de uma cota. Após estudarem quais seriam as consequências e os possíveis benefícios para tal implantação, foi feita uma votação e três arraiais foram contrários. Lisboa sugeriu que sempre que o quinto ultrapassasse vinte arrobas, o excesso deveria ficar depositado para ser usado nos anos seguintes houvesse déficit.

O assunto da cota foi encerrado, sem mais discussões.

Casas de Fundição

A lei que abolia a capitação  foi publicada em Goiás em 1751. A construção de uma casa de fundição era indispensável para a nova forma de cobrança do quinto, a esta empresa o Conde dos Arcos dedicou seus esforços. O preço para tal construção era muito alto, sendo assim o governador comprou a casa de Domingos Lopes.

O espaço dessa casa não foi suficiente, tiveram que aumentar e o custo dessa obra acabou  ficando muito caro. A organização das casas de fundição era simples, porém com um pessoal numeroso se tornava complexa.

A localização da casa de fundição em Vila Boa não era muito favorável aos povos do norte, uma vez que na época o deslocamento entre regiões era muito complicado. Todo mineiro vivia com urgência de tempo e dinheiro, o que tornava a situação um constante convite para o contrabando do ouro.

Foi autorizada então, a construção de uma nova casa de fundição ao norte, localizada em S. Félix, para revitalizar a região, começou a funcionar em 1754 e se extinguiu em 1807.

A produção de ouro

 O primeiro ano do quinto em Goiás, não foi muito promissor, no ano seguinte houve um aumento significativo na arrecadação das minas de Goiás.  A situação das minas não era nada promissora, nos anos seguintes o quinto apresentava um equilíbrio instável.  De todas as formas, tendo em vista a população e ao número de trabalhadores das minas, a produção era modesta e tentar declarar a parte contrabandeada  era muito arriscado.

A produção média anual era uns 3 mil quilos, considerando o valor do contrabando que era em torno de 50% sobre o ouro declarado. Uma oitava por semana parecia ser o rendimento médio mais aproximado, isso persuadia com o preço de aluguel do escravo na época.

A População

A indicação do número de habitantes não era exata, até a data de 1783 tem se um número aproximado de 59.287 e as fontes são as tabelas de capitação, porém tem que se considerar a relação do número de escravos para com o resto da população.  Comparando as cifras, percebe-se certa contradição, que consta que no momento em que se inicia a decadência da produção aurífera, o número da população aumenta. Sem o fascínio do ouro, a nova expansão das atividades agrícolas oferecia para a população certa segurança para estabelecer seu crescimento interno.

- Brancos –

Por falta de dados não é possível dizer ao certo o número de brancos, em 1804 tinha-se pouco mais de um sétimo da população, seu número relativo veio a diminuir pelo aumento da população mestiça.

É difícil fazer uma distribuição adequada em classes sociais por falta de documentação, contudo pode-se afirmar que da população branca, os mais numerosos eram mineiros. Ser mineiro era ser dono das lavras e dos escravos que extraiam o ouro.

Baseando-se nos registros de alguns escravos de minas, temos que a maioria dos mineiros era constituída de pequenos proprietários, sendo raros os que chegavam a empregar 12 escravos.

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