IMAGINÁRIO, HISTÓRIA E ARQUEOLOGIA

POSTER DO ARTIGO PARA CONCLUSÃO DE CURSO - LICENCIATURA EM HISTORIA - CENTRO UNIVERSITÁRIO CLARETIANO

ACADEMICOS: ELAINE MELQUIDE TIM; MARCOS ANTONIO PEREIRA

IMAGINÁRIO, HISTÓRIA E ARQUEOLOGIA: O SÍTIO ARQUEOLÓGICO DO MIRANTE NO DISTRITO DE NOVO RIACHUELO EM PRESIDENTE MÉDICI – RO

Introdução

Os estudos arqueológicos em Rondônia são recentes. Têm-se notícias de que as pesquisas se iniciaram nos anos 80, quando se instituiu o Programa de Arqueologia do Estado de Rondônia sempre orientado pelo Programa Nacional de Pesquisas Arqueológicas na Bacia Amazônica (PRONAPABA), que se encontra encerrado.

A recente descoberta e catalogação do Sítio Arqueológico do Mirante, localizado no Distrito de Novo Riachuelo, município de Presidente Médici, Estado de Rondônia, possibilita aos professores e professoras de história apresentar aos alunos registros históricos e arqueológicos dos nativos, que viveram em Rondônia antes de sua colonização realizada pela necessidade de ocupação e demarcação de terras no Brasil.

No sítio arqueológico do Mirante são encontradas gravuras em pedras e cerâmicos tipo amoladores/polidores. Esses achados arqueológicos possibilitam diversificar o ensino de história nas escolas regionais mesclando conteúdos que envolvem a ciência e o imaginário. Os professores e professoras de história têm um rico conteúdo para ser trabalhado com os estudantes fora de sala de aula, pois as gravuras permitem ao estudante usar a imaginação para interpretar a vida e cultura desses primeiros povos e, são, portanto, pedras que contam histórias e “guardam segredos”.

Metodologia

A pesquisa foi realizada por meio de revisão bibliográfica incluindo coleta de dados oficiais em sites vinculados ao estudo e formalização dos sítios arqueológicos no Brasil e em Rondônia. Para qualificar a pesquisa foram realizadas algumas visitas in loco no intuito de interagir e aguçar o imaginário em contato direto com o objeto de estudo: O Sítio Arqueológico do Mirante.

Discussão

Visando resgatar o conhecimento histórico e cultural dos primeiros habitantes das atuais terras de Rondônia, Miller, 1992a (apud GARCIA; GARCIA, 2012) revela que o arqueólogo Eurico T. Miller iniciou uma pesquisa arqueológica em locais que seriam inundados pelo lago da Usina Hidrelétrica de Samuel (1987). Nesse mesmo período Eurico realizou um pré-projeto arqueológico para a construção da BR-429 que ligaria a BR-364, na altura de Presidente Médici, até o município de Costa Marques.

Neste Sentido, no Atlas Geoambiental do Estado de Rondônia (FERNANDES; GUIMARÃES, 2002), o Sítio do Mirante é descrito como "sítio cerimonial, está localizado no topo de um pequeno morro, com vista para boa parte do vale do Riachuelo." No local, encontram-se dispersas no lajedo gravuras de figuras humanas representadas de forma naturalística, com "apêndices na cabeça, aparentando estarem estáticas, com expressões faciais que vão da seriedade ao sorriso". Percebe-se que as gravuras deste sítio foram "confeccionadas a partir do picoteamento e polimento".

O Sítio Arqueológico do Mirante torna-se uma excelente fonte da pré-história regional do Estado de Rondônia, especialmente da região que pertence ao município de Presidente Médici, podendo revelar segredos de sua história que estão demarcados nas pedras por muitas décadas. Assim, o professor pode e deve ser o promover essas visitações valorizando a pesquisa histórica regional e desenvolvendo o imaginário do estudante e fugindo da monotonia da sala de aula.

Considerações Finais

Estudar o passado da humanidade e interpretá-lo ao seu tempo é parte do ofício do historiador. Neste sentido, as pesquisas arqueológicas do Sítio Arqueológico do Mirante, localizado no Distrito de Novo Riachuelo, em Presidente Médici, Rondônia, representa um rico material de pesquisas históricas e culturais que pode ser utilizado para aguçar o imaginário de estudantes e professores. Apesar das dificuldades de acesso, o Sítio Arqueológico do Mirante representa uma excelente ferramenta de apoio para o professor de história que quer dar aulas em campo, ultrapassando os limites dos muros da escola. Portanto, cabe ao professor de história organizar e mobilizar junto à coordenação escolar visita a museus, sítios arqueológicos, monumentos,