Nação povo e cultura

POVO E NAÇÃO

Numa concepção moderna, entende-se como povo o conjunto dos cidadãos de um determinado país, pessoas que estão vinculadas a um determinado estado por um regime jurídico. No entanto, um povo pode ser constituído por diferentes etnias (agrupamentos de pessoas que apresentam afinidades linguísticas e culturais, estas últimas principalmente no campo da religião, hábitos e tradições). Se um povo é formado pelo conjunto de cidadãos, encontra-se presente nele a cidadania. Numa cidadania há direitos e deveres atribuídos a cada indivíduo que a compõe, delimitando condutas, principalmente quanto ao fator político, de modo que o indivíduo (cidadão) interfere direta ou indiretamente no governo a que está sujeito.

Não há no que se falar em povo sem discorrer sobre nação, tamanha a associação que se encontram. Entende-se como nação a reunião de pessoas, comumente de um mesmo grupo étnico, que compartilham um mesmo idioma e apresentam semelhanças no campo dos costumes, fatores que somados originam um povo. No entanto, o vínculo crucial que a determina é a vontade de viver coletivamente, independentemente de pertencerem a um mesmo estado, pois sua existência não carece de organização legal. Desta feita, o regime jurídico característico do povo não se encontra presente na concepção de nação. Dentre os vários povos existentes no Mundo, oportuno dissertar sobre o povo brasileiro. Tal segmento social é formado por uma miscigenação (cruzamento de raças humanas diferentes), socialmente definidas pela cor da pele (brancos, negros e amarelos).

O processo de formação de um povo ou nação está diretamente ligado à história evolutiva da humanidade e a questões sociológicas e políticas. No Brasil, o processo de colonização a que foi submetido, consolidou uma estrutura genética por ocasião do entrecruzamento de africanos, portugueses e índios. Mesmo que de forma restrita, franceses, holandeses e ingleses, em virtude de infrutíferas tentativas de se estabelecerem no território (tentativa de domínio), também contribuíram etnicamente para a formação do povo brasileiro. Como se não bastasse, as imigrações italianas, espanholas e japonesas fizeram com que regiões brasileiras se diversificassem culturalmente.A miscigenação no Brasil deu origem ao caboclo (branco + índio), ao mulato (negro + branco) e ao cafuzo (índio + negro).

CULTURA, SUBCULTURA E CONRACULTURA

De acordo com Edward Tylor, cultura é todo complexo que compreende o saber, a crença, a arte, a moral, o direito, o costume e quaisquer outras qualidades e hábitos adquiridos pelo homem na sociedade.Ralph Linton afirma que o conceito de cultura compreende três ordens de fenômenos, a saber, o material (produtos de indústria), psicológica (conhecimento, atitudes, valores partilhados pelos membros da sociedade) e cinética (conduta pública).

A cultura apresenta uma base – complexo de valores, padrões, modelo – comum a uma sociedade, que nos permite identifica-la. O Brasil, por exemplo, tem os seus componentes culturais encontram-se integrados, temos uma cultura brasileira. Ocorrem, no entanto variações regionais como expressões idiomáticas, vestuário característico e até alteração em algumas prioridades na escala de valores. É importante ressaltar que os homens não herdam a cultura, e sim, adquirem-na no decorrer da vida. A cultura dominante de um local é oficialmente transmitida pela educação formal e nas interações informais.

Subcultura, então, pode ser definida como um comportamento específico de um determinado grupo dentro de uma sociedade, que obtêm características culturais distintas das do grupo dominante, todavia, não se distanciando desta, vivendo de forma diferente dentro de um conjunto homogêneo. Exemplo: Grupos Religiosos.A contracultura é um desvio dos padrões vigentes e, mais ainda, constitui uma negação da cultura dominante, tendo por base outros valores e outras ideologias. A essa negação soma-se a apresentação de uma cultura alternativa, erigida em valores, padrões e modelos que se contrapõe à estrutura.

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