Nem inexatos nem desumanos
Por: Carlos Eduardo Silva • 29/4/2015 • Resenha • 496 Palavras (2 Páginas) • 183 Visualizações
O fator para a criação desse texto é a percepção da fragilidade analítico-conceitual que se tem abordado a questão do desenvolvimento de tecnologias, para o empreendimento solidário.
Devemos identificar as características do processo de trabalho em que os seres humanos se envolvem, dentre elas o controle. A partir disso é possível entender as especificidades da tecnologia capitalista, concluindo que a tecnologia capitalista ou a convencional não é a propriedade privada dos meios de produção e sim o tipo de controle que ela determina.
Para atingir o conceito adequado para explicar a visão crítica desenvolvida, é preciso entender sobre o processo de trabalho. Esse processo se verifica no que chamamos de ambiente produtivo e é caracterizado por uma combinação de trabalho vivo ou força de trabalho do produtor direto e, trabalho morto com objetivo de produzir um bem ou serviço.
O que diferencia o ser humano dos outros seres vivos é a capacidade que ele tem de aprender. E isso influencia no modo como desempenha suas ações, chamada controle. No capitalismo o preço dos bens e serviços oscila em torno do seu valor de troca, o tempo de trabalho para produzi-los.
Valor da troca da mercadoria é formado por três elementos: valor de trabalho morto sobre o qual trabalha o trabalhador direto, o valor do trabalho vivo que é o salário e o lucro.
Os proprietários dos meios de produção demandam controle para produzirem algo, mas quando os produtores diretos não são proprietários dos meios de produção esse controle é resultado de um acordo, relação social.
Empresários passam a utilizar o seu conhecimento para aumentar a taxa de lucro e obter efeitos de barateamento de bens consumidos pelos trabalhadores e de materiais necessários para a sua produção.
Após ser bem sucedido o emprego do conhecimento em sua empresa e consecutivamente aumentando o lucro, o empresário consegue impedir que os outros o imitem e passa a cada vez mais aumentar o lucro.
A tecnologia tem duas faces de batalha capitalista, a primeira o capitalista encontra-se inteiramente protegido pelo contrato social legitimado pelo estado que garante, a propriedade privada dos meios de produção e compra e venda da força de trabalho. A segunda face está relacionada com as oportunidades de mercado de serem exploradas mediante a incorporação de tipo particular de conhecimento no processo de trabalho. Não apresenta uma natureza tática, mas estratégica, e costuma ocorrer com a introdução de um novo produto no mercado, que visualiza a demanda e na qual os seus concorrentes não estão adequados.
Vamos explorar obstáculos que se interpõem ao movimento da Tecnologia Social, relacionando a Economia Solidária ou construção de uma outra economia sobre o papel que pode assumir a Tecnologia Social no processo.
O primeiro nível desse papel situa-se a Tecnologia Social como elemento viabilizador das sustentabilidades, e no segundo nível a Tecnologia Social como elemento articulador e no terceiro nível um núcleo do substrato cognitivo que deverá tomar o lugar da Tecnociência.
É concedido então uma nova abordagem que explica as características da Tecnologia Social a partir do contexto socioeconômico capitalista.
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