O Surgimento de novas identidades
Por: Karollyne Fernandes • 13/12/2017 • Artigo • 2.233 Palavras (9 Páginas) • 491 Visualizações
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ – UESPI
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E LETRAS - CCHL
LICENCIATURA PLENA EM HISTÓRIA
ANA KAROLLYNE LIMA DE SOUSA FERNANDES
ANTONIO FERNANDO BATISTA DE SOUSA
JOANNA MARIE ALVES E SILVA
MATHEUS MALAN ASSIS ZACARIAS
PAULO DE SOUSA JÚNIOR
MISCIGENAÇÃO:
O SURGIMENTO DE NOVAS IDENTIDADES
TERESINA - PI
2017
ANA KAROLLYNE LIMA DE SOUSA FERNANDES
ANTONIO FERNANDO BATISTA DE SOUSA
JOANNA MARIE ALVES E SILVA
MATHEUS MALAN ASSIS ZACARIAS
PAULO DE SOUSA JÚNIOR
MISCIGENAÇÃO:
O SURGIMENTO DE NOVAS IDENTENDADES
Artigo apresentado à disciplina História do Brasil Colonial da Universidade Estadual do Piauí – UESPI do Curso de Licenciatura Plena em História.
Prof° Dr. João Junior
TERESINA – PI
2017
MISCIGENAÇÃO: O SURGIMENTO DE NOVAS IDENTIDADESIDENTIDADES
Ana karollyne Lima de Sousa Fernandes
Antonio Fernando Batista de Sousa
Joanna Marie Alves e Silva
Matheus Malan Assis Zacarias
Paulo de Sousa Júnior
RESUMO
Este artigo pretende discorrer sobre o processo de miscigenação da população brasileira. Trabalhando o conceito de miscigenação e suas principais perspectivas teóricas através dos autores Gilberto Freyre com “Casa-Grande & Senzala”, Sérgio Buarque com “Raízes do Brasil” e Caio Prado com “Formação do Brasil Contemporâneo”. Abordando também as inúmeras raças que favoreceram a formação do povo brasileiro. Dentre esses grupos temos os povos indígenas que antes do descobrimento do Brasil, o território já era habitado por estes; houve também os povos africanos que sofreram uma migração involuntária, pois foram capturados e trazidos para o Brasil; por último os imigrantes europeus e asiáticos que entraram no Brasil promovidos pelo governo que estava no poder. Encontrando o resultado dessa diversidade de raças, cultuas e etnias, a qual promoveu uma grande riqueza cultura.
Palavras-chave: Miscigenação – Brasil – Povos – Identidade.
A MISCIGENAÇÃO
A miscigenação consiste na mistura de raças. Também chamado de mestiço esse indivíduo nasce de pais de raças diferentes, ou seja, que apresentam constituições genéticas diferentes. E considera-se miscigenação a união entre brancos e negros, brancos e amarelos, e entre amarelos e negros, ou seja, a união dos grandes grupos de cor em que espécie humana se divide, são popularmente conhecidos como raças. Poucos lugares no mundo passaram por uma miscigenação tão intensa quanto o Brasil. E no Brasil uma parte substancial dos colonizadores portugueses se miscigenou com índios e africanos, em um processo muito importante para a formação do país. Essas misturas de raças foram um dos traços que mais esclareceram a verdadeira identidade do povo brasileiro.
Mas essa perspectiva sobre a história brasileira só foi permitida através do Instituto Histórico Geográfico Brasileiro (IHGB). No qual o objetivo desse instituto era de escrever a historia do Brasil, mas somente a partir de 1830 surgiram intelectuais que deram uma nova abordagem sobre a historiografia brasileira, diferente da tradicionalista que colocava o povo português como protagonista. Dentre eles destacam-se Sérgio Buarque de Holanda, autor de “Raízes do Brasil”, Gilberto Freyre, que escreveu “Casa-Grande & Senzala”, e Caio Prado Junior, autor de “Formação do Brasil Contemporâneo”.
Com isso o historiador Fabrício Santos fala sobre o autor Sérgio Buarque:
Em Raízes do Brasil – publicado em 1936 – Pontuou as negativas heranças ibéricas deixadas aqui nos trópicos. O conceito do homem cordial, por exemplo, foi o principal ataque ao legado deixado pelos portugueses, esse conceito referia-se àquela pessoa que agia mais pela emoção do que pela razão. Um exemplo de cordialidade era aquele homem que para escolher entre duas pessoas para uma vaga de emprego, escolhia o candidato que era sue amigo ou conhecido, ao invés de optar pela meritocracia. Isso sérvio, portanto para atrasar o progresso social, político e econômico brasileiro. Sérgio, então propõe com toda honestidade a superação desses valores culturais para o desenvolvimento da sociedade brasileira.
Por outro lado quando ele cita Gilberto Freyre:
Em Casa-Grande & Senzala não criticou a colonização efetuada pelos portugueses no Brasil pelo contrário, fez um elogio à falta de orgulho de raça e à fácil adaptação dos lusitanos no território brasileiro. Porém, o que diferencia a obra de Freyre da escrita tradicional anterior a 1930 é a abordagem do processo de miscigenação do povo brasileiro. Nesse livro o autor afirma que foi essa falta de orgulho de raça dos portugueses que contribuiu para o sincretismo cultural e para as misturas de raças no Brasil.
Finalmente, quando ele fala de Caio Prado Junior diz que:
Em seu livro Formação do Brasil Contemporâneo, publicado em 1942, critica profundamente os portugueses pelo seu caráter de exploração na colonização brasileira. Caio Prado, autor influenciado pelas teorias marxistas, debate que a função do Brasil Colônia era a única e exclusivamente a de exportação dos produtos agrícolas. Por isso, ele afirma que a colonização teve um caráter predatório e os portugueses foram os protagonistas que iniciaram essa prática econômica.
Assim esses três autores, mesmo tendo diferenças quanto às perspectivas teóricas, polemizaram e inovaram a abordagem da história do Brasil a partir dessas obras.
A MISCIGENAÇÃO BRASILEIRA
Quando falamos da história do Brasil é impossível não falar da miscigenação. Os ancestrais indígenas do Brasil caracterizavam-se mais pela diversidade do que pela homogeneidade, já os portugueses vinham de um processo de mestiçagem secular e variado. Deste processo podemos destacar as contribuições dos fenícios, gregos, romanos, judeus, árabes, visigodos, mouros, celtas e escravos africanos. Na constituição federal de 1988 na afirmação que é dever do estado promover o bem estar de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor identidade.
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