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O humanismo e o renascimento cultural

Por:   •  14/6/2015  •  Seminário  •  2.168 Palavras (9 Páginas)  •  916 Visualizações

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O humanismo e o renascimento cultural

No final da Idade Média a estrutura feudal estava desgastada e assim começou a dar lugar a uma nova ordem social, econômica, política e cultural. Todas essas transformações trouxeram mudanças no modo de pensar de muitas pessoas, principalmente as mais ricas que residiam nas grandes cidades. Nesse contexto desenvolveram-se movimentos de caráter intelectual, científico e artístico, veremos três deles a seguir.


O humanismo foi um movimento artístico e intelectual surgido na Itália no século XIV e que valorizou a Antiguidade Clássica. Para os humanistas o homem era a medida de todas as coisas e estava no centro do universo (antropocentrismo). Essa visão contrariava a Igreja que via o homem marcado pelo pecado e dependente da fé para a salvação da alma. Entretanto, os humanistas buscavam o equilíbrio entre os autores pagãos da Antiguidade e os ensinamentos cristãos da Bíblia.

Inspirados pelos humanistas, artistas italianos iniciaram um movimento cultural conhecido como Renascimento. O grande interesse dos renascentistas era recuperar elementos da cultura greco-romana para os seus dias.

O Renascimento teve seu início na Itália, pois lá se encontrava uma série de condições favoráveis, como: pessoas com boas condições financeiras que patrocinavam os artistas; a presença de vários intelectuais bizantinos que fugiram para a Itália após a queda de Constantinopla em 1453; inúmeros elementos preservados da Antiguidade; o acúmulo de riquezas de algumas cidades que foi utilizado nas artes.

O humanismo e o renascimento também influenciaram as mentes de cientistas e pesquisadores da época, dando início ao chamado Renascimento Científico. Este movimento surgiu para questionar as conclusões prontas, desenvolvidas por sábios da Antiguidade e absorvidas por teólogos cristãos. Os novos cientistas, valorizando a razão, apresentavam uma atitude crítica que os fazia observar os fenômenos naturais, realizar experiências, formular hipóteses e buscar sua comprovação. Claro que essa nova mentalidade científica enfrentou resistências principalmente da Igreja, presa às tradições medievais. Nicolau Copérnico, sacerdote católico e astrônomo, desenvolveu uma das mais importantes teorias científicas da sua época, o heliocentrismo (diz que a Terra e os demais planetas se movimentam ao redor do Sol), que se contrapôs à teoria geocêntrica (afirmava que o Sol e os planetas se movimentavam ao redor da Terra). Despertou severas críticas, principalmente de religiosos. O humanismo, o renascimento e a revolução científica do século XVII mudaram o mundo para sempre, desenvolvendo uma nova mentalidade, crítica, racional e ativa diante da passividade e tradicionalismo remanescentes do medievalismo. A partir desse momento, as transformações no mundo começariam a se acelerar e as estruturas político-sociais a sofrer forte abalo.

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“Navegar é preciso, viver não é preciso”

Essa frase do general romano Pompeu, embora se refira à Roma do século I, também pode ser utilizada para simbolizar o lema de muitos europeus que viveram na época das grandes navegações, iniciada no século XV. Para eles, assim como para Pompeu, era necessário enfrentar os próprios medos e navegar, mesmo se o preço fosse a própria vida. O que levava os marinheiros a deixar suas terras e famílias para enfrentar mares e lugares desconhecidos e cheios de perigo? Busca de aventuras, riquezas, ambição, glória... No início da era moderna, atravessar o mar era a forma mais usual de entrar em contato com outros continentes e pessoas de culturas diversas. Navegar poderia trazer a morte, mas também era o que entusiasmava e dava significado à vida de muitos navegantes.

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“Uma época de grandes transformações”

O termo Renascimento refere-se ao movimento artístico, cientifico e cultural que se desenvolveu entre os séculos XIV e XVI na Europa Ocidental. Nessa época a tradição e os estudos clássicos (da Grécia e de Roma) foram revalorizados e se tornaram predominantes. É preciso deixar claro, porém, que o Renascimento não significou o retorno de um arte ou um pensamento que havia desaparecido com o surgimento da sociedade medieval.

O Renascimento começou a ser gestado ainda durante a Baixa Idade Média, nos séculos XII e XIII, quando houve um processo de fortalecimento das atividades comerciais e de crescimento das cidades, sobretudo na região de Flandres e na Itália.

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“Expansão comercial e ruptura religiosa”

O contato dos europeus com outros povos e civilizações resultou em mudanças de mentalidade e de costumes e  favoreceu a incorporação de inovações e técnicas e a ampliação de seus conhecimentos sobre a matemática, a astronomia e a filosofia. A abertura de novas rotas marítimas para a Ásia e a África e a descoberta de um novo continente, a América, também provocaram uma revolução comercial, injetando novos produtos no mercado europeu.

Esse período foi marcado também pelo movimento de contestação do poder da Igreja Católica, que acarretou o surgimento de novas doutrinas dentro do cristianismo: as igrejas protestantes.

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“O humanismo e a revalorização da Antiguidade”

O patrimônio clássico greco-romano é até hoje  muito importante e valorizado pelas pessoas do mundo todo como uma fonte de conhecimento e sabedoria. Esse interesse pela antiguidade clássica ao longo dos séculos, mesmo depois do fim do império romano, continuou a ser uma referencia para o mundo ocidental. O humanismo, um movimento artístico e intelectual surgido na Itália no século XIV e que valorizou a Antiguidade Clássica. Com a tomada de Constantinopla pelos otomanos, em 1453, muitos intelectuais e professore gregos foram para a Europa Ocidental, principalmente para as cidades italianas. Além de revigorarem o estudo da língua grega na Europa Ocidental, eles levaram em suas bagagens obras de autores clássicos, como Platão, Aristóteles... Muitos textos desses autores eram  até então desconhecidos ou conhecidos  apenas por meio de traduções árabes. O contato direto com as fontes antigas provocou o interesse renovado pela antiguidade.

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“O ensino no renascimento”

A utilização de uma linguagem em comum, o latim, a impressão de livros e a circulação dos humanistas por várias cidades de diferentes países são fatores que possibilitaram a difusão do Renascimento por grande parte da Europa. Os Renascentistas atuavam como professores. Ensinavam os filhos das famílias ricas ou aconselhavam príncipes e governantes. A maior influência foi na área educacional, promovendo uma renovação pedagógica que tem reflexos até a atualidade. Eles defendiam uma educação baseada na tolerância, no respeito as diferenças e no desenvolvimento harmônico de todas as habilidades humanas. O objetivo deles era formar pessoas honradas e cidadãos virtuosos, capazes de engrandecer com seus feitos e sua pátria ou cidade.

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“ O homem renascentista”

No renascimento, surgiu o ideal do homem universal, completo, cujo objetivo era desenvolver harmonicamente todas facetas da sua personalidade. O homem universal deveria ter cultura e erudição, conhecer   a língua e a literatura da antiguidade, as artes e ciências, mas também deveria ser hábil no mundo prático contribuindo para vida na sociedade.

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“ O trabalho e o mérito”

Cada individuo valia pela sua cultura, pelos seus méritos pessoais e pela forma como conseguia ser e apresentar-se exteriormente. O ambiente mais propicio para ressaltar suas qualidade era  a vida na corte italiana. Lá por meio das comemorações, o cortesão podia exercitar-se para se aperfeiçoar.

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“ O cortesão e a cortesã”

Cortesão: pessoa que frequenta a corte de um rei, vive ou trabalha na corte. O objetivo do cortesão era a busca da beleza em todos aspectos da vida pessoal. O cortesão se educava para si mesmo e não para a corte. Todo cortesão devia conhecer os esportes nobre, dominar a língua antiga e moderna , conhecer a literatura. Nas camadas cultas da sociedade, a mulher tinha uma educação  semelhante a do homem, tanto as esposas quanto as cortesãs. Para ser considerada cortesã, era necessário conhecer música, pintura, letras, dança e saber comportar-se em público. Também era necessário estra sempre arrumada conservando a naturalidade. Assim, podemos dizer que um dos maiores êxitos do renascimento foi a constituição  desse modelo de individualidade completa e desenvolvida.  

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“Leonardo da Vinci: o modelo de individuo completo”

Ninguém melhor que ele, encarnou o modelo de individualidade do homem renascentista. Ele atingiu o auge da representação humana com a técnica de esfumaçado. Com essa técnica, áreas de transição entre luz e sombra são suavizadas e matizadas, criando passagens tão sutis que se tornam quase imperceptíveis. Ele se destacou como artista plástico e uma das obras mais conhecidas dele é a Mona Lisa.

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